Avaliação de novos modelos de mini-implantes: estudo da neoformação óssea in vivo em coelhos

• Autor(a) principal: Silva, Geyson Galo da
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-01122022-174321/
• topic: Biomecânica; Biomechanic; Dental implants; Design; Design; Implantes dentários; Osseointegração; Osseointegration; Surface treatment; Tratamento de superfícies

Reabilitar pacientes com perdas ósseas severas é um desafio para a reabilitação oral através da implantodontia. O mini-implante é uma alternativa às cirurgias invasivas de enxertos ósseos, seja por limitações sistêmicas, idade ou custo. Seu menor diâmetro e comprimento facilitam sua instalação, diminuindo tempo operatório e pós-cirúrgico, porém pode prejudicar as características biomecânicas e união óssea ao parafuso. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar in vivo a influência correlata do macro e micro design no processo de osseointegração, utilizando novos modelos de mini-implantes. 72 mini-implantes em Ti-6Al-4V de três modelos foram utilizados (n=24): modelo comercial Intralock®; modelo experimental rosqueado; modelo experimental helicoidal. O tratamento de superfície dos implantes experimentais consistiu em ataque ácido (H3PO4 a 85%), seguido de tratamento alcalino (NaOH) e, a caracterização físico-química dos mesmos, foi realizada por meio de análise morfológica, com um microscópio eletrônico de varredura (MEV), composição química, via espectroscopia com energia dispersiva de raios-X (EDS). 18 coelhos machos foram operados e divididos de acordo com o tempo de análise (n=8): G1 - 30 dias; G2 - 60 dias e G3 - 90 dias, sendo três mini-implantes de cada modelo instalados aleatoriamente e equidistantes, em cada tíbia. Após a inserção dos mini-implantes foi avaliado a estabilidade primária por meio de Osstell e torquímetro digital. As análises microtomográfica (micro-CT) e histomorfométrica foram realizadas após a eutanásia dos animais. Comparando-se os mini-implantes quanto ao torque de inserção aferido pelo torquímetro digital, verificou-se maior média para o modelo Rosqueado 9,1 (3,39) N.cm, estatisticamente diferente do Intra-Lock (p=0,001) e Helicoidal (p=0,026). Comparando-se os mini-implantes quanto aos valores de frequência de ressonância obtidos pelo equipamento Osstell, verificou-se médias estatisticamente menores para o modelo Intra-Lock (p<0,001). Em todos os parâmetros avaliados para micro-CT não foram observadas diferenças significativas entre os tipos de mini-implantes e tempos de análise (p>0,05). Em relação a análise histomorfométrica, o mini-implante experimental helicoidal apresentou valores de BIC significativamente maiores em relação ao rosqueado (p=0,014) no tempo de 60 dias. Na análise de BA, diferença significativa foi observada entre os mini-implantes experimental rosqueado e intra-lock, no tempo de 90 dias (p=0,020), com maior valor para o modelo intra-lock. A metodologia proposta sugere a efetividade na indução da neoformação óssea na superfície dos mini-implantes avaliados.