Estudo clínico randomizada, duplo cego, do efeito do tratamento de defeitos infra-ósseos com a proteína da matriz do esmalte.Resultados após dois anos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Chambrone, Daniela
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23146/tde-11042008-113921/
Resumo: O objetivo deste trabalho foi comparar os parâmetros clínicos periodontais após tratamento de defeitos infra-ósseos com retalho de espessura total (RET) associado ou não à proteína da matriz do esmalte (PME). Foram selecionados 10 pacientes com saúde geral boa, apresentando periodontite crônica e com um par ou mais de defeitos infra-ósseos (PCS >= 6 mm), totalizando 38 defeitos. Todos os pacientes receberam instruções de higiene bucal, raspagem e alisamento radicular, prévio a cirurgia. Foram divididos em dois grupos: grupo PME recebeu retalho de espessura total associado à proteína da matriz do esmalte; e o grupo RET recebeu apenas retalho de espessura total. Todos os pacientes passaram por sessões de controle e manutenção bucal a cada 3 meses, até o final do experimento. Após 24 meses observamos redução na média da PCS de 4,21 mm (PME) e 3,28 mm (RET),do início ao final do experimento, resultado significativo para ambos os grupos (p < 0,001), entretanto, o PME mostrou redução da PCS estatisticamente superior ao RET, aos 24 meses (p = 0,030). Para o NCIR o ganho médio foi de 5,69 mm (PME) e de 5,24 mm (RET), sendo esses ganhos significativos para ambos os grupos (p < 0,001) comparados o início ao final do experimento, no entanto, não houve diferença significativa quando comparadas às médias entre os dois grupos, ao final do trabalho (p = 0,59). Com relação ao IP, foi detectada uma redução significativa nos dois grupos ao longo do tratamento (p=0,022 para PME; p=0,005 para RET), 60% para o grupo PME e 80% para o grupo RET, sem contudo ser observada uma diferença estatisticamente significante entre os grupos (p=0,46). Quando observado o IG, tanto no PME como no RET, foi detectada uma redução significativa ao longo do experimento (p<0,001), entretanto, não houve diferença significativa entre os grupos em nenhum momento do experimento (p=0,34). A RG foi maior para o PME do que para o RET (p<0,001), sendo que no PME a RG aumentou 1,02 mm, apesar desse resultado, os valores médios de retração gengival não foram diferentes estatisticamente quando comparadas entre os grupos (p=0,68). Não houve alteração significativa na quantidade de gengiva queratinizada no PME (p = 0,23), enquanto no RET houve uma redução significativa na faixa de gengiva queratinizada ao longo do tempo de 0,78 mm (p=0,010), sem diferença estatística significante entre os grupos. A mobilidade dental não sofreu mudanças ao longo do tempo em ambos os grupo (p=0,90). Concluímos que o tratamento de defeitos infra-ósseos periodontais através da associação da proteína da matriz do esmalte com o retalho de espessura total reposto resulta em maior redução da profundidade clínica de sondagem quando comparado ao uso do retalho de espessura total reposto, após 24 meses.
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spelling Estudo clínico randomizada, duplo cego, do efeito do tratamento de defeitos infra-ósseos com a proteína da matriz do esmalte.Resultados após dois anosRandomized clinical study, double blind, of the defects intra-bony treatment effect with the enamel matrix protein. Results after two yearsAlveolar Bone LossBone RegenerationPerda Óssea AlveolarPeriodontiaPeriodonticsRegeneração ósseaO objetivo deste trabalho foi comparar os parâmetros clínicos periodontais após tratamento de defeitos infra-ósseos com retalho de espessura total (RET) associado ou não à proteína da matriz do esmalte (PME). Foram selecionados 10 pacientes com saúde geral boa, apresentando periodontite crônica e com um par ou mais de defeitos infra-ósseos (PCS >= 6 mm), totalizando 38 defeitos. Todos os pacientes receberam instruções de higiene bucal, raspagem e alisamento radicular, prévio a cirurgia. Foram divididos em dois grupos: grupo PME recebeu retalho de espessura total associado à proteína da matriz do esmalte; e o grupo RET recebeu apenas retalho de espessura total. Todos os pacientes passaram por sessões de controle e manutenção bucal a cada 3 meses, até o final do experimento. Após 24 meses observamos redução na média da PCS de 4,21 mm (PME) e 3,28 mm (RET),do início ao final do experimento, resultado significativo para ambos os grupos (p < 0,001), entretanto, o PME mostrou redução da PCS estatisticamente superior ao RET, aos 24 meses (p = 0,030). Para o NCIR o ganho médio foi de 5,69 mm (PME) e de 5,24 mm (RET), sendo esses ganhos significativos para ambos os grupos (p < 0,001) comparados o início ao final do experimento, no entanto, não houve diferença significativa quando comparadas às médias entre os dois grupos, ao final do trabalho (p = 0,59). Com relação ao IP, foi detectada uma redução significativa nos dois grupos ao longo do tratamento (p=0,022 para PME; p=0,005 para RET), 60% para o grupo PME e 80% para o grupo RET, sem contudo ser observada uma diferença estatisticamente significante entre os grupos (p=0,46). Quando observado o IG, tanto no PME como no RET, foi detectada uma redução significativa ao longo do experimento (p<0,001), entretanto, não houve diferença significativa entre os grupos em nenhum momento do experimento (p=0,34). A RG foi maior para o PME do que para o RET (p<0,001), sendo que no PME a RG aumentou 1,02 mm, apesar desse resultado, os valores médios de retração gengival não foram diferentes estatisticamente quando comparadas entre os grupos (p=0,68). Não houve alteração significativa na quantidade de gengiva queratinizada no PME (p = 0,23), enquanto no RET houve uma redução significativa na faixa de gengiva queratinizada ao longo do tempo de 0,78 mm (p=0,010), sem diferença estatística significante entre os grupos. A mobilidade dental não sofreu mudanças ao longo do tempo em ambos os grupo (p=0,90). Concluímos que o tratamento de defeitos infra-ósseos periodontais através da associação da proteína da matriz do esmalte com o retalho de espessura total reposto resulta em maior redução da profundidade clínica de sondagem quando comparado ao uso do retalho de espessura total reposto, após 24 meses.The aim of the present clinical trial was to compare the periodontal clinical parameters after the treatment of intrabony defects with open flap debridement (OFD) with or without enamel matrix derivative (EMD). Ten subjects with good health, chronic periodontite and one or more pair of the intrabony defects (PPD >= 6 mm), totalizing 38 defects. All the patients received instructions of buccal hygiene, scaling and root planning, previous surgery. They were divided into two groups: group PME received open flap debridement associated to the enamel matrix protein; and the group OFD just received open flap debridement. All the patients passed by control sessions and buccal maintenance every 3 months, until the experiment end. After 24 months, a mean reduction of PPD was 4,21 mm (EMD) and 3,28 mm (OFD), beginning at the end of the experiment, significant result for both groups (p < 0,001), however, EMD showed PPD reduction statistically superior to OFD, at 24 months (p = 0,030). For the relative attachment level (RAL) the mean gain was 5,69 mm (EMD) and 5,24 mm (OFD), being these significant for both groups (p < 0,001) compared the beginning at the end of the experiment, however, there was not significant difference when compared to the means between both groups, at the end of the work (p = 0,59). With regard to PI, it was detected a significant reduction in the two groups along the treatment (p=0,022 to EMD; P=0,005 to OFD), 60% to the group EMD and 80% to the group OFD, without however a statistically significant difference between groups be observed (p=0,46). When observed GI, so much in the EMD as in OFP, it was detected a significant reduction along the experiment (p<0,001), however, there was not significant difference between groups in no experiment moment (p=0,34). RG was larger for EMD than for OFP (p<0,001), for EMD increased 1,02 mm, although of this result, the mean values of GR were not different statistically when compared between groups (p=0,68). There was not significant alteration in the keratinized tissue quantity in EMD (p = 0,23), while in the OFD there was a significant reduction in the keratinized tissue band along time of 0,78 mm (p=0,010), without differentiating significant statistics between groups. The dental mobility did not suffer changes along time in both group (p=0,90). In conclusion, the intra-bony periodontal defects treatment through the enamel matrix protein association with the open flap debridement results in more reduction to the probing clinical depth when compared to the open flap debridement, after 24 months.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPLima, Luiz Antonio Pugliesi Alves deChambrone, Daniela2008-02-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23146/tde-11042008-113921/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:55Zoai:teses.usp.br:tde-11042008-113921Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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