Associação de fontes alternativas de proteína na alimentação de suínos em crescimento e terminação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1995 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20231122-100339/ |
Resumo: | Este estudo foi realizado para analisar os efeitos da inclusão simultânea de alimentos alternativos protéicos em substituição parcial do farelo de soja, em rações de suínos em crescimento-terminação sobre o desempenho e características de carcaça. Dois experimentos foram conduzidos na ESALQ/USP. Em cada um, foram utilizados 40 leitões machos castrados e fêmeas, alojados em baias com comedouro automático e bebedouro tipo chupeta. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, sendo a unidade experimental composta pelos 2 animais da baia, para os dados de desempenho e por cada animal da baia, para os dados de carcaça. No primeiro experimento, os tratamentos consistiram de: 1) ração controle baseada em milho e farelo de soja; 2) ração com 5% de levedura seca (LS) e 2% de farinha de vísceras de aves (FV); 3) ração com 10% de LS e 2% de FV; 4) ração com 5% de LS e 4% de FV e 5) ração com 10% de LS e 4% de FV. As rações foram formuladas para serem isolisínicas (0,75% lisina no crescimento e 0,60% na terminação). Para os dados de desempenho, os animais que receberam as rações contendo LS e FV, na fase de crescimento, apresentaram uma melhor conversão alimentar que os alimentados com ração controle. (P=0,08). Estas rações também proporcionaram maior rendimento de carcaça (P=0,06) e maior comprimento de carcaça (P<0,06) em comparação aos animais do tratamento controle (75, 7% vs 74,4% e 95,9cm vs 94,2cm, respectivamente). Por outro lado, não foram observados diferenças entre os tratamentos para as demais característiças de carcaça (P><0,06) em comparação aos animais do tratamento controle (75, 7% vs 74,4% e 95,9cm vs 94,2cm, respectivamente). Por outro lado, não foram observados diferenças entre os tratamentos para as demais características de carcaça (P>0,10). Conclui-se que a associação de até 10% LS e até 4% FV nas dietas permitiu redução no uso do farelo de soja em 54% no crescimento e 74% na terminação com bons resultados. No segundo experimento, os tratamentos consistiram de: 1) ração baseada em milho e farelo de soja; 2) ração com 3,0% de farelo de algodão (F A) e 1,5% de farinha de sangue (FS); 3) ração com 6,0% de FA e 1,5% de FS; 4) ração com 3,0% de FA e 3,0% de FS e 5) ração com 6,0% de FA e 3,0% de FS. As rações foram formuladas para serem isolisínicas (0,75% lisina no crescimento e 0,60% na terminação). Para os dados de desempenho, o aumento de FS de 1,5% para 3,0% resultou em redução no ganho diário médio de peso dos animais na fase de crescimento (P=0.005) e no período total (P=0,06) e aumento no consumo diário médio de ração (P=0,06) dos suínos em crescimento. A conversão alimentar dos animais do tratamento controle foram melhores na fase de crescimento (P=0,03) e no período total (P=0.06) do que as dos demais tratamentos, enquanto que a dos suínos do tratamento com 1,5% de FS, na fase de crescimento, foram melhores (P=0,06) do que a dos alimentados com 3,0% FS. As características de carcaça não foram afetadas pelos tratamentos (P>0.10), exceto uma interação significativa entre os níveis de FA e de FS (P=0.02), o que resultou em maior espessura de toicinho nos animais alimentados com 1,5% de FS(2,55 vs 3,00cm). Conclui-se que os animais submetidos ao tratamento 3,0%FA 1,5%FS apresentaram valores de desempenho e de características de carcaça semelhantes aos animais pertencentes ao tratamento controle. |
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Associação de fontes alternativas de proteína na alimentação de suínos em crescimento e terminaçãoAssociation of alternative sources of protein in the feeding of growing - finishing pigsCRESCIMENTO ANIMALNUTRIÇÃO ANIMALPROTEÍNASSUÍNOSTERMINAÇÃOEste estudo foi realizado para analisar os efeitos da inclusão simultânea de alimentos alternativos protéicos em substituição parcial do farelo de soja, em rações de suínos em crescimento-terminação sobre o desempenho e características de carcaça. Dois experimentos foram conduzidos na ESALQ/USP. Em cada um, foram utilizados 40 leitões machos castrados e fêmeas, alojados em baias com comedouro automático e bebedouro tipo chupeta. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, sendo a unidade experimental composta pelos 2 animais da baia, para os dados de desempenho e por cada animal da baia, para os dados de carcaça. No primeiro experimento, os tratamentos consistiram de: 1) ração controle baseada em milho e farelo de soja; 2) ração com 5% de levedura seca (LS) e 2% de farinha de vísceras de aves (FV); 3) ração com 10% de LS e 2% de FV; 4) ração com 5% de LS e 4% de FV e 5) ração com 10% de LS e 4% de FV. As rações foram formuladas para serem isolisínicas (0,75% lisina no crescimento e 0,60% na terminação). Para os dados de desempenho, os animais que receberam as rações contendo LS e FV, na fase de crescimento, apresentaram uma melhor conversão alimentar que os alimentados com ração controle. (P=0,08). Estas rações também proporcionaram maior rendimento de carcaça (P=0,06) e maior comprimento de carcaça (P<0,06) em comparação aos animais do tratamento controle (75, 7% vs 74,4% e 95,9cm vs 94,2cm, respectivamente). Por outro lado, não foram observados diferenças entre os tratamentos para as demais característiças de carcaça (P><0,06) em comparação aos animais do tratamento controle (75, 7% vs 74,4% e 95,9cm vs 94,2cm, respectivamente). Por outro lado, não foram observados diferenças entre os tratamentos para as demais características de carcaça (P>0,10). Conclui-se que a associação de até 10% LS e até 4% FV nas dietas permitiu redução no uso do farelo de soja em 54% no crescimento e 74% na terminação com bons resultados. No segundo experimento, os tratamentos consistiram de: 1) ração baseada em milho e farelo de soja; 2) ração com 3,0% de farelo de algodão (F A) e 1,5% de farinha de sangue (FS); 3) ração com 6,0% de FA e 1,5% de FS; 4) ração com 3,0% de FA e 3,0% de FS e 5) ração com 6,0% de FA e 3,0% de FS. As rações foram formuladas para serem isolisínicas (0,75% lisina no crescimento e 0,60% na terminação). Para os dados de desempenho, o aumento de FS de 1,5% para 3,0% resultou em redução no ganho diário médio de peso dos animais na fase de crescimento (P=0.005) e no período total (P=0,06) e aumento no consumo diário médio de ração (P=0,06) dos suínos em crescimento. A conversão alimentar dos animais do tratamento controle foram melhores na fase de crescimento (P=0,03) e no período total (P=0.06) do que as dos demais tratamentos, enquanto que a dos suínos do tratamento com 1,5% de FS, na fase de crescimento, foram melhores (P=0,06) do que a dos alimentados com 3,0% FS. As características de carcaça não foram afetadas pelos tratamentos (P>0.10), exceto uma interação significativa entre os níveis de FA e de FS (P=0.02), o que resultou em maior espessura de toicinho nos animais alimentados com 1,5% de FS(2,55 vs 3,00cm). Conclui-se que os animais submetidos ao tratamento 3,0%FA 1,5%FS apresentaram valores de desempenho e de características de carcaça semelhantes aos animais pertencentes ao tratamento controle.This study was carried out to evaluate the effects of simultaneous inclusion of altemative protein feedstuffs in partial substitution of soybean meal of growing - finishing pigs diets on the performance and carcass characteristics. Two experiments were conducted at the ESALQ/USP. In both, 40 castrated male and female pigs were used allocated in pens with automatic feeders and nipple drinkers. A randomized complete block design was utilized; the experimental unit consisted of two animais (pen) for the performance data and one animal for the carcass data. In the first experiment, the treatments consisted of: 1) control diet based on corn and soybean meal; 2) diet with 5% of dried yeast (DY) and 2% of poultry by-product meal (PPM); 3) diet with of 10% DY and 2% of PPM; 4) diet with 5% of DY and 4% of PPM and 5) diet with 10% of DY and 4% of PPM; all treatments were formulated to have 75% and 60% of lysine for growing and finishing phases, respectively. The animals which received the diets with DY and PPM, in the growing period, had better feed/gain than the ones fed the control diet (P=0.08). These diets also afforded higher dressing percentage (P=0.06) and higher carcass length (P=0.06) in comparison to control treatment (75.7% vs 74.4% and 95.9 cm vs 94.2cm, respectively). No differences were observed among treatments for the other carcass characteristics. It is concluded that the association of up to 10% DY and up to 4% PPM in diets permitted allowed reducing the use of soybean meal in 54% in growing and 74% in finishing periods with good results. ln the second experiment, the treatments consisted of: 1) control diet based on com and soybean meal; 2) diet with 3.0% of cottonseed meal (CM) and 1.5% of blood meal (BM); 3) diet with 6.0% of CM and 1.5% of BM; 4) diet with 3.0% of CM and 3.0% of BM and 5) diet with 6.0% of CM and 3.0% of BM; all treatments were formulated to have 75% and 60% of lysine for growing and finishing phases, respectively. The increase of BM from 1.5% to 3.0% resulted in reduction in the average daily weight gain of the animais in the growing and in the total periods (P=.005 and P=.06; respectively) and increase in the average daily feed intake (P=.06) of pigs in the growing period. The feed/gain (F/G)of control pigs in the growing (P=.03) and in the total period (P=. 06) was better than for the other treatments and the pigs receiving 1.5% of BM in the growing phase had a better F/G (P=.06) than the ones fed 3.0% of BM. The carcass characteristics were not affected by treatments, except for the increased backfat thickness when CM was increased from 3.0% to 6.0% in diets containing 1.5% of BM. It is concluded that the treatment 3.0%CM 1.5%BM resulted in performance and carcass characteristics similar to those achieved with the controlBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMenten, José Fernando MachadoCitroni, Adriana Regina1995-06-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20231122-100339/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-11-24T19:08:05Zoai:teses.usp.br:tde-20231122-100339Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-11-24T19:08:05Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Este estudo foi realizado para analisar os efeitos da inclusão simultânea de alimentos alternativos protéicos em substituição parcial do farelo de soja, em rações de suínos em crescimento-terminação sobre o desempenho e características de carcaça. Dois experimentos foram conduzidos na ESALQ/USP. Em cada um, foram utilizados 40 leitões machos castrados e fêmeas, alojados em baias com comedouro automático e bebedouro tipo chupeta. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, sendo a unidade experimental composta pelos 2 animais da baia, para os dados de desempenho e por cada animal da baia, para os dados de carcaça. No primeiro experimento, os tratamentos consistiram de: 1) ração controle baseada em milho e farelo de soja; 2) ração com 5% de levedura seca (LS) e 2% de farinha de vísceras de aves (FV); 3) ração com 10% de LS e 2% de FV; 4) ração com 5% de LS e 4% de FV e 5) ração com 10% de LS e 4% de FV. As rações foram formuladas para serem isolisínicas (0,75% lisina no crescimento e 0,60% na terminação). Para os dados de desempenho, os animais que receberam as rações contendo LS e FV, na fase de crescimento, apresentaram uma melhor conversão alimentar que os alimentados com ração controle. (P=0,08). Estas rações também proporcionaram maior rendimento de carcaça (P=0,06) e maior comprimento de carcaça (P<0,06) em comparação aos animais do tratamento controle (75, 7% vs 74,4% e 95,9cm vs 94,2cm, respectivamente). Por outro lado, não foram observados diferenças entre os tratamentos para as demais característiças de carcaça (P><0,06) em comparação aos animais do tratamento controle (75, 7% vs 74,4% e 95,9cm vs 94,2cm, respectivamente). Por outro lado, não foram observados diferenças entre os tratamentos para as demais características de carcaça (P>0,10). Conclui-se que a associação de até 10% LS e até 4% FV nas dietas permitiu redução no uso do farelo de soja em 54% no crescimento e 74% na terminação com bons resultados. No segundo experimento, os tratamentos consistiram de: 1) ração baseada em milho e farelo de soja; 2) ração com 3,0% de farelo de algodão (F A) e 1,5% de farinha de sangue (FS); 3) ração com 6,0% de FA e 1,5% de FS; 4) ração com 3,0% de FA e 3,0% de FS e 5) ração com 6,0% de FA e 3,0% de FS. As rações foram formuladas para serem isolisínicas (0,75% lisina no crescimento e 0,60% na terminação). Para os dados de desempenho, o aumento de FS de 1,5% para 3,0% resultou em redução no ganho diário médio de peso dos animais na fase de crescimento (P=0.005) e no período total (P=0,06) e aumento no consumo diário médio de ração (P=0,06) dos suínos em crescimento. A conversão alimentar dos animais do tratamento controle foram melhores na fase de crescimento (P=0,03) e no período total (P=0.06) do que as dos demais tratamentos, enquanto que a dos suínos do tratamento com 1,5% de FS, na fase de crescimento, foram melhores (P=0,06) do que a dos alimentados com 3,0% FS. As características de carcaça não foram afetadas pelos tratamentos (P>0.10), exceto uma interação significativa entre os níveis de FA e de FS (P=0.02), o que resultou em maior espessura de toicinho nos animais alimentados com 1,5% de FS(2,55 vs 3,00cm). Conclui-se que os animais submetidos ao tratamento 3,0%FA 1,5%FS apresentaram valores de desempenho e de características de carcaça semelhantes aos animais pertencentes ao tratamento controle. |
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