Resposta olfativa do parasitóide de ovos Telenomus remus Nixon (Hymenoptera: Scelionidae) aos voláteis de plantas de milho Zea mays L. na presença de estágios imaturos de seu hospedeiro, Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Peñaflor, Maria Fernanda Gomes Villalba
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20231122-101020/
Resumo: A atração de inimigos naturais por voláteis de plantas induzidos pela herbivoria tem sido intensamente estudada nos últimos anos, entretanto pouco se sabe sobre a ação dos voláteis de plantas após a oviposição do herbívoro frente aos parasitoides de ovos. Em vista disso, esse trabalho visou estudar a resposta olfativa do parasitóide de ovos Telenomus remus Nixon aos voláteis de plantas de milho induzidas, ou não, com 0-12, 12-24 e 24-36 horas após a oviposição, e por lagartas recém eclodidas de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith), com 36-48 horas. Para tanto, foram realizados bioensaios com um olfatômetro de quatro vias e a resposta comportamental do parasitóide observada por um período de cinco minutos. O tempo de permanência em cada posição do olfatômetro, assim como a primeira e a última escolha do parasitóide foram anotados. Os bioensaios foram realizados com diferentes combinações entre os tratamentos: Controle (branco); planta sadia; planta com postura; planta com postura removida; somente postura; planta sadia + postura; planta + herbivoria + lagarta; planta + herbivoria; lagarta. Bioensaios combinados com quatro e dois odores consistiram de 50 e 25 repetições, respectivamente. Os dados foram submetidos ao teste Kruskal-Wallis, ao nível de significância de 5%, e o método de Dunn para a comparação entre as médias. Os resultados demonstraram que tanto os voláteis emitidos em plantas sadias como em plantas com postura atraiu significativamente o parasitóide, e que T. remus foi capaz de distinguir voláteis de plantas sadias daquelas induzidas pela postura. Um dado relevante foi a resposta do parasitóide aos voláteis de planta sadia + postura de S. frugiperda sem que tenha ocorrido a indução destas plantas. Não obstante a resposta do parasitóide ter sido semelhante as plantas induzidas pela postura, ficou evidente que os estímulos químicos presentes nos ovos alteraram favoravelmente o comportamento de T. remus. A presença destes compostos no hospedeiro influenciaram também a resposta do parasitóide nos bioensaios contendo as lagartas de S. frugiperda.
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Em vista disso, esse trabalho visou estudar a resposta olfativa do parasitóide de ovos Telenomus remus Nixon aos voláteis de plantas de milho induzidas, ou não, com 0-12, 12-24 e 24-36 horas após a oviposição, e por lagartas recém eclodidas de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith), com 36-48 horas. Para tanto, foram realizados bioensaios com um olfatômetro de quatro vias e a resposta comportamental do parasitóide observada por um período de cinco minutos. O tempo de permanência em cada posição do olfatômetro, assim como a primeira e a última escolha do parasitóide foram anotados. Os bioensaios foram realizados com diferentes combinações entre os tratamentos: Controle (branco); planta sadia; planta com postura; planta com postura removida; somente postura; planta sadia + postura; planta + herbivoria + lagarta; planta + herbivoria; lagarta. Bioensaios combinados com quatro e dois odores consistiram de 50 e 25 repetições, respectivamente. Os dados foram submetidos ao teste Kruskal-Wallis, ao nível de significância de 5%, e o método de Dunn para a comparação entre as médias. Os resultados demonstraram que tanto os voláteis emitidos em plantas sadias como em plantas com postura atraiu significativamente o parasitóide, e que T. remus foi capaz de distinguir voláteis de plantas sadias daquelas induzidas pela postura. Um dado relevante foi a resposta do parasitóide aos voláteis de planta sadia + postura de S. frugiperda sem que tenha ocorrido a indução destas plantas. Não obstante a resposta do parasitóide ter sido semelhante as plantas induzidas pela postura, ficou evidente que os estímulos químicos presentes nos ovos alteraram favoravelmente o comportamento de T. remus. A presença destes compostos no hospedeiro influenciaram também a resposta do parasitóide nos bioensaios contendo as lagartas de S. frugiperda.Attraction of natural enemies to plant volatiles induced by herbivory has been intensely studied over the last years, however, little is known about the parasitoid’s response to the plant volatiles released after the herbivore’s oviposition. This research aimed to study the olfactory response of Telenomus remus Nixon to volatiles from maize plants, induced or not, 0-12, 12-24, 24-36 after oviposition or 36-48 hours after feeding of Spodoptera frugiperda neonate larvae (J.E. Smith). Bioassays using a four-way-olfactometer were carried out and the parasitoid’s behavioral response was observed for five minutes. The time spent on each olfactometer position, as well as the first and last parasitoid’s choices were recorded. Bioassays with different combinations were conducted of the following treatments: blank control; plant control; plant with egg masses; plant with egg masses removed; egg masses only; plant control + egg masses; plant control + herbivory + larva; plant control + herbivory; and larva only. Bioassays with four and two odors consisted of 50 and 25 replicates, respectively. The data was analyzed by using Kruskal-Wallis test, at 5% of significance, and Dunn’s multiple comparisons. Volatiles from control plants, as well as plant with egg masses, significantly attracted the parasitoid. T. remus was able to distinguish control plants volatiles from those volatiles induced by oviposition. The parasitoid also responded to volatiles from non-oviposited plants in the presence of egg masses, indicating that the chemical stimuli from eggs favorably change T. remus behavior. The presence of host’s chemicals also influenced the parasitoid’s response on bioassays with S. frugiperda larva.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBento, José Maurício SimõesPeñaflor, Maria Fernanda Gomes Villalba2007-01-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20231122-101020/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-11-24T23:10:02Zoai:teses.usp.br:tde-20231122-101020Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-11-24T23:10:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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