Contribuição ao diagnóstico do cisto ósseo traumático.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Eliete Neves da
Data de Publicação: 1997
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25132/tde-18032005-150919/
Resumo: Uma pesquisa sobre o cisto ósseo traumático foi realizada com os seguintes objetivos: (1) Estabelecer a epidemiologia da amostra estudada, quanto ao gênero, raça, faixa etária, história clínica, localização e conformação da imagem radiográfica. (2) Discutir as possibilidades de cura espontânea da doença, sugerindo critérios para a proservação das lesões não tratadas cirurgicamente. (3) Estudar a prevalência do cisto ósseo traumático em pacientes tratados ortodonticamente e discutir sua possível relação etiopatogênica. O material constituiu-se de duas amostras. A amostra número 1, de procedência heterogênea, foi composta por 28 casos de cisto ósseo traumático, sendo 19 comprovados cirurgicamente, e nove casos compatíveis com a doença, pelos aspectos clínicos, radiográficos e de proservação. A amostra número 2 foi constituída por 8 casos encontrados entre 956 pacientes com tratamento ortodôntico concluído. Os resultados referentes à amostra número 1 permitiram verificar que: (1) não houve uma diferença significante na prevalência do cisto ósseo traumático em relação ao gênero; (2) o cisto ocorreu predominantemente na raça branca, porém houve uma relação entre lesões bilaterais e mulheres negras; (3) 22 casos apareceram em pacientes na 2a década de vida; (4) 69,23% dos pacientes apresentavam história de tratamento ortodôntico e 30,77% de trauma; (5) a localização principal da lesão foi o corpo mandibular com imagens radiográficas uniloculares e de forma oval; (6) a proservação dos casos compatíveis com o diagnóstico de cisto ósseo traumático revelou imagens estáticas ou em regressão; (7) os seguintes critérios de proservação foram sugeridos: (a) exame clínico e radiográfico 20 dias após a descoberta da lesão, sem sintomatologia constatável e com imagem radiográfica estável comparável à imagem de diagnóstico; (b) exame clínico e radiográfico de 60 dias mantendo as características iniciais ou mostrando involução da lesão; (c) exame clínico e radiográfico de seis meses mantendo as características iniciais ou de involução da lesão; (d) controle de um ano ou mais, repetindo aspectos já mencionados. Os resultados referentes à amostra número 2 mostraram uma alta prevalência do cisto ósseo traumático em pacientes tratados ortodonticamente, porém 50% dos casos foram detectados na documentação ortodôntica inicial. Assim pode-se concluir: (1) o maior acesso da população ao tratamento odontológico especializado permite a detecção de lesões, até então, consideradas raras; (2) o ortodontista desempenha um importante papel no diagnóstico do cisto ósseo traumático.
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Os resultados referentes à amostra número 1 permitiram verificar que: (1) não houve uma diferença significante na prevalência do cisto ósseo traumático em relação ao gênero; (2) o cisto ocorreu predominantemente na raça branca, porém houve uma relação entre lesões bilaterais e mulheres negras; (3) 22 casos apareceram em pacientes na 2a década de vida; (4) 69,23% dos pacientes apresentavam história de tratamento ortodôntico e 30,77% de trauma; (5) a localização principal da lesão foi o corpo mandibular com imagens radiográficas uniloculares e de forma oval; (6) a proservação dos casos compatíveis com o diagnóstico de cisto ósseo traumático revelou imagens estáticas ou em regressão; (7) os seguintes critérios de proservação foram sugeridos: (a) exame clínico e radiográfico 20 dias após a descoberta da lesão, sem sintomatologia constatável e com imagem radiográfica estável comparável à imagem de diagnóstico; (b) exame clínico e radiográfico de 60 dias mantendo as características iniciais ou mostrando involução da lesão; (c) exame clínico e radiográfico de seis meses mantendo as características iniciais ou de involução da lesão; (d) controle de um ano ou mais, repetindo aspectos já mencionados. Os resultados referentes à amostra número 2 mostraram uma alta prevalência do cisto ósseo traumático em pacientes tratados ortodonticamente, porém 50% dos casos foram detectados na documentação ortodôntica inicial. Assim pode-se concluir: (1) o maior acesso da população ao tratamento odontológico especializado permite a detecção de lesões, até então, consideradas raras; (2) o ortodontista desempenha um importante papel no diagnóstico do cisto ósseo traumático.A research about the traumatic bone cyst (TBC) of the jaws was realized with the following purpose: (1) To determine the epidemiology of the sample studied regarding gender, race, age, clinical history, location, and radiographic image shape. (2) To discuss the possibility of self-healing of the TBC, determining criteria for diagnosis and follow-up without surgical intervention. (3) To study the frequency of TBC in orthodontic treated patients and discuss its possible etiopathogenic relationship. The material was constituted by two sample. The sample number one was composed of 28 cases of TBC, being 19 cases confirmed by surgical procedure, and 9 valid cases of TBC determined by clinical and radiographic features and follow-up information. The sample number two was constituted by cases found in 956 orthodontic treated patients. The results concerning sample number one allowed us to verify that: (1) there was a lack of gender predilection; (2) TBC affected most frequently white patients, although bilateral lesions were more likely to occur in black women; (3) 22 patients were in second decade; (4) 69.23 per cent of the reported cases were involved in orthodontic treatment, and 30.77 per cent showed a positive history of trauma; (5) the favorite anatomic location was the body of the mandible, showing unilocular oval-shaped radiolucencies; (6) the follow-up of the lesions without surgical intervention suggested static images or images in regression. The results concerning sample number two showed a high frequency of TBC in orthodontic treated patients, though 50 per cent of the cases were detected in the initial orthodontic records. Therefore, it is possible to conclude that: (1) access of the population to specialized dental treatment reveals more lesions than it was previously thought there could be; (2) the orthodontist plays an important part in the diagnosis of the TBC.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPTavano, OrivaldoSilva, Eliete Neves da1997-11-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25132/tde-18032005-150919/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-07-08T21:34:57Zoai:teses.usp.br:tde-18032005-150919Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-07-08T21:34:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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