Alterações biomecânicas da córnea de suínos induzidas pela confecções de lamelas pediculadas de diferentes espessuras por laser de femtossegundo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Medeiros, Fabricio Witzel de
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-22082011-123320/
Resumo: Objetivo: Investigar as alterações biomecânicas da córnea de suínos induzidas pela confecção de lamelas pediculadas de diferentes espessuras pelo laser de femtossegundo. Métodos: Para a formação dos dois grupos, 12 olhos de porcos foram usados: lamelas pediculadas de 100 e de 300 micrômetros confeccionadas pelo laser de femtossegundo. Cada olho foi submetido aos seguintes exames, antes da criação das lamelas: topografia por rasterstereography, Ocular Response Analyzer (ORA), tomografia do segmento anterior por coerência óptica para a avaliação paquimétrica corneal e das lamelas criadas e sistema de velocidade de onda (SVO), que mede a velocidade de propagação de ondas acústicas entre dois transdutores posicionados na superfície corneal antes e imediatamente, após a feitura da lamela. O primerio passo foi desenhado para o estudo das diferenças em relação à histerese corneal, fator de resistência corneal, mudanças na curvatura e velocidade de propagação de onda acústica entre córneas com lamelas finas e espessas. Posteriormente, as lamelas foram amputadas, e as medidas do sistema de velocidade de onda foram repetidas. Resultados: A média de espessura das lamelas ± desviopadrão (DP) foi de 108,5±6,9 (8,5% da espessura total) e 307,8±11,5 m (22,9% da espessura total), para os grupos de lamelas finas e espessas, respectivamente (p< 0,001). Histerese corneal e o fator de resistência corneal não apresentaram diferença estatística, após a criação de lamelas finas (p = 0,81 e p = 0,62, respectivamente). Histerese corneal foi significantemente mais baixa, depois da confecção de lamelas mais espessas (8,0±1,0 para 5,1±1,5 mmHg para medidas pré e pós-operatórias, respectivamente, p = 0,003, diminuição de 36,25%) e fator de resistência corneal também mostrou significante diminuição nesse grupo, após o procedimento cirúrgico; valores médios pré e pós-operatórios de 8,2±1,6 e 4,1±2,5 mmHg respectivamente (p= 0,007), diminuição de 50%. A ceratometria média simulada apresentou maiores valores, após a confecção das lamelas mais espessas em relação ao pré-operatório (ceratometria pré e pós-operatória de 39,5±1 D e 45,9±1,2 D, respectivamente, p= 0,003). Para o grupo de lamelas finas, não houve diferença estatisticamente significante (ceratometria pré e pós-operatória de 40,6±0,6 D e 41,4±1,0 D, respectivamente, p=0,55). Em relação ao Sistema de Velocidade de Onda, após a criação das lamelas e sua amputação, houve diminuição da velocidade de propagação acústica, embora na maior parte das posições não fosse estatisticamente significante. Conclusão: Nas condições experimentais estabelecidas por este estudo, a criação de lamelas de maior espessura pareceu exercer efeito mais relevante sobre a biomecânica da córnea de suínos
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Cada olho foi submetido aos seguintes exames, antes da criação das lamelas: topografia por rasterstereography, Ocular Response Analyzer (ORA), tomografia do segmento anterior por coerência óptica para a avaliação paquimétrica corneal e das lamelas criadas e sistema de velocidade de onda (SVO), que mede a velocidade de propagação de ondas acústicas entre dois transdutores posicionados na superfície corneal antes e imediatamente, após a feitura da lamela. O primerio passo foi desenhado para o estudo das diferenças em relação à histerese corneal, fator de resistência corneal, mudanças na curvatura e velocidade de propagação de onda acústica entre córneas com lamelas finas e espessas. Posteriormente, as lamelas foram amputadas, e as medidas do sistema de velocidade de onda foram repetidas. Resultados: A média de espessura das lamelas ± desviopadrão (DP) foi de 108,5±6,9 (8,5% da espessura total) e 307,8±11,5 m (22,9% da espessura total), para os grupos de lamelas finas e espessas, respectivamente (p< 0,001). Histerese corneal e o fator de resistência corneal não apresentaram diferença estatística, após a criação de lamelas finas (p = 0,81 e p = 0,62, respectivamente). Histerese corneal foi significantemente mais baixa, depois da confecção de lamelas mais espessas (8,0±1,0 para 5,1±1,5 mmHg para medidas pré e pós-operatórias, respectivamente, p = 0,003, diminuição de 36,25%) e fator de resistência corneal também mostrou significante diminuição nesse grupo, após o procedimento cirúrgico; valores médios pré e pós-operatórios de 8,2±1,6 e 4,1±2,5 mmHg respectivamente (p= 0,007), diminuição de 50%. A ceratometria média simulada apresentou maiores valores, após a confecção das lamelas mais espessas em relação ao pré-operatório (ceratometria pré e pós-operatória de 39,5±1 D e 45,9±1,2 D, respectivamente, p= 0,003). Para o grupo de lamelas finas, não houve diferença estatisticamente significante (ceratometria pré e pós-operatória de 40,6±0,6 D e 41,4±1,0 D, respectivamente, p=0,55). Em relação ao Sistema de Velocidade de Onda, após a criação das lamelas e sua amputação, houve diminuição da velocidade de propagação acústica, embora na maior parte das posições não fosse estatisticamente significante. Conclusão: Nas condições experimentais estabelecidas por este estudo, a criação de lamelas de maior espessura pareceu exercer efeito mais relevante sobre a biomecânica da córnea de suínosPurpose: To study the impact of programmed flaps at two different thicknesses on the biomechanical properties of the swine corneas. Methods: Twelve pig eyes were enrolled in this study and were formed two groups: 100m and 300 m flaps performed with the femtosecond laser. Each eye had the following procedure before the flap creation: raster photograph topographic maps, Ocular Response Analyzer (ORA), Optical Coherence Tomography to measure the pachymetry and flap thickness and Surface Wave Velocity system which is a prototype system that measures sonic wave propagation time between two transducers positioned on the corneal surface before and after flap creation. This first step was designed to investigate the differences in respect to corneal hysteresis, corneal resistance factor, curvature change and ultrasonic wave propagation between the groups with thinner and thicker flaps. After this initial procedure, flap amputation was performed and new measurements with the surface wave velocity system were taken again. Results: Measured flap thicknesses averaged 108.5±6.9 (8.5% of the total cornea) and 307.8±11.5 m (22.9% of the total cornea) for thin and thick flap groups, respectively (p< 0.001). Hysteresis and corneal resistance factor did not change significantly after flap creation in the thin flap group (p = 0.81 and p = 0.62, respectively). With thicker flaps, both parameters decreased significantly from 8.0±1.0 to 5.1±1.5 mmHg (p=0.003, reduction of 36.25%) and from 8.2±1.6 to 4.1±2.5 mmHg, respectively (p = 0.007), reduction of 50%. Simulated keratometry values increased in the thick flap group (from 39.5±1 D to 45.9±1.2 D, p=0.003) after flap creation and not in the thin flap group (from 40.6±0.6D to 41.4±1.0D, p= 0.55). Regarding surface wave velocity analysis, the surgical procedures induced lower values in some positions although most of them did not present statistically different results. Conclusion: In this experimental model, thicker flaps seemed to have a greater effect on the biomechanics of the swinish corneaBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAlves, Milton RuizMedeiros, Fabricio Witzel de2011-07-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-22082011-123320/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:30Zoai:teses.usp.br:tde-22082011-123320Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:30Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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description Objetivo: Investigar as alterações biomecânicas da córnea de suínos induzidas pela confecção de lamelas pediculadas de diferentes espessuras pelo laser de femtossegundo. Métodos: Para a formação dos dois grupos, 12 olhos de porcos foram usados: lamelas pediculadas de 100 e de 300 micrômetros confeccionadas pelo laser de femtossegundo. Cada olho foi submetido aos seguintes exames, antes da criação das lamelas: topografia por rasterstereography, Ocular Response Analyzer (ORA), tomografia do segmento anterior por coerência óptica para a avaliação paquimétrica corneal e das lamelas criadas e sistema de velocidade de onda (SVO), que mede a velocidade de propagação de ondas acústicas entre dois transdutores posicionados na superfície corneal antes e imediatamente, após a feitura da lamela. O primerio passo foi desenhado para o estudo das diferenças em relação à histerese corneal, fator de resistência corneal, mudanças na curvatura e velocidade de propagação de onda acústica entre córneas com lamelas finas e espessas. Posteriormente, as lamelas foram amputadas, e as medidas do sistema de velocidade de onda foram repetidas. Resultados: A média de espessura das lamelas ± desviopadrão (DP) foi de 108,5±6,9 (8,5% da espessura total) e 307,8±11,5 m (22,9% da espessura total), para os grupos de lamelas finas e espessas, respectivamente (p< 0,001). Histerese corneal e o fator de resistência corneal não apresentaram diferença estatística, após a criação de lamelas finas (p = 0,81 e p = 0,62, respectivamente). Histerese corneal foi significantemente mais baixa, depois da confecção de lamelas mais espessas (8,0±1,0 para 5,1±1,5 mmHg para medidas pré e pós-operatórias, respectivamente, p = 0,003, diminuição de 36,25%) e fator de resistência corneal também mostrou significante diminuição nesse grupo, após o procedimento cirúrgico; valores médios pré e pós-operatórios de 8,2±1,6 e 4,1±2,5 mmHg respectivamente (p= 0,007), diminuição de 50%. A ceratometria média simulada apresentou maiores valores, após a confecção das lamelas mais espessas em relação ao pré-operatório (ceratometria pré e pós-operatória de 39,5±1 D e 45,9±1,2 D, respectivamente, p= 0,003). Para o grupo de lamelas finas, não houve diferença estatisticamente significante (ceratometria pré e pós-operatória de 40,6±0,6 D e 41,4±1,0 D, respectivamente, p=0,55). Em relação ao Sistema de Velocidade de Onda, após a criação das lamelas e sua amputação, houve diminuição da velocidade de propagação acústica, embora na maior parte das posições não fosse estatisticamente significante. Conclusão: Nas condições experimentais estabelecidas por este estudo, a criação de lamelas de maior espessura pareceu exercer efeito mais relevante sobre a biomecânica da córnea de suínos
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