A fábrica em que o Lula nunca entrou: um mundo meio isolado no coração do novo sindicalismo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Diego Tavares dos
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-13112015-124315/
Resumo: A narrativa sociológica que tentei construir sobre a Termomecanica (TM) partiu de uma retomada dos vários tons que compuseram a experiência de classe dos peões do ABC e a identidade operária combativa que daí resultou. Em seguida, me enveredei na desmontagem da teia simbólica do discurso paternalista que o patrão (Salvador Arena) articulou com vistas a bloquear o desenvolvimento de uma consciência de classe rebelde nos operários de sua fábrica, formatando-lhes, ao contrário, uma identidade resignada, leal ao patrão e à empresa. Após, procurei destacar como, apesar das estratégias de esterilização sindical empreendidas por Salvador Arena, o conflito fabril sempre foi latente. Neste ponto, a ideia foi dar voz àqueles que são cotidianamente obrigados a se calar, conferindo destaque à operários desconhecidos cujas vidas foram indelevelmente marcadas pela TM e por Salvador Arena. Por fim, tentei recuperar as tradições sociais que, num quadro socioeconômico e histórico específico, desembocaram no processo produtivo da Termomecanica e engendraram por meio da referida dominação simbólica paternalista o notável envolvimento do grupo operário, isto é, criaram o fator decisivo que permitiu à TM se colocar de forma singular diante dos concorrentes, dos demais empresários industriais e do Estado.
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