Desenvolvimento de medidas padrão dos possíveis locais de compressão costoclavicular através do estudo de tomografias computadorizadas de alta definição

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Duarte, Flávio Henrique
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5132/tde-30012020-122620/
Resumo: Introdução: o espaço costoclavicular (ECC) é um local frequente de desenvolvimento da síndrome do desfiladeiro torácico (SDT). Quando não há alterações anatômicas, o diagnóstico da compressão do feixe neurovascular que leva à SDT é, muitas vezes, duvidoso, dificultando o planejamento terapêutico. Vários autores relacionam a distância costoclavicular (DCC) com os sintomas da SDT, mas não há local padronizado para a medição do CCD. Objetivo: avaliar a distância costoclavicular (DCC) por meio de tomografias computadorizadas de tórax de alta definição nos pontos de passagem do feixe neurovascular, visando estabelecer um padrão de normalidade e possíveis variações em relação à idade, sexo e características antropométricas [peso, altura, índice de massa corpórea (IMC)]. Métodos: tomografias de tórax de 156 pacientes assintomáticos foram analisadas (seis foram descartadas) em duas oportunidades distintas pelo mesmo examinador. A DCC foi mensurada nos locais de passagem da veia subclávia (medida V) e da artéria subclávia e plexo braquial (medida NA), locais onde o estreitamento da DCC poderia originar sintomas da SDT. Resultados: as medidas nas duas séries tiveram alta correlação (CCI superior a 98) mostrando boa reprodutibilidade. O Teste de Kolmogorov-Smirnov mostrou a normalidade das medidas V e NA. Não houve diferença estatística de V e NA em relação a lateralidade, sexo e altura dos pacientes. A idade (>= 50 anos) e o peso/IMC (>= 25) influenciaram positivamente a distância costoclavicular. A distribuição das medidas V e NA, em percentil, conforme a idade e estado nutricional dos pacientes, mostrou medidas mínimas (percentil 5), abaixo das quais, a chance de desenvolver a SDT é maior. Conclusões: as medidas da DCC em pacientes adultos são V = 1,23 cm (± 0,40) e NA = 1.24 cm (± 0,47). Medidas V e NA abaixo do percentil 5, em pacientes sintomáticos, indicam que eles devem ser considerados para tratamento cirúrgico da SDT. Para a posição analisada: (a) estatura, sexo e lateralidade não alteram o ECC; (b) a DCC é maior em pacientes >= 50 anos; (c) peso/IMC têm grande influência no aumento das distâncias V e NA, indicando um aumento do ECC
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Objetivo: avaliar a distância costoclavicular (DCC) por meio de tomografias computadorizadas de tórax de alta definição nos pontos de passagem do feixe neurovascular, visando estabelecer um padrão de normalidade e possíveis variações em relação à idade, sexo e características antropométricas [peso, altura, índice de massa corpórea (IMC)]. Métodos: tomografias de tórax de 156 pacientes assintomáticos foram analisadas (seis foram descartadas) em duas oportunidades distintas pelo mesmo examinador. A DCC foi mensurada nos locais de passagem da veia subclávia (medida V) e da artéria subclávia e plexo braquial (medida NA), locais onde o estreitamento da DCC poderia originar sintomas da SDT. Resultados: as medidas nas duas séries tiveram alta correlação (CCI superior a 98) mostrando boa reprodutibilidade. O Teste de Kolmogorov-Smirnov mostrou a normalidade das medidas V e NA. Não houve diferença estatística de V e NA em relação a lateralidade, sexo e altura dos pacientes. A idade (>= 50 anos) e o peso/IMC (>= 25) influenciaram positivamente a distância costoclavicular. A distribuição das medidas V e NA, em percentil, conforme a idade e estado nutricional dos pacientes, mostrou medidas mínimas (percentil 5), abaixo das quais, a chance de desenvolver a SDT é maior. Conclusões: as medidas da DCC em pacientes adultos são V = 1,23 cm (± 0,40) e NA = 1.24 cm (± 0,47). Medidas V e NA abaixo do percentil 5, em pacientes sintomáticos, indicam que eles devem ser considerados para tratamento cirúrgico da SDT. Para a posição analisada: (a) estatura, sexo e lateralidade não alteram o ECC; (b) a DCC é maior em pacientes >= 50 anos; (c) peso/IMC têm grande influência no aumento das distâncias V e NA, indicando um aumento do ECCIntroduction: the costoclavicular space (ECC) is a frequent site of development of Thoracic Gorge Syndrome (TOS). When there are no anatomical changes, the diagnosis of neuroarterial compression leading to TOS is often doubled, making therapeutic planning difficult Several authors relate costoclavicular distance (CCD) to TOS symptoms, but there is no standardized site for CCD measurement. Objective: we aimed to determine the standard CCD at the neurovascular bundle crossing points in individuals without primary complaints of TOS, using high-resolution CT scans, as well as its variations according to age, gender, and anthropometric characteristics (weight, height and body mass index - BMI). Methods: test tomographs of 156 asymptomatic patients were evaluated on two separate occasions, with the aid of OsiriXR software for image reconstruction. A CHD was measured at the subclavian passage sites (measurement V) and in the subclavian artery with brachial plexus branches (NA measurement), where narrowing of the CHD could lead to symptoms of TDS. Results: reproducibility showed high correlation (ICC over 98). The Kolmogorov-Smirnov test showed the normality of V and NA measurements. There was no statistical difference between V and NA in relation to the laterality, gender and height of the patients. Age (>= 50 years) and weight / BMI (>= 25) positively influence the costoclavicular distance. The distribution of V and NA measurements, in percentile, according to the age and nutritional status of the patients, shows minimum measures (5th percentile), below which increases the chance of the patient developing TDS. Conclusion: the measurements of CHD in adult patients are V 1.23 cm (± 0.40) and NA 1.24 cm (± 0.47). V and NA measurements below the 5th percentile in symptomatic patients should be considered for surgical treatment of TDS. Unchanged height, sex and laterality on ECC. CHD is higher in patients >= 50 years. Weight / BMI has a great influence on the increase of V and NA distances, calculated an increase of ECC in the analyzed positionBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPZerati, Antonio EduardoDuarte, Flávio Henrique2019-11-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5132/tde-30012020-122620/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2020-01-30T22:30:02Zoai:teses.usp.br:tde-30012020-122620Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212020-01-30T22:30:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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