Progresso genético na cultura do feijão no Estado do Paraná para o período de 1977 a 1995

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nelson da Silva Fonseca Júnior
Data de Publicação: 1997
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/T.11.2020.tde-20200111-140638
Resumo: O melhoramento genético vegetal visa gerar novas opções aos produtores, possibilitando maiores lucros em função das vantagens oferecidas pelos novos cultivares. Para se verificar se este objetivo está sendo alcançado, é necessário avaliar o desempenho do programa de melhoramento. Visando quantificar o progresso genético do programa de melhoramento de feijão (Phaseolus vulgaris L.) para o estado do Paraná, em relação ao rendimento de grãos, foram analisados 99 ensaios intermediários do grupo preto e 109 do grupo cores, de 1977 a 1995 (18 anos) e 189 ensaios regionais finais de competição de genótipos do grupo preto e 245 do grupo cores no período de 1978 a 1995 (17 anos). Foram utilizadas seis metodologias, sendo três baseadas no contraste entre genótipos comuns em anos consecutivos, denominadas aqui por método original (VO), ponderado 1 (VP1) e ponderado 2 (VP2), que utilizam a ponderação dos ganhos genéticos anuais, mediante quadrados mínimos ponderados. As outras três metodologias foram baseadas na regressão linear da média anual dos genótipos novos e da testemunha comum em função dos anos de melhoramento; utilizando-se dados originais (método RO), dados estandardizados (método RE) e dados ajustados em função da estimação dos efeitos genotípicos, através do procedimento "BLUE", isto é, melhor estimador linear não viesado (metodologia RA). Nos métodos de regressão, os cultivares testemunhas foram Rio Tibagi no grupo dos feijões pretos e Carioca no grupo cores. Todas as metodologias apresentaram estimativas positivas para o progresso genético. O método original (VO) e seus derivados (VP1 e VP2), forneceram estimativas de magnitude semelhante na maioria dos casos, entretanto somente para VP1 e VP2 estas estimativas foram significativas em todos os grupos de ensaios. Os métodos da regressão (RO e RE) forneceram estimativas de menor magnitude. Entre as metodologias testadas, destacou-se o método da regressão com dados ajustados (RA), que forneceu estimativas significativas, e com maiores coeficientes de determinação do modelo. As estimativas de ganho genético obtidas pelo método RA, com base nos ensaios finais, foram de 1,42% para os genótipos do grupo cores, correspondendo a 18,6 kg/ha.ano e de 1,64% para o grupo preto, que equivale a 22,1 kg/ha.ano. Pode-se concluir que, após 18 anos de trabalho no Paraná, o melhoramento genético de feijão produziu resultado positivo e significativo, tanto para o grupo cores como para o grupo preto, refletido nas estimativas de ganho genético médio, que ficaram acima de 1,4% ao ano, pelo método RA, equivalentes às obtidas para outras culturas.
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Visando quantificar o progresso genético do programa de melhoramento de feijão (Phaseolus vulgaris L.) para o estado do Paraná, em relação ao rendimento de grãos, foram analisados 99 ensaios intermediários do grupo preto e 109 do grupo cores, de 1977 a 1995 (18 anos) e 189 ensaios regionais finais de competição de genótipos do grupo preto e 245 do grupo cores no período de 1978 a 1995 (17 anos). Foram utilizadas seis metodologias, sendo três baseadas no contraste entre genótipos comuns em anos consecutivos, denominadas aqui por método original (VO), ponderado 1 (VP1) e ponderado 2 (VP2), que utilizam a ponderação dos ganhos genéticos anuais, mediante quadrados mínimos ponderados. As outras três metodologias foram baseadas na regressão linear da média anual dos genótipos novos e da testemunha comum em função dos anos de melhoramento; utilizando-se dados originais (método RO), dados estandardizados (método RE) e dados ajustados em função da estimação dos efeitos genotípicos, através do procedimento "BLUE", isto é, melhor estimador linear não viesado (metodologia RA). Nos métodos de regressão, os cultivares testemunhas foram Rio Tibagi no grupo dos feijões pretos e Carioca no grupo cores. Todas as metodologias apresentaram estimativas positivas para o progresso genético. O método original (VO) e seus derivados (VP1 e VP2), forneceram estimativas de magnitude semelhante na maioria dos casos, entretanto somente para VP1 e VP2 estas estimativas foram significativas em todos os grupos de ensaios. Os métodos da regressão (RO e RE) forneceram estimativas de menor magnitude. Entre as metodologias testadas, destacou-se o método da regressão com dados ajustados (RA), que forneceu estimativas significativas, e com maiores coeficientes de determinação do modelo. As estimativas de ganho genético obtidas pelo método RA, com base nos ensaios finais, foram de 1,42% para os genótipos do grupo cores, correspondendo a 18,6 kg/ha.ano e de 1,64% para o grupo preto, que equivale a 22,1 kg/ha.ano. Pode-se concluir que, após 18 anos de trabalho no Paraná, o melhoramento genético de feijão produziu resultado positivo e significativo, tanto para o grupo cores como para o grupo preto, refletido nas estimativas de ganho genético médio, que ficaram acima de 1,4% ao ano, pelo método RA, equivalentes às obtidas para outras culturas. The objective of plant breeding is the development of cultivars, allowing the farmers to increase their higher net income. ln order to evaluate the performance .of genotypes released from breeding programs from 1977 to 1995, genetic gain with selection were estimated for yield in common beans (Phaseolus vulgaris L.) based on the analysis of 208 experiments from intermediate yield trial (99 of the black group and 109 of the colored group) and 434 experiments from the final regional trials (189 of the black group and 245 of the colored group). Six methodologies were considered for estimation of the genetic gain. Three methods were based on the contrasts among common genotypes in successive years, denominated as original method (OM), weighted 1 (W1) and weighted 2 (W2), which used the generalized least square (GLS) procedure in order to weight the annual genetic gain. The other three methods were based on the regression of new genotypes over common check as function of years, with original data (OR method), with the standardized data (SR method) and with adjusted means estimated with genotypic effects through the BLUE (best linear unbiased estimator) procedure (AR method). The cultivars Rio Tibagi and Carioca were used as common checks for the black and the colored groups, respectively. Estimates of genetic gain were positive for all methods. The original (OM) and the derivatives (W1 and W2) methods provided estimates of the same magnitude; however, only for W1 and W2 the estimates were significative. In many cases, the regression methods (OR and SR) showed the lowest estimates of genetic gain. The regression method with adjusted data (AR) produced estimates for the genetic gain which were more precise and with the highest coefficients of determination for the model. The average genetic gain estimated by the AR method for the final yield trials were 1.42% for the colored group which corresponds to 18.5 kg/ha per year, and 1.64% or 22.1 kg/ha per year for the black group. It can be concluded that after 18 years of common bean breeding, positive results were obtained for both groups with genetic gain reaching values of above 1.4% per year, which is similar to those obtained for other crops. https://doi.org/10.11606/T.11.2020.tde-20200111-140638info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T19:38:55Zoai:teses.usp.br:tde-20200111-140638Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-12-22T13:01:30.132470Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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