A conexão entre a síntese espectral no visível e a emissão ultravioleta das galáxias
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14131/tde-06112020-131756/ |
Resumo: | Com a finalidade de comparar a emissão ultravioleta observada com a prevista pelo código de síntese espectral STARLIGHT utilizando espectros das bibliotecas de Populações Estelares Simples (SSPs) de Bruzual & Charlot (2003) como base espectral, selecionamos uma amostra de 999 galáxias, num intervalo de redshift de 0.05 < z < 0.075, observadas pelo Sloan Digital Sky Survey Data Release 7 e pelo satélite Galaxy Evolution Explorer GALEX Release 7. Analisamos os dados fotométricos observados no óptico e no ultravioleta e encontramos uma forte correlação entre as cores no óptico (e.g. g-r) e a emissão ultravioleta. A partir da bimodalidade de cores no óptico, encontramos uma distribuição bimodal nos histogramas das cores (FUV-r) e (NUV-r) em acordo com trabalhos anteriores , o que, por outro lado, não ocorreu com a distribuição de (FUV-NUV). Além disso, nas distribuições de cores envolvendo o ultravioleta, notamos uma maior dispersão para as galáxias vermelhas no óptico (g-r>0.6). Vários diagramas foram analisados, inclusive os de diagnóstico, como o BPT e o WHAN a fim de melhor caracterizar a nossa amostra. Verificamos que não existem correlações entre a emissão ultravioleta das galáxias e os parâmetros extraídos da síntese espectral para os nossos objetos. Também comparamos os dados observacionais no ultravioleta com a extrapolação do espectro sintético para a mesmo intervalo de comprimento de onda. Encontramos uma grande diferença entre os fluxos observados e os sintéticos para toda a amostra, mas uma dispersão ainda maior para galáxias do tipo Early-Type (com valores maiores de Dn4000). Tais diferenças foram analisadas em detalhe para uma subamostra com relação às principais SSPs que influenciam a emissão no ultravioleta. Notamos que as SSPs que mais contribuem para a forte emissão no ultravioleta não são as mesmas que mais contribuem com a síntese dos objetos no óptico; em geral, são populações muito jovens. Isso indica a necessidade de um possível ajuste na síntese para tratar melhor a região do ultravioleta. Por fim, utilizamos o pacote AMADA, excelente para a visualização e diagnóstico de dados, a fim de reforçar a análise ao longo deste trabalho, ao colocarmos em prática ferramentas raramente usadas e até inéditas dentro do contexto astronômico, a fim de validar os resultados obtidos. Esta é, de fato, a primeira vez que um gráfico de cordas é usado em um contexto real astronômico. |
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A conexão entre a síntese espectral no visível e a emissão ultravioleta das galáxiasThe connection between the spectral synthesis of galaxies in the visible and their UV emissionGaláxias. Ultravioleta. Óptico. Ajuste de SEDGalaxies. Ultraviolet. Optical. SED fittingCom a finalidade de comparar a emissão ultravioleta observada com a prevista pelo código de síntese espectral STARLIGHT utilizando espectros das bibliotecas de Populações Estelares Simples (SSPs) de Bruzual & Charlot (2003) como base espectral, selecionamos uma amostra de 999 galáxias, num intervalo de redshift de 0.05 < z < 0.075, observadas pelo Sloan Digital Sky Survey Data Release 7 e pelo satélite Galaxy Evolution Explorer GALEX Release 7. Analisamos os dados fotométricos observados no óptico e no ultravioleta e encontramos uma forte correlação entre as cores no óptico (e.g. g-r) e a emissão ultravioleta. A partir da bimodalidade de cores no óptico, encontramos uma distribuição bimodal nos histogramas das cores (FUV-r) e (NUV-r) em acordo com trabalhos anteriores , o que, por outro lado, não ocorreu com a distribuição de (FUV-NUV). Além disso, nas distribuições de cores envolvendo o ultravioleta, notamos uma maior dispersão para as galáxias vermelhas no óptico (g-r>0.6). Vários diagramas foram analisados, inclusive os de diagnóstico, como o BPT e o WHAN a fim de melhor caracterizar a nossa amostra. Verificamos que não existem correlações entre a emissão ultravioleta das galáxias e os parâmetros extraídos da síntese espectral para os nossos objetos. Também comparamos os dados observacionais no ultravioleta com a extrapolação do espectro sintético para a mesmo intervalo de comprimento de onda. Encontramos uma grande diferença entre os fluxos observados e os sintéticos para toda a amostra, mas uma dispersão ainda maior para galáxias do tipo Early-Type (com valores maiores de Dn4000). Tais diferenças foram analisadas em detalhe para uma subamostra com relação às principais SSPs que influenciam a emissão no ultravioleta. Notamos que as SSPs que mais contribuem para a forte emissão no ultravioleta não são as mesmas que mais contribuem com a síntese dos objetos no óptico; em geral, são populações muito jovens. Isso indica a necessidade de um possível ajuste na síntese para tratar melhor a região do ultravioleta. Por fim, utilizamos o pacote AMADA, excelente para a visualização e diagnóstico de dados, a fim de reforçar a análise ao longo deste trabalho, ao colocarmos em prática ferramentas raramente usadas e até inéditas dentro do contexto astronômico, a fim de validar os resultados obtidos. Esta é, de fato, a primeira vez que um gráfico de cordas é usado em um contexto real astronômico.In order to compare the observed ultraviolet emission with the prediction provided by the spectral synthesis code STARLIGHT by using as spectral input the Simple Stellar Populations (SSPs) libraries by Bruzual & Charlot (2003), we have selected a sample of 999 galaxies within a redshift range of 0.05 < z < 0.075 observed by Sloan Digital Sky Survey Data Release 7 and by the Galaxy Evolution Explorer satellite GALEX Relase 7. We analysed the visible and ultraviolet observed photometric data and found strong correlation between the colors in the visible region (e.g. g-r) and the ultraviolet emission. From the bimodal color distribution in the visible region, we have found a bimodal distribution in the (FUV-r) and (NUV-r) color histograms, in agreement with the previous literature, which, on the other hand, did not appear in the (FUV-NUV) distribution. Additionally, we noticed in all the color distributions involving the ultraviolet a wider dispersion among galaxies that are red in the visible region ($m{g-r>0.6}$). With the goal of better characterizing the sample, several diagrams were analysed, including the diagnostic ones: BPT and WHAN. We verified that there are no correlations between the emission in the ultraviolet for the galaxies and the parameters extracted from the spectral synthesis of our sample. Moreover, we have also compared the observational data in the ultraviolet with the extrapolated synthetic spectra within the same wavelength range. We found a great difference between the observed and synthetic fluxes for the entire sample, but with an even greater dispersion for Early-Type Galaxies (higher Dn4000). Furthermore, we performed a more detailed investigation regarding a subsample in terms of their main SSPs that influence the emission in the ultraviolet; the SSPs that contribute the most for the emission in the ultraviolet are not the same that contribute to the synthesis of these objects in the visible: these are overall representative of very young populations. This indicates the need for a possible adjustment in the synthesis to better treat the ultraviolet region. Last, but not least, we have also used the AMADA package, which is excellent for data visualization and diagnostics as a tool for reinforcing the analyses throughout this investigation, thus putting in practice rare and even unprecedented tools among the astronomical context, as way of validating the obtained results. This is actually the first time that the chord diagram is used in a real astronomical context.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSodre Junior, LaerteDantas, Maria Luiza Linhares2015-10-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14131/tde-06112020-131756/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-01-04T19:41:05Zoai:teses.usp.br:tde-06112020-131756Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-01-04T19:41:05Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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