Die Brücke: entre Nietzsche e o grupo expressionista alemão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rosa, Rodrigo Rodrigues
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/93/93131/tde-03122020-210735/
Resumo: A ambiência cultural e social do final do século XIX e início do século XX produziram movimentações estéticas, sociais e políticas que expressaram a efervescência crítica de uma época. A crítica de Nietzsche aos valores ocidentais ditos décadent encontrava, em alguns nichos específicos de leitores, terreno fértil para o que depois veio a se popularizar. Entre seus leitores, em um momento imediatamente posterior à sua morte, estava o grupo Die Brücke, que propôs uma renovação da arte moderna alemã, imprimindo na apreciação e na sensibilidade outras possibilidades de experiência estética e política. A ponte de Nietzsche sugeria a superação do homem em direção ao além-do-homem. A ponte daqueles artistas propunha uma nova estética para a arte, superando padrões formais anteriores. Nesse contexto, o objetivo desta pesquisa foi estudar e analisar as obras produzidas pelo grupo, que existiu entre 1905 e 1913, na Alemanha e verificar aspectos que possam apresentar semelhanças às visões de mundo que constituem a obra do filósofo alemão, problematizando aspectos que envolvem a passagem entre passado e futuro na pintura das vanguardas da primeira metade do século XX, com a emersão de novas propostas estéticas. O estudo apontou as maneiras como os artistas expressavam seus sentimentos e angústias por meio de suas obras e construiu algumas linhas interpretativas dessa produção, apontando perspectivas estéticas e mobilizações produzidas na história da arte e os reflexos naquela sociedade identificada nos analisadores que nesta pesquisa entraram em operação. A dor, o sofrimento, a crise do homem, entre outros elementos presentes em obras-chave deste primeiro movimento expressionista foram tratadas como forças num jogo de enfrentamentos que marcam nesta arte um campo de possibilidade de resistência às adversidades, engendrando prosseguimentos e novos diálogos.
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