Análise da cinética olfatória em pacientes portadores de rinossinusite crônica com polipose nasal tipo-2 submetidos à cirurgia Reboot

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Sara Costa
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5143/tde-13042023-165634/
Resumo: INTRODUÇÃO: Rinossinusite crônica é uma inflamação da mucosa do nariz e seios paranasais, que ocorre em > 10% dos adultos na Europa e tem um impacto significativo na saúde e qualidade de vida globalmente. Os sintomas comuns incluem hiposmia ou anosmia, congestão, secreção nasal e dor ou pressão facial, com duração de pelo menos 12 semanas. Dentre todos os sintomas que a rinossinusite crônica com pólipos nasais (RSCcPN) pode apresentar, o distúrbio olfatório ocorre em aproximadamente 80% dos casos e é considerado um dos sintomas mais importantes pelos pacientes em consultas de rotina. Neste trabalho, avaliamos a evolução do olfato em pacientes com polipose nasal severa não controlada submetidos à cirurgia Reboot ou à cirurgia endoscópica de rotina, correlacionando com a recorrência de polipose a longo prazo. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Este estudo se baseia em uma parte retrospectiva, do tipo caso-controle, e uma parte prospectiva do tipo coorte. No estudo retrospectivo, os dados clínicos foram coletados de 168 pacientes com RSCcPN, os quais foram submetidos a pelo menos uma cirurgia dos seios nasais no Hospital Universitário de Gent, Bélgica, entre janeiro de 2014 e dezembro de 2015. A amostra total foi dividida em grupo Cirurgia Endoscópica Estendida, chamada cirurgia Reboot, com 140 pacientes, e em Cirurgia Endoscópica Funcional dos seios, denominada ESS, com 28 pacientes. Os dados sobre olfato foram coletados dos prontuários do arquivo eletrônico, em Upper Airways Research Laboratory, no Hospital UZ Gent. Os cirurgiões preencheram os prontuários com a descrição da técnica cirúrgica utilizada e com a descrição relatada pelos próprios pacientes sobre seu olfato em porcentagem, durante as consultas pré e pósoperatórias (3, 6, 9, 12, 18 e 24 meses após). Os intervalos propostos foram 0 (pontuação 0), 1-30% (pontuação 1), 31-70% (pontuação 2), 71-100% (pontuação 3). No estudo prospectivo, coletamos amostras de mucosa olfatória e de pólipos nasais de 16 pacientes com RSCcPN, além amostras de cornetos inferiores de 20 pacientes grupo controle não-RSC, para análise de biomarcadores (IL1-, IL4, IL5, IL6, IL17, CCL3, CCL4, G-CSF, SEIgE, total IgE e ECP). Adicionalmente, acompanhamos 12 pacientes com RSCcPN através de Sniffin Sticks testes para avaliação do olfato, 1-4 dias previamente e 1, 3 e 6 meses posteriormente à cirurgia Reboot. RESULTADOS: Retrospectivamente, o sentido do olfato esteve em quase todo período de 2 anos analisado melhor no grupo Reboot. Embora ambos os grupos apresentem resultados similares até 9 meses, após este período, uma ampla diferença foi demonstrada. Diferença prévia vs pós 3 meses para cada grupo, p < 0.05; 18 meses pós Reboot vs 18 meses pós ESS, p = 0.007; e 24 meses pós Reboot vs 24 meses pós ESS, p = 0.001; além disso, em 2 anos de acompanhamento, taxas mais altas de recorrência de pólipos foram descritas no grupo ESS, independentemente do tamanho dos pólipos encontrados (NPS 1, p = 0.038; NPS > 2, p = 0.044). O estudo prospectivo demonstrou que o tecido olfatório de pacientes com RSCcPN apresenta resposta inflamatória do tipo-2, similar aos tecidos de pólipos nasais. Além disso, demonstramos que houve melhora objetiva olfatória contínua por 6 meses pós Reboot, com melhora significativa em 1 mês de pós-operatório. CONCLUSÕES: A cirurgia Reboot melhora significativamente a função olfatória, baseado em acompanhamento retrospectivo de 2 anos e prospectivo de 6 meses. Secundariamente, demonstramos que ocorre inflamação tipo-2 na mucosa olfatória de pacientes com RSCcPN severa e que há maiores taxas de recorrência de pólipos no grupo ESS. Concluímos que a cirurgia Reboot deve ser considerada para pacientes com RSCcPN severa não controlada para oferecer olfato a longo prazo e status livre de pólipos, especificamente quando houve falha da ESS
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Dentre todos os sintomas que a rinossinusite crônica com pólipos nasais (RSCcPN) pode apresentar, o distúrbio olfatório ocorre em aproximadamente 80% dos casos e é considerado um dos sintomas mais importantes pelos pacientes em consultas de rotina. Neste trabalho, avaliamos a evolução do olfato em pacientes com polipose nasal severa não controlada submetidos à cirurgia Reboot ou à cirurgia endoscópica de rotina, correlacionando com a recorrência de polipose a longo prazo. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Este estudo se baseia em uma parte retrospectiva, do tipo caso-controle, e uma parte prospectiva do tipo coorte. No estudo retrospectivo, os dados clínicos foram coletados de 168 pacientes com RSCcPN, os quais foram submetidos a pelo menos uma cirurgia dos seios nasais no Hospital Universitário de Gent, Bélgica, entre janeiro de 2014 e dezembro de 2015. A amostra total foi dividida em grupo Cirurgia Endoscópica Estendida, chamada cirurgia Reboot, com 140 pacientes, e em Cirurgia Endoscópica Funcional dos seios, denominada ESS, com 28 pacientes. Os dados sobre olfato foram coletados dos prontuários do arquivo eletrônico, em Upper Airways Research Laboratory, no Hospital UZ Gent. Os cirurgiões preencheram os prontuários com a descrição da técnica cirúrgica utilizada e com a descrição relatada pelos próprios pacientes sobre seu olfato em porcentagem, durante as consultas pré e pósoperatórias (3, 6, 9, 12, 18 e 24 meses após). Os intervalos propostos foram 0 (pontuação 0), 1-30% (pontuação 1), 31-70% (pontuação 2), 71-100% (pontuação 3). No estudo prospectivo, coletamos amostras de mucosa olfatória e de pólipos nasais de 16 pacientes com RSCcPN, além amostras de cornetos inferiores de 20 pacientes grupo controle não-RSC, para análise de biomarcadores (IL1-, IL4, IL5, IL6, IL17, CCL3, CCL4, G-CSF, SEIgE, total IgE e ECP). Adicionalmente, acompanhamos 12 pacientes com RSCcPN através de Sniffin Sticks testes para avaliação do olfato, 1-4 dias previamente e 1, 3 e 6 meses posteriormente à cirurgia Reboot. RESULTADOS: Retrospectivamente, o sentido do olfato esteve em quase todo período de 2 anos analisado melhor no grupo Reboot. Embora ambos os grupos apresentem resultados similares até 9 meses, após este período, uma ampla diferença foi demonstrada. Diferença prévia vs pós 3 meses para cada grupo, p < 0.05; 18 meses pós Reboot vs 18 meses pós ESS, p = 0.007; e 24 meses pós Reboot vs 24 meses pós ESS, p = 0.001; além disso, em 2 anos de acompanhamento, taxas mais altas de recorrência de pólipos foram descritas no grupo ESS, independentemente do tamanho dos pólipos encontrados (NPS 1, p = 0.038; NPS > 2, p = 0.044). O estudo prospectivo demonstrou que o tecido olfatório de pacientes com RSCcPN apresenta resposta inflamatória do tipo-2, similar aos tecidos de pólipos nasais. Além disso, demonstramos que houve melhora objetiva olfatória contínua por 6 meses pós Reboot, com melhora significativa em 1 mês de pós-operatório. CONCLUSÕES: A cirurgia Reboot melhora significativamente a função olfatória, baseado em acompanhamento retrospectivo de 2 anos e prospectivo de 6 meses. Secundariamente, demonstramos que ocorre inflamação tipo-2 na mucosa olfatória de pacientes com RSCcPN severa e que há maiores taxas de recorrência de pólipos no grupo ESS. Concluímos que a cirurgia Reboot deve ser considerada para pacientes com RSCcPN severa não controlada para oferecer olfato a longo prazo e status livre de pólipos, especificamente quando houve falha da ESSINTRODUCTION: Chronic rhinosinusitis is an inflammation of the mucosa of the nose and sinuses, which occurs in > 10% of adults in Europe and has a significant impact on health and quality of life globally. Common symptoms include hyposmia or anosmia, congestion, nasal discharge, and facial pain or pressure, lasting at least 12 weeks. Among all the symptoms that chronic rhinosinusitis with nasal polyps (CRSwNP) can present, olfactory disfunction occurs in approximately 80% of cases and it is considered one of the most important symptoms by patients in routine consultations. In this study, we evaluated the kinetics of smell in patients with severe uncontrolled nasal polyposis who underwent Reboot surgery or routine endoscopic surgery, correlating with long-term polyposis recurrence. MATERIAL AND METHODS: This study is based on a retrospective case-control part and on a prospective cohort part. In the retrospective study, clinical data were collected from 168 CRSwNP patients who underwent at least one sinus surgery at the University Hospital of Gent, Belgium, between January 2014 and December 2015. The total sample was separated into Extended Endoscopic Surgery group, called Reboot surgery, with 140 patients, and into functional Endoscopic Sinus Surgery, called ESS, with 28 patients. The data on smell were collected from the medical records of electronic files, in the Upper Airways Research Laboratory, at the Hospital UZ Gent. The surgeons filled in the medical records with the description of the surgical technique and with the description reported by the patients themselves about their sense of smell in percentage, during pre- and postoperative consultations (3, 6, 9 12, 18 and 24 months afterwards). The proposed ranges were 0 (score 0), 1-30% (score 1), 31-70% (score 2), 71-100% (score 3). In the prospective study, we collected olfactory mucosa samples and nasal polyps from 16 patients with CRSwNP, besides inferior turbinate samples from 20 control patients non-CRS, for analysis of biomarkers (IL1-, IL4, IL5, IL6, IL17, CCL3, CCL4, G-CSF, SE-IgE, total IgE e ECP). We also followed 12 patients with CRSwNP by Sniffin\' Sticks tests, 1-4 days before and 1, 3, and 6 months after Reboot surgery, in order to evaluate their sense of smell. RESULTS: Retrospectively, the smell was better in almost entire 2-years period in the Reboot group. Although both groups showed similar results up to 9 months, after this period, a wide difference was demonstrated. Difference before vs 3 months post-operative for each group, p < 0.05; 18 months post Reboot vs 18 months post ESS, p = 0.007; and 24 months post Reboot vs 24 months post ESS, p = 0.001; moreover, at timepoint 2 years, higher rates of polyp recurrence were described in ESS group, regardless of the size of the polyps (NPS 1, p = 0.038; NPS > 2, p = 0.044). The prospective study demonstrated that the olfactory tissues of CRSwNP patients present type-2 inflammation, similarly to nasal polyps. In addition, we demonstrated that there was continuous objective olfactory improvement for 6 months post-Reboot, with significant improvement at 1 month post-operatively. CONCLUSIONS: Reboot surgery significantly improves olfactory function, based on 2-year retrospective and 6-month prospective follow-ups. Secondarily, we demonstrated that type-2 inflammation occurs in the olfactory mucosa of CRSwPN patients and that there are higher rates of polyp recurrence in ESS group. We concluded that Reboot surgery should be considered in patients with severe uncontrolled CRSwNP in order to provide long-term sense of smell and polyp-free status, especially when ESS failedBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBachert, ClausVoegels, Richard LouisGomes, Sara Costa2022-11-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5143/tde-13042023-165634/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-04-17T16:44:14Zoai:teses.usp.br:tde-13042023-165634Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-04-17T16:44:14Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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description INTRODUÇÃO: Rinossinusite crônica é uma inflamação da mucosa do nariz e seios paranasais, que ocorre em > 10% dos adultos na Europa e tem um impacto significativo na saúde e qualidade de vida globalmente. Os sintomas comuns incluem hiposmia ou anosmia, congestão, secreção nasal e dor ou pressão facial, com duração de pelo menos 12 semanas. Dentre todos os sintomas que a rinossinusite crônica com pólipos nasais (RSCcPN) pode apresentar, o distúrbio olfatório ocorre em aproximadamente 80% dos casos e é considerado um dos sintomas mais importantes pelos pacientes em consultas de rotina. Neste trabalho, avaliamos a evolução do olfato em pacientes com polipose nasal severa não controlada submetidos à cirurgia Reboot ou à cirurgia endoscópica de rotina, correlacionando com a recorrência de polipose a longo prazo. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Este estudo se baseia em uma parte retrospectiva, do tipo caso-controle, e uma parte prospectiva do tipo coorte. No estudo retrospectivo, os dados clínicos foram coletados de 168 pacientes com RSCcPN, os quais foram submetidos a pelo menos uma cirurgia dos seios nasais no Hospital Universitário de Gent, Bélgica, entre janeiro de 2014 e dezembro de 2015. A amostra total foi dividida em grupo Cirurgia Endoscópica Estendida, chamada cirurgia Reboot, com 140 pacientes, e em Cirurgia Endoscópica Funcional dos seios, denominada ESS, com 28 pacientes. Os dados sobre olfato foram coletados dos prontuários do arquivo eletrônico, em Upper Airways Research Laboratory, no Hospital UZ Gent. Os cirurgiões preencheram os prontuários com a descrição da técnica cirúrgica utilizada e com a descrição relatada pelos próprios pacientes sobre seu olfato em porcentagem, durante as consultas pré e pósoperatórias (3, 6, 9, 12, 18 e 24 meses após). Os intervalos propostos foram 0 (pontuação 0), 1-30% (pontuação 1), 31-70% (pontuação 2), 71-100% (pontuação 3). No estudo prospectivo, coletamos amostras de mucosa olfatória e de pólipos nasais de 16 pacientes com RSCcPN, além amostras de cornetos inferiores de 20 pacientes grupo controle não-RSC, para análise de biomarcadores (IL1-, IL4, IL5, IL6, IL17, CCL3, CCL4, G-CSF, SEIgE, total IgE e ECP). Adicionalmente, acompanhamos 12 pacientes com RSCcPN através de Sniffin Sticks testes para avaliação do olfato, 1-4 dias previamente e 1, 3 e 6 meses posteriormente à cirurgia Reboot. RESULTADOS: Retrospectivamente, o sentido do olfato esteve em quase todo período de 2 anos analisado melhor no grupo Reboot. Embora ambos os grupos apresentem resultados similares até 9 meses, após este período, uma ampla diferença foi demonstrada. Diferença prévia vs pós 3 meses para cada grupo, p < 0.05; 18 meses pós Reboot vs 18 meses pós ESS, p = 0.007; e 24 meses pós Reboot vs 24 meses pós ESS, p = 0.001; além disso, em 2 anos de acompanhamento, taxas mais altas de recorrência de pólipos foram descritas no grupo ESS, independentemente do tamanho dos pólipos encontrados (NPS 1, p = 0.038; NPS > 2, p = 0.044). O estudo prospectivo demonstrou que o tecido olfatório de pacientes com RSCcPN apresenta resposta inflamatória do tipo-2, similar aos tecidos de pólipos nasais. Além disso, demonstramos que houve melhora objetiva olfatória contínua por 6 meses pós Reboot, com melhora significativa em 1 mês de pós-operatório. CONCLUSÕES: A cirurgia Reboot melhora significativamente a função olfatória, baseado em acompanhamento retrospectivo de 2 anos e prospectivo de 6 meses. Secundariamente, demonstramos que ocorre inflamação tipo-2 na mucosa olfatória de pacientes com RSCcPN severa e que há maiores taxas de recorrência de pólipos no grupo ESS. Concluímos que a cirurgia Reboot deve ser considerada para pacientes com RSCcPN severa não controlada para oferecer olfato a longo prazo e status livre de pólipos, especificamente quando houve falha da ESS
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