Fatores determinantes do nível de disclosure voluntário de companhias abertas no Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-16122009-121627/ |
Resumo: | O objetivo geral do presente trabalho é identificar os fatores que explicam o nível de disclosure voluntário de companhias abertas no Brasil. A pesquisa está fundamentada na Teoria do Disclosure Discricionário (VERRECCHIA, 2001), que fornece os subsídios teóricos e analíticos para se verificar em que circunstâncias os gestores e/ou as empresas estariam dispostos a divulgar (ou não) informações de maneira voluntária. A amostra do estudo é composta pelas 100 maiores companhias abertas e não financeiras. A análise do nível de disclosure voluntário das empresas foi realizada a partir das Demonstrações Financeiras Padronizadas (DFPs), dos exercícios findos em 2006, 2007 e 2008 por meio da análise de conteúdo. Para isso, elaborou-se uma métrica, a partir de 27 estudos anteriores, composta por 92 itens de caráter voluntário e dividida em três grandes grupos: econômico (43), social (15) e ambiental (34). Do mesmo modo, as informações acerca das operações com instrumentos financeiros derivativos, também, foram examinadas no mesmo período, com o objetivo de analisar o impacto da Deliberação CVM Nº 566/08 e da Instrução CVM Nº 475/08 no disclosure das empresas. A última parte do trabalho envolveu a elaboração de um modelo de regressão com dados em painel que objetivou testar as hipóteses levantadas na literatura acerca dos fatores que determinam o nível de disclosure voluntário das empresas. A análise exploratória dos dados constatou que existe associação entre o nível de disclosure das empresas e o setor de atuação, conforme o teste Qui-quadrado e a Análise de Correspondência. Com relação ao disclosure de operações com derivativos, constata-se que: (i) o quadro de análise de sensibilidade não foi evidenciado por qualquer empresa em 2006 e 2007, sendo que, em contrapartida, 90% das empresas analisadas o evidenciaram em 2008 e (ii) a maioria das empresas divulgou o valor justo dos seus derivativos, mas não divulgou os critérios de avaliação e mensuração utilizados para cômputo desses valores. Finalmente, no que diz respeito às hipóteses testadas por meio do modelo de regressão com dados em painel, constata-se, ao nível de significância de 90%, que: (i) as variáveis Setor e Origem do Controle são significativas para todos os três modelos de disclosure testados: econômico, socioambiental e total; (ii) a variável Rentabilidade é significativa no modelo de disclosure econômico e no modelo de disclosure total; (iii) a variável Q de Tobin é significativa no modelo de disclosure socioambiental e no modelo de disclosure total; (iv) as variáveis Endividamento e Auditoria são significativas, apenas, no modelo de disclosure econômico e (v) as variáveis Tamanho, Governança, Emissão de Ações, Crescimento e Concentração do Controle não são, estatisticamente, significativas em nenhum dos três modelos de disclosure. |
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Fatores determinantes do nível de disclosure voluntário de companhias abertas no BrasilDeterminant factors of corporate voluntary disclosure of Brazilian listed companiesDisclosureDisclosureDiscretionary-based disclosureTeoria do disclosure discricionárioTransparênciaO objetivo geral do presente trabalho é identificar os fatores que explicam o nível de disclosure voluntário de companhias abertas no Brasil. A pesquisa está fundamentada na Teoria do Disclosure Discricionário (VERRECCHIA, 2001), que fornece os subsídios teóricos e analíticos para se verificar em que circunstâncias os gestores e/ou as empresas estariam dispostos a divulgar (ou não) informações de maneira voluntária. A amostra do estudo é composta pelas 100 maiores companhias abertas e não financeiras. A análise do nível de disclosure voluntário das empresas foi realizada a partir das Demonstrações Financeiras Padronizadas (DFPs), dos exercícios findos em 2006, 2007 e 2008 por meio da análise de conteúdo. Para isso, elaborou-se uma métrica, a partir de 27 estudos anteriores, composta por 92 itens de caráter voluntário e dividida em três grandes grupos: econômico (43), social (15) e ambiental (34). Do mesmo modo, as informações acerca das operações com instrumentos financeiros derivativos, também, foram examinadas no mesmo período, com o objetivo de analisar o impacto da Deliberação CVM Nº 566/08 e da Instrução CVM Nº 475/08 no disclosure das empresas. A última parte do trabalho envolveu a elaboração de um modelo de regressão com dados em painel que objetivou testar as hipóteses levantadas na literatura acerca dos fatores que determinam o nível de disclosure voluntário das empresas. A análise exploratória dos dados constatou que existe associação entre o nível de disclosure das empresas e o setor de atuação, conforme o teste Qui-quadrado e a Análise de Correspondência. Com relação ao disclosure de operações com derivativos, constata-se que: (i) o quadro de análise de sensibilidade não foi evidenciado por qualquer empresa em 2006 e 2007, sendo que, em contrapartida, 90% das empresas analisadas o evidenciaram em 2008 e (ii) a maioria das empresas divulgou o valor justo dos seus derivativos, mas não divulgou os critérios de avaliação e mensuração utilizados para cômputo desses valores. Finalmente, no que diz respeito às hipóteses testadas por meio do modelo de regressão com dados em painel, constata-se, ao nível de significância de 90%, que: (i) as variáveis Setor e Origem do Controle são significativas para todos os três modelos de disclosure testados: econômico, socioambiental e total; (ii) a variável Rentabilidade é significativa no modelo de disclosure econômico e no modelo de disclosure total; (iii) a variável Q de Tobin é significativa no modelo de disclosure socioambiental e no modelo de disclosure total; (iv) as variáveis Endividamento e Auditoria são significativas, apenas, no modelo de disclosure econômico e (v) as variáveis Tamanho, Governança, Emissão de Ações, Crescimento e Concentração do Controle não são, estatisticamente, significativas em nenhum dos três modelos de disclosure.The central objective of this work is to identify the factors that explain the level of voluntary disclosure of Brazilian public companies. The theory underpinning this work is the Discretionary-based Disclosure (VERRECCHIA, 2001), which provides analytical and theoretical support to investigate the circumstances in which managers and/or companies would have incentives to disclose (or not) voluntarily information. Sample is composed by the top 100 largest non-financial public companies. Information has been gathered from Financial Statements for the years ended in 2006, 2007 and 2008 with the use of content analysis. For these, a framework based on 27 studies has been elaborated. This disclosure framework contains a total of 92 voluntary items, divided in three groups: economic (43), social (15) and environmental (34). Information regarding operations with derivatives has also been examined in order to analyze the impact of Deliberation CVM Nº 566/08 and Instruction CVM Nº 475/08 on companys disclosure. Finally, a panel data model has been elaborated in order to test the works hypotheses regarding the factors that determine the level of voluntary disclosure. Exploratory analysis evidenced that there is association between the level of disclosure and industries, according to Qui-square test and Correspondence Analysis. Regarding disclosure of derivative operations, main findings are: (i) the sensitivity analysis table has not been disclosed by any company in 2006 and 2007, but for 90% of companies in 2008; (ii) great majority of company has disclosed the fair value of derivatives, but has not disclosed the criteria for valuing these instruments. Finally, findings, regarding the study´s hypotheses, which have been tested with a panel data model, at a significance level of 90%, have evidence that: (i) Sector and Origin of Control are statically significant in all three models tested: economic, social-environmental, and total;(ii) Profitability is relevant in the economic model and in the total model;(iii) Tobins Q is relevant in the social-environmental model and in the total disclosure model, (iv) Leverage and Auditing Firm are relevant, only, in the economic disclosure model; (v) Size, Governance, Stock Issuing, Growth Opportunities and Concentration of Control are not statistically significant in any of the three models of disclosure.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSantos, Ariovaldo dosMurcia, Fernando Dal-ri2009-12-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-16122009-121627/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:00Zoai:teses.usp.br:tde-16122009-121627Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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