Idosos com dor crônica, relato de queda e utilização de serviços de saúde: estudo SABE
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-23082012-142905/ |
Resumo: | Objetivo: Caracterizar a dor crônica em idosos da comunidade e avaliar sua associação entre a utilização de serviços de saúde e o autorrelato de quedas. Método: estudo transversal com amostra populacional obtida por meio de inquérito domiciliar, envolvendo idosos com dor crônica sem déficit cognitivo. Neste estudo consideram-se dor crônica aquela com duração igual ou superior a seis meses e idoso aquele com 60 anos ou mais. O critério para utilização do serviço de saúde foi ter feito mais de quatro consultas ou uma internação no último ano. A ocorrência de quedas foi o relato de, no mínimo, uma queda nos 12 meses anteriores à pesquisa. Por meio da estatística descritiva os idosos foram caracterizados quanto às características da dor crônica, dos aspectos sociodemográficos, morbidade autorreferida, dependência nas atividades básicas e instrumentais de vida diária e mobilidade. Para os idosos com dor há pelo menos um ano, testou-se a existência de associação entre uso do serviço de saúde e ocorrência de queda com variáveis independentes (características da dor, sociodemográficas e morbidades autorreferidas), por meio de análises univariadas (teste de associação de RaoScott) e multivariadas (Regressão Múltipla de Cox com variância robusta). Para as análises estatísticas utilizou-se o programa Stata 11.0 e adotou-se como valor de significância p<0,05. Resultados: A prevalência de dor crônica foi de 29,7% (IC95% 25,4 - 33,9); os locais mais frequentes de dor foram a região lombar (25,4%) e membros inferiores (21,9%); a dor foi moderada em 45,8% das vezes e intensa em 46% dos indivíduos. A dor foi mais frequente em mulheres (p<0,007) e esteve associada à maior dependência para as atividades da vida diária e à pior mobilidade (p<0,001). Intensidade da dor e renda familiar associaram-se (p=0,005): renda familiar igual ou superior a três salários mínimos foi relatada por 37% dos idosos com dor fraca/moderada e por 17% daqueles com dor intensa. A prevalência de utilização do serviço de saúde nos idosos com dor foi de 44% (IC95% 35,1 52,8), e não diferiu dos idosos sem dor (50,5% [IC95% 45,1-55,9]) A análise multivariada mostrou que a chance de utilização do serviço de saúde foi 33% menor nos idosos com dor há mais de dois anos do que naqueles com dor entre um e dois anos (p=0,002). Foi 55% maior nos idosos com dor intensa (p=0,003) e 45% maior entre os que relataram interferência moderada da dor (p=0,015). A prevalência de queda, no último ano, entre os idosos com dor foi de 31,6% (IC95%: 26,4 37,5] e não diferiu dos idosos sem dor (26,4% [IC95%: 23,1 30,0]) e p=0,145. A maioria (58,9%) dos idosos com dor crônica caiu uma vez no último ano, e 27,6% deles caíram três vezes ou mais. O risco de quedas foi 50% maior (p=0,019) em idosos com dor e osteoporose, enquanto foi 48% maior naqueles com dor e incontinência urinária (p = 0,010). Conclusão: estudo populacional com idosos da cidade de São Paulo, constatou-se que a dor crônica foi frequente e esteve associada a maiores prejuízos na independência e mobilidade. A dor crônica mais intensa, a mais recente e a com impacto no trabalho resultaram em maior uso dos serviços de saúde. Aqueles com dor há um ano ou mais e osteoporose, dor e incontinência urinária tiveram maiores chance de quedas. |
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Idosos com dor crônica, relato de queda e utilização de serviços de saúde: estudo SABEElderly with chronic pain, reported falls and the use of health services: SABE studyAccidental fallsAgedDisabilityDorHealth servicesIdosoIncapacidadePainQuedasServiços de saúdeObjetivo: Caracterizar a dor crônica em idosos da comunidade e avaliar sua associação entre a utilização de serviços de saúde e o autorrelato de quedas. Método: estudo transversal com amostra populacional obtida por meio de inquérito domiciliar, envolvendo idosos com dor crônica sem déficit cognitivo. Neste estudo consideram-se dor crônica aquela com duração igual ou superior a seis meses e idoso aquele com 60 anos ou mais. O critério para utilização do serviço de saúde foi ter feito mais de quatro consultas ou uma internação no último ano. A ocorrência de quedas foi o relato de, no mínimo, uma queda nos 12 meses anteriores à pesquisa. Por meio da estatística descritiva os idosos foram caracterizados quanto às características da dor crônica, dos aspectos sociodemográficos, morbidade autorreferida, dependência nas atividades básicas e instrumentais de vida diária e mobilidade. Para os idosos com dor há pelo menos um ano, testou-se a existência de associação entre uso do serviço de saúde e ocorrência de queda com variáveis independentes (características da dor, sociodemográficas e morbidades autorreferidas), por meio de análises univariadas (teste de associação de RaoScott) e multivariadas (Regressão Múltipla de Cox com variância robusta). Para as análises estatísticas utilizou-se o programa Stata 11.0 e adotou-se como valor de significância p<0,05. Resultados: A prevalência de dor crônica foi de 29,7% (IC95% 25,4 - 33,9); os locais mais frequentes de dor foram a região lombar (25,4%) e membros inferiores (21,9%); a dor foi moderada em 45,8% das vezes e intensa em 46% dos indivíduos. A dor foi mais frequente em mulheres (p<0,007) e esteve associada à maior dependência para as atividades da vida diária e à pior mobilidade (p<0,001). Intensidade da dor e renda familiar associaram-se (p=0,005): renda familiar igual ou superior a três salários mínimos foi relatada por 37% dos idosos com dor fraca/moderada e por 17% daqueles com dor intensa. A prevalência de utilização do serviço de saúde nos idosos com dor foi de 44% (IC95% 35,1 52,8), e não diferiu dos idosos sem dor (50,5% [IC95% 45,1-55,9]) A análise multivariada mostrou que a chance de utilização do serviço de saúde foi 33% menor nos idosos com dor há mais de dois anos do que naqueles com dor entre um e dois anos (p=0,002). Foi 55% maior nos idosos com dor intensa (p=0,003) e 45% maior entre os que relataram interferência moderada da dor (p=0,015). A prevalência de queda, no último ano, entre os idosos com dor foi de 31,6% (IC95%: 26,4 37,5] e não diferiu dos idosos sem dor (26,4% [IC95%: 23,1 30,0]) e p=0,145. A maioria (58,9%) dos idosos com dor crônica caiu uma vez no último ano, e 27,6% deles caíram três vezes ou mais. O risco de quedas foi 50% maior (p=0,019) em idosos com dor e osteoporose, enquanto foi 48% maior naqueles com dor e incontinência urinária (p = 0,010). Conclusão: estudo populacional com idosos da cidade de São Paulo, constatou-se que a dor crônica foi frequente e esteve associada a maiores prejuízos na independência e mobilidade. A dor crônica mais intensa, a mais recente e a com impacto no trabalho resultaram em maior uso dos serviços de saúde. Aqueles com dor há um ano ou mais e osteoporose, dor e incontinência urinária tiveram maiores chance de quedas.Objective: To characterize chronic pain in community-dwelling elderly and evaluate its association with the use of health services and self-reported falls. Method: Crosssectional study whose population sample was obtained by home surveys of elderly with chronic pain and without cognitive deficit. The study considered pain lasting for six or more months as chronic and those at least 60 years old as elderly. The criterion for health service use was more than four doctor appointments or having been admitted to a hospital during the past year. The occurrence of falls included at least one reported fall in the 12 months prior to the study. Descriptive statistics were used to characterize the elderly according to chronic pain and socio-demographic characteristics, self-reported morbidity, mobility and dependence regarding activities of daily living. For those in chronic pain for at least one year, the existence of an association between the use of health services and the occurrence of falls and independent variables (pain and sociodemographical characteristics and self-reported morbidities) was tested using univariate (RaoScott test of association) and multivariate analysis (Cox Multiple Regression with robust variance). Stata 11.0 was used for the statistical analysis, and the significance level adopted was p<0.05. Results: The prevalence of chronic pain was 29.7% (CI95% 25.4 33.9); pain was most frequently in the lumbar area (25.4%) and lower limbs (21.9%); the pain was moderate 45.8% and intense in 46% of the individuals. Pain was more frequent among women (p<0.007) and was associated with greater dependence in activities of daily living and lower mobility (p<0.001). Intensity of pain and family income were associated (p=0.005): 37% of the elderly with weak/moderate pain and 17% of those with intense pain reported family income at least three times the minimum wage. The prevalence of health service use among the elderly with pain was 44% (CI95% 35.1 52.8) and did not differ for elderly individuals without chronic pain (50.5% [CI95% 45.1- 55.9]) The multivariate analysis showed that the chance of using health services was 33% lower for elderly individuals with pain for more than two years than those with pain between one and two years (p=0.002). The chance was 55% higher for those with intense pain (p=0.003) and 45% higher for with moderate pain (p=0.015). The prevalence of falls in the last year for elderly individuals with pain was 31.6% (CI95% 26.4 37.5] and did not differ from elderly individuals without pain (26.4% [CI95%: 23.1 30.0): p=0.145. Most (58.9%) of those with chronic pain had fallen once during the past year and 27.6% had fallen three or more times. The risk of falls was 50% higher (p=0.019) for those with pain and osteoporosis and 48% higher for those with pain and urinary incontinence (p= 0.010). Conclusions: The findings of this study, a population study of elderly from the city of São Paulo, included that chronic pain was frequent and associated with greater independence and mobility deficits. More intense and recent chronic pain that affected work resulted in greater use of health services. Those in pain for one year or longer and suffering from osteoporosis, pain and urinary incontinency had a higher chance of falling.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPimenta, Cibele Andruccioli de MattosDellaroza, Mara Solange Gomes2012-06-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-23082012-142905/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:32Zoai:teses.usp.br:tde-23082012-142905Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:32Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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