Alterações otológicas e audiológicas em pacientes com deficiência de IgA, imunodeficiência comum variável e agamaglobulinemia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Fátima Teresa Lacerda Brito de
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-20082020-105934/
Resumo: As imunodeficiências primárias (IDP) são um conjunto de doenças com apresentações clínicas heterogêneas, nas quais os defeitos da imunidade humoral representam o grupo mais frequente. As principais manifestações clínicas são infecções de repetição de vias respiratórias. Objetivo: Identificar a ocorrência de alterações otorrinolaringológicas e audiológicas em pacientes com agamaglobulinemia, imunodeficiência comum variável e deficiência de IgA (seletiva e parcial). Pacientes e Métodos: Os pacientes foram avaliados por meio de: otoscopia, audiometria tonal e vocal, imitânciometria e registro de Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE) estímulo clique. Resultados: Foram avaliados 30 pacientes, sendo 19 do sexo masculino. Desses, quatro apresentaram alterações auditivas nos exames de audiometria e foram excluídos para a análise de PEATE. A faixa etária variou entre 10-47 anos (média 22,4 anos), sendo a maioria maiores de 15 anos. À otoscopia foram identificados dois pacientes com otite média aguda, um paciente com otite média serosa e cinco pacientes com perfuração em membrana timpânica em pelo menos uma das orelhas. Na análise de PEATE houve diferença estatística na comparação eletrofisiológica das latências absolutas de onda I -OD, onda III- OD, onda III-OE e interpicos I-III-OE entre os sexos. Para a comparação de pacientes submetidos ao tratamento com imunoglobulinas, observou-se diferença estatisticamente significativa no PEATE em latência de onda III- OE, o mesmo tendo sido observado para pacientes com agamaglobulinemia. Conclusões: Os achados deste estudo evidenciam a necessidade de atenção a esta população, com protocolos clínicos de avaliação otológica e audiológica de rotina. Considerando a importância do diagnóstico precoce das IDP, novos estudos para avaliação do comprometimento auditivo central e subcortical serão necessários.
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