Avaliação eletrofisiológica da audição em crianças com distúrbio fonológico pré e pós terapia fonoaudiológica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-31102006-102824/ |
Resumo: | INTRODUÇÃO: O distúrbio fonológico é uma alteração na fala, que pode ocorrer em um ou mais níveis responsáveis pelo desenvolvimento do sistema fonológico, sendo três os níveis: produção e percepção da fala e organização de regras. Para ocorrer o desenvolvimento adequado do sistema fonológico, assim como dos outros aspectos da linguagem, são necessários a integridade e o funcionamento adequado do sistema auditivo, tanto na sua porção periférica, quanto na central. OBJETIVO: avaliar crianças com distúrbio fonológico, caracterizando os potenciais evocados auditivos de curta, média, e longa latências, além de verificar a evolução dos resultados dos potenciais evocados auditivos frente à terapia fonoaudiológica. MÉTODO: foram avaliadas 24 crianças sem distúrbio fonológico (grupo controle) e 23 crianças com distúrbio fonológico (grupo estudo), estas últimas divididas em dois subgrupos: 12 crianças submetidas à terapia fonoaudiológica (subgrupo IA) e 11 crianças não submetidas à terapia fonoaudiológica (subgrupo IB). Todas as crianças encontraram-se na faixa etária de oito a 11 anos, e foram submetidas ao ABFW Teste de Linguagem Infantil, audiometrias tonal e vocal, medidas de imitância acústica, potencial evocado auditivo de tronco encefálico, potencial evocado auditivo de média latência, e potencial cognitivo. As crianças com distúrbio fonológico submetidas à terapia fonoaudiológica foram reavaliadas após 12 sessões, e as crianças com distúrbio fonológico e não submetidas à terapia fonoaudiológica, após três meses da avaliação inicial. RESULTADOS: os resultados da análise quantitativa demonstraram que crianças com distúrbio fonológico, antes da terapia fonoaudiológica, apresentam diferença estatisticamente significante na latência da onda III e nos interpicos I-III e I-V do potencial evocado auditivo de tronco encefálico e na latência do potencial cognitivo, não sendo observada tal diferença para o potencial evocado auditivo de média latência. Na comparação dos resultados normais e alterados (análise qualitativa), entre os grupos controle e estudo, observou- se que o grupo estudo apresentou maior porcentagem de resultados alterados. Após terapia fonoaudiológica, observou-se melhora nos resultados do potencial evocado auditivo de tronco encefálico e do potencial cognitivo. CONCLUSÕES: crianças com distúrbio fonológico apresentam alterações no potencial evocado auditivo de tronco encefálico e no potencial cognitivo, sugerindo comprometimento da via auditiva em tronco encefálico e regiões corticais, apresentando melhora nos resultados destes potenciais frente à terapia fonoaudiológica. |
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Avaliação eletrofisiológica da audição em crianças com distúrbio fonológico pré e pós terapia fonoaudiológicaElectrophysiological hearing evaluation in children with phonological disorder pre and post speech therapyArticulation disordersAuditory brain stem evoked potentialsAuditory evoked potentialsChildCriançaLanguage therapyNeuronal plasticityP300 event-related potentialsPlasticidade neuronalPotenciais evocados auditivosPotenciais evocados auditivos de tronco encefálicoPotencial evocado P300Terapia da linguagemTranstornos da articulaçãoINTRODUÇÃO: O distúrbio fonológico é uma alteração na fala, que pode ocorrer em um ou mais níveis responsáveis pelo desenvolvimento do sistema fonológico, sendo três os níveis: produção e percepção da fala e organização de regras. Para ocorrer o desenvolvimento adequado do sistema fonológico, assim como dos outros aspectos da linguagem, são necessários a integridade e o funcionamento adequado do sistema auditivo, tanto na sua porção periférica, quanto na central. OBJETIVO: avaliar crianças com distúrbio fonológico, caracterizando os potenciais evocados auditivos de curta, média, e longa latências, além de verificar a evolução dos resultados dos potenciais evocados auditivos frente à terapia fonoaudiológica. MÉTODO: foram avaliadas 24 crianças sem distúrbio fonológico (grupo controle) e 23 crianças com distúrbio fonológico (grupo estudo), estas últimas divididas em dois subgrupos: 12 crianças submetidas à terapia fonoaudiológica (subgrupo IA) e 11 crianças não submetidas à terapia fonoaudiológica (subgrupo IB). Todas as crianças encontraram-se na faixa etária de oito a 11 anos, e foram submetidas ao ABFW Teste de Linguagem Infantil, audiometrias tonal e vocal, medidas de imitância acústica, potencial evocado auditivo de tronco encefálico, potencial evocado auditivo de média latência, e potencial cognitivo. As crianças com distúrbio fonológico submetidas à terapia fonoaudiológica foram reavaliadas após 12 sessões, e as crianças com distúrbio fonológico e não submetidas à terapia fonoaudiológica, após três meses da avaliação inicial. RESULTADOS: os resultados da análise quantitativa demonstraram que crianças com distúrbio fonológico, antes da terapia fonoaudiológica, apresentam diferença estatisticamente significante na latência da onda III e nos interpicos I-III e I-V do potencial evocado auditivo de tronco encefálico e na latência do potencial cognitivo, não sendo observada tal diferença para o potencial evocado auditivo de média latência. Na comparação dos resultados normais e alterados (análise qualitativa), entre os grupos controle e estudo, observou- se que o grupo estudo apresentou maior porcentagem de resultados alterados. Após terapia fonoaudiológica, observou-se melhora nos resultados do potencial evocado auditivo de tronco encefálico e do potencial cognitivo. CONCLUSÕES: crianças com distúrbio fonológico apresentam alterações no potencial evocado auditivo de tronco encefálico e no potencial cognitivo, sugerindo comprometimento da via auditiva em tronco encefálico e regiões corticais, apresentando melhora nos resultados destes potenciais frente à terapia fonoaudiológica.INTRODUCTION: the phonological disorder is a speech disorder that may occur in one or more levels that are responsible for the development of the phonological system. Such levels are: speech production and perception, and rules organization. For a normal development of the phonological system, as well as of other aspects of language, it is necessary the integrity and the adequate functioning of the auditory system, either in its peripheral or central portion. AIM: to evaluate children with phonological disorder, characterizing the auditory evoked potentials of short, middle and long latencies, and to verify the auditory evoked potential results improvement after speech therapy. METHOD: 24 children without phonological disorder (control group) and 23 children with phonological disorder (study group) were evaluated; the study group was divided in two subgroups: 12 children attending speech therapy (subgroup IA) and 11 children not attending speech therapy (subgroup IB). Children?s age ranged from eight to 11 years, and all of them underwent the ABFW Child Language Test, pure tone and speech audiometry, acoustic immitance measures, brainstem auditory evoked potential, middle latency response, and cognitive potential. Children with phonological disorder who attended speech therapy were re-evaluated after 12 sessions, and children with phonological disorder who did not attend speech therapy were re-evaluated 3 months after the initial evaluation. RESULTS: the quantitative analysis of the results showed that children with phonological disorder presented statistical difference in the latency of wave III and in the interpeaks I-III and I-V of the brainstem auditory evoked potential, and in the latency of the cognitive potential; no statistical difference was found concerning the middle latency response. Comparing the normal and altered results (qualitative analysis) between the control and study groups, it was observed that the study group presented higher percentage of altered results. After the speech therapy, it was observed results improvement of the brainstem auditory evoked potential and of the cognitive potential. CONCLUSIONS: children with phonological disorder present alteration in the brainstem auditory evoked potential and in the cognitive potential, suggesting prejudice in the brainstem auditory pathway and cortical regions, showing improvement of these potentials? results with speech therapy.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMatas, Carla GentileLeite, Renata Aparecida2006-03-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-31102006-102824/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:50Zoai:teses.usp.br:tde-31102006-102824Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:50Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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INTRODUÇÃO: O distúrbio fonológico é uma alteração na fala, que pode ocorrer em um ou mais níveis responsáveis pelo desenvolvimento do sistema fonológico, sendo três os níveis: produção e percepção da fala e organização de regras. Para ocorrer o desenvolvimento adequado do sistema fonológico, assim como dos outros aspectos da linguagem, são necessários a integridade e o funcionamento adequado do sistema auditivo, tanto na sua porção periférica, quanto na central. OBJETIVO: avaliar crianças com distúrbio fonológico, caracterizando os potenciais evocados auditivos de curta, média, e longa latências, além de verificar a evolução dos resultados dos potenciais evocados auditivos frente à terapia fonoaudiológica. MÉTODO: foram avaliadas 24 crianças sem distúrbio fonológico (grupo controle) e 23 crianças com distúrbio fonológico (grupo estudo), estas últimas divididas em dois subgrupos: 12 crianças submetidas à terapia fonoaudiológica (subgrupo IA) e 11 crianças não submetidas à terapia fonoaudiológica (subgrupo IB). Todas as crianças encontraram-se na faixa etária de oito a 11 anos, e foram submetidas ao ABFW Teste de Linguagem Infantil, audiometrias tonal e vocal, medidas de imitância acústica, potencial evocado auditivo de tronco encefálico, potencial evocado auditivo de média latência, e potencial cognitivo. As crianças com distúrbio fonológico submetidas à terapia fonoaudiológica foram reavaliadas após 12 sessões, e as crianças com distúrbio fonológico e não submetidas à terapia fonoaudiológica, após três meses da avaliação inicial. RESULTADOS: os resultados da análise quantitativa demonstraram que crianças com distúrbio fonológico, antes da terapia fonoaudiológica, apresentam diferença estatisticamente significante na latência da onda III e nos interpicos I-III e I-V do potencial evocado auditivo de tronco encefálico e na latência do potencial cognitivo, não sendo observada tal diferença para o potencial evocado auditivo de média latência. Na comparação dos resultados normais e alterados (análise qualitativa), entre os grupos controle e estudo, observou- se que o grupo estudo apresentou maior porcentagem de resultados alterados. Após terapia fonoaudiológica, observou-se melhora nos resultados do potencial evocado auditivo de tronco encefálico e do potencial cognitivo. CONCLUSÕES: crianças com distúrbio fonológico apresentam alterações no potencial evocado auditivo de tronco encefálico e no potencial cognitivo, sugerindo comprometimento da via auditiva em tronco encefálico e regiões corticais, apresentando melhora nos resultados destes potenciais frente à terapia fonoaudiológica. |
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