Ingestão alimentar, homocisteína e proteoma plasmático no lúpus eritematoso sistêmico juvenil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Salomão, Roberta Garcia
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-06012017-104132/
Resumo: Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença multisistêmica crônica e autoimune de etiologia desconhecida. O LES é considerado um fator de risco independente para eventos cardiovasculares em qualquer faixa etária. A coexistência de fatores de risco tradicionais e não tradicionais (alto nível plasmático de homocisteína) são as causas para o risco do desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV) em portadores de LES. A hiperhomocisteinemia é considerada um fator de risco independente para DCV e cerebrovasculares e tem como causas fatores nutricionais, genéticos e fisiológicos. Proteína C reativa de alta sensibilidade (hs-PCR), fator de necrose tumoral-? (TNF- ?), interferon ?, MCP-1 (Monocyte Chemoattractant Protein- 1) e leptina tem sido descritos como importantes biomarcadores para DCV. Por outro lado, adiponectina e grelina tem sido retratadas como potentes protetores contra o desenvolvimento da aterosclerose. Parâmetros antropométricos aumentados também podem estar associados ao risco de DCV como aumento da espessura da camada íntima da carótida. O processo de inflamação crônica existente no LES está diretamente associado a alterações no perfil lipídico e no metabolismo de lipoproteínas. Análises em larga escala dos perfis de expressão de proteínas estão se tornando uma importante ferramenta na investigação de várias patologias associadas a resposta autoimune. Objetivos: Descrever e comparar medidas antropométricas, ingestão alimentar e proteoma plasmático em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico juvenil (LESJ) e controles saudáveis. Comparar metabólitos e antropometria entre dois clusters metabólicos de pacientes com LESJ (Lúpus Melhor Perfil Metabólico - LMPM e Lúpus Pior Perfil Metabólico - LPPM) e um cluster com controles saudáveis (Controle Melhor Perfil Metabólico) e, também, em dois clusters de pacientes com LESJ definidos pela dose diária de corticoide administrada. Métodos: Foram recrutadas 19 adolescentes portadoras de LESJ e 39 controles saudáveis. Foram mensurados índice de massa corporal (IMC), peso, estatura, circunferência da cintura (CC), ingestão alimentar (Recordatório de 24 horas), SLEDAI (Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index), SLICC (Systemic Lupus International Collaborating Clinics/American College of Rheumatology Damage Index), níveis plasmáticos de homocisteína, vitamina B12, 6 folato, TNF-?, hs-PCR, MCP-1, adiponectina, leptina, grelina, perfil lipídico e proteoma plasmático pela técnica Shotgun proteomics com Isobaric Tag for Relative and Absolute Quantitation. Os grupos foram comparados por ANCOVA. k-cluster foi usado para separar LESJ e controles em dois clusters extremos de melhor e pior perfil metabólico de acordo com os níveis plasmáticos de homocisteína, TNF-?, hsPCR e folato para a análise da proteômica. Resultados: Pacientes com LESJ apresentaram maior IMC, CC, homocisteína, triglicérides, TNF-?, hsPCR e menor folato plasmático quando comparados ao grupo controle. Foram encontradas 10 proteínas com expressão significativamente diferente entre os clusters: Cluster Lúpus Melhor Perfil Metabólico (LMPM), Cluster Lúpus Pior Perfil Metabólico (LPPM) e Cluster Controle Melhor Perfil Metabólico (CMPM) (? -2-macroglobulina, ? -1-antitripsina, apoliproteína AI, apoliproteína E, ceruloplasmina, complemento C3, fibrinogênio de cadeia ?, haptoglobina, hemopexina e sorotransferrina). Oito proteínas foram mais expressas no LMPM e menos expressas no LPPM comparados com CMPM. As proteínas menos expressas no LPPM foram negativamente correlacionadas com maior risco para DCV. Conclusão: O presente estudo mostrou que as adolescentes com LESJ apresentaram maior IMC, circunferência da cintura, concentrações séricas de homocisteína, triglicérides, TNF-?, hs-PCR e, menor estatura e concentração de folato sérico quando comparadas com adolescentes saudáveis. Além disso, o cluster LPPM apresentou uma expressão diminuída das proteínas apolipoproteína AI, apolipoproteína E, alfa-2- macroglobulina, alfa-1-antitripsina, ceruloplasmina, complemento C3, hemopexina e sorotransferrina quando comparado aos clusters CMPM e LMPM. Sendo assim, é possível concluir que o presente estudo sinaliza possíveis complicações cardiovasculares futuras em pacientes com LESJ e, sugerem a necessidade de novos estudos, a fim de elucidar a interação do estado nutricional e das proteínas encontradas pela proteômica no contexto de sistemas biológicos em pacientes com LESJ.
id USP_e10993d27910a59667d10391f4789e2d
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-06012017-104132
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Ingestão alimentar, homocisteína e proteoma plasmático no lúpus eritematoso sistêmico juvenilFood intake, homocysteine and plasma proteomic in childhood-onset systemic lupus erythematosusChild-hood onset Systemic Lupus ErythematosusFood IntakeHomocisteínaHomocysteineIngestão alimentarLúpus eritematoso sistêmico JuvenilProteoma plasmáticoProteomicLúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença multisistêmica crônica e autoimune de etiologia desconhecida. O LES é considerado um fator de risco independente para eventos cardiovasculares em qualquer faixa etária. A coexistência de fatores de risco tradicionais e não tradicionais (alto nível plasmático de homocisteína) são as causas para o risco do desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV) em portadores de LES. A hiperhomocisteinemia é considerada um fator de risco independente para DCV e cerebrovasculares e tem como causas fatores nutricionais, genéticos e fisiológicos. Proteína C reativa de alta sensibilidade (hs-PCR), fator de necrose tumoral-? (TNF- ?), interferon ?, MCP-1 (Monocyte Chemoattractant Protein- 1) e leptina tem sido descritos como importantes biomarcadores para DCV. Por outro lado, adiponectina e grelina tem sido retratadas como potentes protetores contra o desenvolvimento da aterosclerose. Parâmetros antropométricos aumentados também podem estar associados ao risco de DCV como aumento da espessura da camada íntima da carótida. O processo de inflamação crônica existente no LES está diretamente associado a alterações no perfil lipídico e no metabolismo de lipoproteínas. Análises em larga escala dos perfis de expressão de proteínas estão se tornando uma importante ferramenta na investigação de várias patologias associadas a resposta autoimune. Objetivos: Descrever e comparar medidas antropométricas, ingestão alimentar e proteoma plasmático em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico juvenil (LESJ) e controles saudáveis. Comparar metabólitos e antropometria entre dois clusters metabólicos de pacientes com LESJ (Lúpus Melhor Perfil Metabólico - LMPM e Lúpus Pior Perfil Metabólico - LPPM) e um cluster com controles saudáveis (Controle Melhor Perfil Metabólico) e, também, em dois clusters de pacientes com LESJ definidos pela dose diária de corticoide administrada. Métodos: Foram recrutadas 19 adolescentes portadoras de LESJ e 39 controles saudáveis. Foram mensurados índice de massa corporal (IMC), peso, estatura, circunferência da cintura (CC), ingestão alimentar (Recordatório de 24 horas), SLEDAI (Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index), SLICC (Systemic Lupus International Collaborating Clinics/American College of Rheumatology Damage Index), níveis plasmáticos de homocisteína, vitamina B12, 6 folato, TNF-?, hs-PCR, MCP-1, adiponectina, leptina, grelina, perfil lipídico e proteoma plasmático pela técnica Shotgun proteomics com Isobaric Tag for Relative and Absolute Quantitation. Os grupos foram comparados por ANCOVA. k-cluster foi usado para separar LESJ e controles em dois clusters extremos de melhor e pior perfil metabólico de acordo com os níveis plasmáticos de homocisteína, TNF-?, hsPCR e folato para a análise da proteômica. Resultados: Pacientes com LESJ apresentaram maior IMC, CC, homocisteína, triglicérides, TNF-?, hsPCR e menor folato plasmático quando comparados ao grupo controle. Foram encontradas 10 proteínas com expressão significativamente diferente entre os clusters: Cluster Lúpus Melhor Perfil Metabólico (LMPM), Cluster Lúpus Pior Perfil Metabólico (LPPM) e Cluster Controle Melhor Perfil Metabólico (CMPM) (? -2-macroglobulina, ? -1-antitripsina, apoliproteína AI, apoliproteína E, ceruloplasmina, complemento C3, fibrinogênio de cadeia ?, haptoglobina, hemopexina e sorotransferrina). Oito proteínas foram mais expressas no LMPM e menos expressas no LPPM comparados com CMPM. As proteínas menos expressas no LPPM foram negativamente correlacionadas com maior risco para DCV. Conclusão: O presente estudo mostrou que as adolescentes com LESJ apresentaram maior IMC, circunferência da cintura, concentrações séricas de homocisteína, triglicérides, TNF-?, hs-PCR e, menor estatura e concentração de folato sérico quando comparadas com adolescentes saudáveis. Além disso, o cluster LPPM apresentou uma expressão diminuída das proteínas apolipoproteína AI, apolipoproteína E, alfa-2- macroglobulina, alfa-1-antitripsina, ceruloplasmina, complemento C3, hemopexina e sorotransferrina quando comparado aos clusters CMPM e LMPM. Sendo assim, é possível concluir que o presente estudo sinaliza possíveis complicações cardiovasculares futuras em pacientes com LESJ e, sugerem a necessidade de novos estudos, a fim de elucidar a interação do estado nutricional e das proteínas encontradas pela proteômica no contexto de sistemas biológicos em pacientes com LESJ.Systemic lupus erythematosus (SLE) is a, autoimmune, chronic and inflammatory disease of unknown etiology. SLE is considered an independent risk factor for cardiovascular diseases at any age. Reasons for the increased risk of CVD in SLE include the co-existence of traditional cardiac risk factors and nontraditional risk factors such as high concentrations of homocysteine. Elevated homocysteine (Hcy) levels is considered an independent risk factor for CVD. Hiperhomocysteine can indicate undernourishment due to a lack of vitamins or genetic alterations. Inflammatory biomarkers have been consistently associated with the presence of CVD in multiple studies from different populations, including SLE, such as high-sensitivity C-reactive protein (hs-CRP), tumor necrosis factor - ? (TNF - ?), type I interferon (IFN), monocyte chemoattractant protein-1 (MCP-1) and leptin. On the other hand, some cytokines and hormones are related to atherosclerosis prevention, such as adiponectin and ghrelin. The existing chronic inflammation process in SLE is directly associated with changes in lipid and lipoprotein metabolism. Some comprehensive studies have been conducted at multiple biological levels including DNA (or genomics), mRNA (or transcriptomics), protein (or proteomics) and metabolites (or metabolomics). The \'omics\' platforms allow us to re-examine SLE at a greater degree of molecular resolution. Objectives: To describe and compare anthropometric measurements, food intake, metabolites and plasma proteomic analysis in child-hood onset systemic lupus erythematosus (c-SLE) and healthy controls. To compare metabolites and anthropometric parameters between two clusters with c-SLE (lupus cluster with the best - LCBMP and the worst metabolic profile - LCWMP) and one cluster with controls (healthy cluster with the best metabolic profile - HCBMP) and to compare metabolites and anthropometric parameters between two clusters of c-SLE patients defined by daily corticosteroid doses intake. Methods: 19 c-SLE and 39 healthy volunteers were recruited. We evaluated BMI, weight, height, waist circumference, food intake through a 24-hours recalls, SLEDAI (Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index), SLICC (Systemic Lupus International Collaborating Clinics/American College of Rheumatology Damage Index), SLICC, serum levels of homocysteine, vitamin B12, 8 folate, TNF-?, hs-C reactive protein, monocyte chemoattractant protein-1, adiponectin, leptin, ghrelin, lipid profile and plasma proteomic by Shotgun proteomics with Isobaric Tag for Relative and Absolute Quantitation. The groups were compared by ANCOVA. k-cluster were used to separate SLE and control groups into two different clusters with the best and the worst metabolic profile according to homocysteine, TNF-?, hsCRP and folate plasma levels for proteomic assessment. Results: SLE patients presented higher BMI, WC, homocysteine, triglycerides, TNF-?, hsCRP levels and lower plasma folate when compared to controls. We found 10 proteins with significantly different expression between healthy cluster with the best metabolic profile (HCBMP) and lupus cluster with the best (LCBMP) and the worst metabolic profile (LCWMP) (alpha-2- macroglobulin; alpha-1-antitripsin, apoliprotein AI, apoliprotein E, ceruloplasmin, complement C3, fibrinogen ? chain, haptoglobin, hemopexin and serum transferrin). Eight proteins were higher expressed in LCBMP and lower expressed in LCWMP compared with HCBMP. Proteins less expressed in LCWMP were negatively correlated with a higher risk for cardiovascular disease. Conclusion: Our results described some previously cardiovascular risk factors in c-SLE patients and possible associations between nutritional status and cardiovascular disease risk factors. Proteomic results showed acute phase proteins and pro-inflammatory proteins more expressed in c-SLE patients compared to controls. These results might allow us to treat c-SLE with personalized diets to avoid cardiovascular complications in future. The small sample size and the cross-sectional design were the limitations of the study, but it is a rare disease in the pediatric field and, despite this fact, the present study was able to characterize two distinct nutritional and metabolic groups with uncommon proteins expressed. These results deserve further investigations to better elucidate the whole of these proteins in the context of systems biology interactions in SLE pediatric patients.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMonteiro, Jacqueline PontesSalomão, Roberta Garcia2016-08-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-06012017-104132/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-17T16:34:08Zoai:teses.usp.br:tde-06012017-104132Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-17T16:34:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Ingestão alimentar, homocisteína e proteoma plasmático no lúpus eritematoso sistêmico juvenil
Food intake, homocysteine and plasma proteomic in childhood-onset systemic lupus erythematosus
title Ingestão alimentar, homocisteína e proteoma plasmático no lúpus eritematoso sistêmico juvenil
spellingShingle Ingestão alimentar, homocisteína e proteoma plasmático no lúpus eritematoso sistêmico juvenil
Salomão, Roberta Garcia
Child-hood onset Systemic Lupus Erythematosus
Food Intake
Homocisteína
Homocysteine
Ingestão alimentar
Lúpus eritematoso sistêmico Juvenil
Proteoma plasmático
Proteomic
title_short Ingestão alimentar, homocisteína e proteoma plasmático no lúpus eritematoso sistêmico juvenil
title_full Ingestão alimentar, homocisteína e proteoma plasmático no lúpus eritematoso sistêmico juvenil
title_fullStr Ingestão alimentar, homocisteína e proteoma plasmático no lúpus eritematoso sistêmico juvenil
title_full_unstemmed Ingestão alimentar, homocisteína e proteoma plasmático no lúpus eritematoso sistêmico juvenil
title_sort Ingestão alimentar, homocisteína e proteoma plasmático no lúpus eritematoso sistêmico juvenil
author Salomão, Roberta Garcia
author_facet Salomão, Roberta Garcia
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Monteiro, Jacqueline Pontes
dc.contributor.author.fl_str_mv Salomão, Roberta Garcia
dc.subject.por.fl_str_mv Child-hood onset Systemic Lupus Erythematosus
Food Intake
Homocisteína
Homocysteine
Ingestão alimentar
Lúpus eritematoso sistêmico Juvenil
Proteoma plasmático
Proteomic
topic Child-hood onset Systemic Lupus Erythematosus
Food Intake
Homocisteína
Homocysteine
Ingestão alimentar
Lúpus eritematoso sistêmico Juvenil
Proteoma plasmático
Proteomic
description Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença multisistêmica crônica e autoimune de etiologia desconhecida. O LES é considerado um fator de risco independente para eventos cardiovasculares em qualquer faixa etária. A coexistência de fatores de risco tradicionais e não tradicionais (alto nível plasmático de homocisteína) são as causas para o risco do desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV) em portadores de LES. A hiperhomocisteinemia é considerada um fator de risco independente para DCV e cerebrovasculares e tem como causas fatores nutricionais, genéticos e fisiológicos. Proteína C reativa de alta sensibilidade (hs-PCR), fator de necrose tumoral-? (TNF- ?), interferon ?, MCP-1 (Monocyte Chemoattractant Protein- 1) e leptina tem sido descritos como importantes biomarcadores para DCV. Por outro lado, adiponectina e grelina tem sido retratadas como potentes protetores contra o desenvolvimento da aterosclerose. Parâmetros antropométricos aumentados também podem estar associados ao risco de DCV como aumento da espessura da camada íntima da carótida. O processo de inflamação crônica existente no LES está diretamente associado a alterações no perfil lipídico e no metabolismo de lipoproteínas. Análises em larga escala dos perfis de expressão de proteínas estão se tornando uma importante ferramenta na investigação de várias patologias associadas a resposta autoimune. Objetivos: Descrever e comparar medidas antropométricas, ingestão alimentar e proteoma plasmático em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico juvenil (LESJ) e controles saudáveis. Comparar metabólitos e antropometria entre dois clusters metabólicos de pacientes com LESJ (Lúpus Melhor Perfil Metabólico - LMPM e Lúpus Pior Perfil Metabólico - LPPM) e um cluster com controles saudáveis (Controle Melhor Perfil Metabólico) e, também, em dois clusters de pacientes com LESJ definidos pela dose diária de corticoide administrada. Métodos: Foram recrutadas 19 adolescentes portadoras de LESJ e 39 controles saudáveis. Foram mensurados índice de massa corporal (IMC), peso, estatura, circunferência da cintura (CC), ingestão alimentar (Recordatório de 24 horas), SLEDAI (Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index), SLICC (Systemic Lupus International Collaborating Clinics/American College of Rheumatology Damage Index), níveis plasmáticos de homocisteína, vitamina B12, 6 folato, TNF-?, hs-PCR, MCP-1, adiponectina, leptina, grelina, perfil lipídico e proteoma plasmático pela técnica Shotgun proteomics com Isobaric Tag for Relative and Absolute Quantitation. Os grupos foram comparados por ANCOVA. k-cluster foi usado para separar LESJ e controles em dois clusters extremos de melhor e pior perfil metabólico de acordo com os níveis plasmáticos de homocisteína, TNF-?, hsPCR e folato para a análise da proteômica. Resultados: Pacientes com LESJ apresentaram maior IMC, CC, homocisteína, triglicérides, TNF-?, hsPCR e menor folato plasmático quando comparados ao grupo controle. Foram encontradas 10 proteínas com expressão significativamente diferente entre os clusters: Cluster Lúpus Melhor Perfil Metabólico (LMPM), Cluster Lúpus Pior Perfil Metabólico (LPPM) e Cluster Controle Melhor Perfil Metabólico (CMPM) (? -2-macroglobulina, ? -1-antitripsina, apoliproteína AI, apoliproteína E, ceruloplasmina, complemento C3, fibrinogênio de cadeia ?, haptoglobina, hemopexina e sorotransferrina). Oito proteínas foram mais expressas no LMPM e menos expressas no LPPM comparados com CMPM. As proteínas menos expressas no LPPM foram negativamente correlacionadas com maior risco para DCV. Conclusão: O presente estudo mostrou que as adolescentes com LESJ apresentaram maior IMC, circunferência da cintura, concentrações séricas de homocisteína, triglicérides, TNF-?, hs-PCR e, menor estatura e concentração de folato sérico quando comparadas com adolescentes saudáveis. Além disso, o cluster LPPM apresentou uma expressão diminuída das proteínas apolipoproteína AI, apolipoproteína E, alfa-2- macroglobulina, alfa-1-antitripsina, ceruloplasmina, complemento C3, hemopexina e sorotransferrina quando comparado aos clusters CMPM e LMPM. Sendo assim, é possível concluir que o presente estudo sinaliza possíveis complicações cardiovasculares futuras em pacientes com LESJ e, sugerem a necessidade de novos estudos, a fim de elucidar a interação do estado nutricional e das proteínas encontradas pela proteômica no contexto de sistemas biológicos em pacientes com LESJ.
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016-08-05
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-06012017-104132/
url http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-06012017-104132/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1809090431505399808