As terras de todos e seus donos: desdobramentos possíveis das articulações e parcerias entre sociedade civil, organizações não governamentais (ONGs) e unidades de conservação (UCs).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rabinovici, Andréa
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/90/90131/tde-16052007-175624/
Resumo: O presente trabalho é fruto de uma pesquisa bibliográfica na qual as formas de conservação da natureza são questionadas. Diversas alternativas de manejo dos recursos naturais com a participação comunitária são apontadas principalmente através da formatação de parcerias junto à sociedade civil organizada na forma de Organizações Não –Governamentais representativas. Buscou-se exemplos concretos de Unidades de Conservação brasileiras, no caso Amazônicas, onde, de diferentes formas, as parcerias e o manejo participativo têm sido implementados com relativo sucesso para se repensar, entre outros, a necessidade futura da criação das Unidades de Conservação ou o formato mais adequado de se conseguir de fato a conservação da biodiversidade e também da sociodiversidade. Muitas alternativas diferentes são apresentadas na tentativa de se responder ao cada vez mais ampliado discurso preservacionista, através do qual as populações tradicionais são privadas dos seus direitos seculares sobre seus espaços, suas tradições, ao mesmo tempo que os recursos naturais estão sendo gradativamente dizimados, sendo o desmatamento um exemplo do paradoxo que vive a nossa política e prática conservacionista. Busca-se também demonstrar que, se não for bem formatada, a participação das comunidades poderá, ao contrário do que se postula, ser manipulada em prol da desagregação dos seus objetivos e a desarticulação do tão questionado movimento ambientalista. Conceitos como democracia, participação, cidadania, sociedade civil, parcerias entre outros são repensados em uma tentativa de se ampliar o debate a respeito da apropriação dos bens comuns sob o enfoque desenvolvimentista.
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