Avaliação econômica da produção de rosa de corte (Rosa sp), em campo e em estufa, sob condições de risco, no município de Holambra- SP: estudo de casos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Groot, Etiénne
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20181127-162047/
Resumo: Este trabalho tem por objetivo estabelecer indicadores econômicos, incorporando risco, para duas alternativas de produção, à campo e em estufa, de rosas de corte da variedade Vegas, no município de Holambra -SP. Parte-se da hipótese de que o maior investimento inicial exigido para a produção de rosas em estufa seria compensado, temporalmente, em relação à produção em campo aberto, por produzir hastes de melhor qualidade e com maior uniformidade implicando, assim, em maiores preços e quantidades vendidas por área. Para tanto, a fonte de informação sobre os sistemas de produção são produtores de rosas do Município de Holambra. Os preços considerados se apoiam em dados fornecidos pelo Veiling-Holambra (convertidos em reais de outubro de 2002) e as taxas de juros são de 10,2%, 20% e 30% ao ano. A obtenção dos indicadores econômicos das análises determinista e de risco deu-se através da utilização do software ALEAXPRJ, que utiliza o método de Monte Carlo. Os resultados da pesquisa mostram que as rosas de estufa apresentam preços de venda superiores que as produzidas a campo, R$ 2,71/dúzia e R$ 1,63/dúzia, respectivamente. A geração de receita em valores atuais (V A), são: R$ 133.183,46/ha em quatro anos de produção em estufa e, R$ 53.952,04/ha em seis anos de produção à campo aberto. Como a produção em estufa demanda maior fluxo de capital, com custo total atualizado (CTA) de R$ 431.518,34/ha contra R$ 168.142,77/ha no sistema de campo, o comparativo para a relação beneficio- custo se mostra favorável à produção de rosas à campo. Os custos unitários atualizados (CUA) da rosa é de R$ 2,26/dúzia (out./2002) quando produzida em estufa e de R$ 1,31/dúzia no cultivo de campo. Os valores médios obtidos para as taxas internas de retomo (TIR), em condição de risco, para um custo de oportunidade de 10,2%, são: 54,01% a. a. para o projeto de produção a campo e 50,17 % a. a. para a produção em estufa e, de acordo com a distribuição de probabilidade deste índice, existe a possibilidade de os dois sistemas de produção de rosas apresentarem a mesma taxa interna de retomo. Nas condições do estudo, o projeto que apresenta melhor atratividade para a produção de rosas de corte da variedade Vegas, no município de Holambra -SP, é o sistema em campo aberto. Porém, a inclusão dos custos de colheita, pós-colheita do sistema de campo para o sistema de estufa, sinaliza para este segundo sistema uma melhor atratividade. Os fatores que mais influenciam na variação de rentabilidade são, em ordem decrescente, os preços, quantidade comercializada (fatores geradores de receita), custo adicional de produção (colheita, pós-colheita e a colocação e ajustamento de redinhas). O fator que menos interfere na rentabilidade é o custo não faturado, ou seja, os produtos levados ao entreposto e que não são comercializados. O estudo remete a outras análises em condições de risco revelando que em futuros estudos são necessários a inserção de outras variedades de rosas e a consideração de outros fatores não controláveis como os efeitos de chuvas de granizo, fortes geadas, além da incorporação de um horizonte temporal de preço e produção mais longos
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