Gestantes em Cruzeiro do Sul, Acre: características demográficas e socioeconômicas, ocorrência e fatores associados aos distúrbios hipertensivos na gravidez 

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Damasceno, Ana Alice de Araújo
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-06032023-141239/
Resumo: Introdução: A gravidez é um período de várias alterações fisiológicas, anatômicas, psicológicas e sociais na vida da mulher. As gestantes e seus bebês necessitam de cuidados específicos. A assistência adequada à saúde durante o período de gestacional é essencial para a prevenção ou diminuição dos agravos a saúde materno-infantil. Objetivos: a) Identificar as evidências disponíveis na literatura sobre o papel da enfermagem na assistência as gestantes com síndromes hipertensivas na gestação (Artigo 1); b) Analisar a concordância entre dados de peso pré-gestacional, peso na gravidez, altura e pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) registradas tanto na caderneta da gestante quanto nas informações obtidas no estudo longitudinal MINA-Brasil (Artigo 2); c) Investigar a ocorrência e fatores associados aos distúrbios hipertensivos na gravidez (DHG) e complicações neonatais no município de Cruzeiro do Sul, Acre (Artigo 3); d) Investigar as características socioeconômicas e obstétricas de parturientes adolescentes e suas complicações sobre a saúde materna e neonatal entre participantes da coorte de nascimentos MINA-Brasil (Artigo 4). Método: Trata-se de análise de dados da linha de base do estudo MINA-Brasil. Entre fevereiro de 2015 e maio de 2016, gestantes inscritas no pré-natal da área urbana foram rastreadas e duas avaliações foram realizadas: 1ª avaliação no segundo trimestre e a 2ª avaliação no terceiro trimestre de gravidez. Informações sobre condições socioeconômicas e demográficas, histórico de saúde e estilo de vida e medidas antropométricas foram obtidas pela equipe de pesquisa. Posteriormente, entre julho de 2015 e junho de 2016, foi realizado registro diário das internações para parto na única maternidade do município, dando início a coorte de nascimento de base populacional do estudo MINA-Brasil. As análises utilizadas neste estudo incluíram uma análise integrativa da literatura (Artigo 1), análise de concordância entre as medidas antropométricas e de pressão arterial registradas na caderneta da gestante e aferidas pela equipe do estudo MINA-Brasil (Artigo 2). Também foram utilizados modelos de regressão múltiplos de Poisson com variância robusta para avaliar os fatores associados aos distúrbios hipertensivos no parto (Artigo 3) e os fatores associados a parturientes adolescentes (Artigo 4). O nível de significância estatística adotado nas análises foi p <0,05. Resultados: No Artigo 1, ao todo, 13 estudos foram selecionados para a análise, divididos em 3 categorias: 1. O conhecimento dos profissionais de enfermagem sobre as síndromes hipertensivas na gestação; 2. Os cuidados de enfermagem à gestante com síndromes hipertensivas na gestação e seus neonatos; 3. A sistematização da assistência em enfermagem no cuidado as síndromes hipertensivas na gestação. No Artigo 2, foram analisados dados de 428 gestantes. Houve concordância moderada entre as informações para o peso pré-gestacional autorreferido (0,935) e altura (0,913), e concordância substancial para o peso da gestante no segundo (0,993) e terceiro (0,988) trimestres de gestação. Verificou-se baixa concordância da PAS e PAD no segundo (PAS=0,447; PAD=0,409) e terceiro (PAS=0,436; PAD=0,332) trimestres gestacionais. No Artigo 3 (n=1521), a prevalência de DHG foi de 11,0% (IC 95%: 9,5-12,7). Os fatores associados à prevalência de DHG foram idade materna &ge; 35 anos (RP: 1,9; IC 95%: 1,3-3,0), ser primigesta (RP: 2,0; IC 95%: 1,5-2,7), obesidade pré-gestacional (RP: 2,7; IC 95%: 1,9-4,0), maior ganho de peso gestacional (RP do quartil mais alto: 2,5; IC 95%: 1,6-3,8), hipertensão crônica (RP: 3,6; IC 95%: 2,7-4,9) e parto cesáreo (RP: 1,8; IC 95%: 1,6-2,0) e prematuridade (RP: 2,0; IC 95%: 1,3-3,2). No Artigo 4, entre as puérperas estudadas (n=1525), 26,2% (IC95%: 24,0-28,4) eram adolescentes. Quando comparadas com as parturientes adultas, os fatores associados à maior prevalência de parto na adolescência foram ter 9 anos ou menos de estudo (RPaj:1,36; IC95%: 1,14-1,61), pertencer aos menores quartis do índice de riqueza (1° quartil: RPaj:1,40; IC95%: 1,08-1,80) (2° quartil: RPaj:1,37; IC95%: 1,08-1,74), ser primigesta (RPaj:3,69; IC95%: 2,98-4,57), apresentar baixo IMC pré-gestacional (RPaj:1,28; IC95%: 1,04-1,57), infecção urinária na gravidez (RPaj:1,25; IC95%: 1,07-1,46) e menos de 6 consultas de pré-natal (RPaj:1,42; IC95%: 1,21-1,66). Conclusões: Nossos resultados reforçam a importância de conhecer as características das gestantes e seus neonatos e os desfechos adversos que afetam sua saúde na Amazônia Ocidental Brasileira. Esses resultados poderão contribuir para o planejamento e melhoria de programas de assistência à saúde materno-infantil nos mais diversos níveis de atenção, configurando-se em uma ferramenta importante, baseada em evidencias cientificas, que abrange várias reflexões sobre a saúde materna e neonatal.
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Objetivos: a) Identificar as evidências disponíveis na literatura sobre o papel da enfermagem na assistência as gestantes com síndromes hipertensivas na gestação (Artigo 1); b) Analisar a concordância entre dados de peso pré-gestacional, peso na gravidez, altura e pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) registradas tanto na caderneta da gestante quanto nas informações obtidas no estudo longitudinal MINA-Brasil (Artigo 2); c) Investigar a ocorrência e fatores associados aos distúrbios hipertensivos na gravidez (DHG) e complicações neonatais no município de Cruzeiro do Sul, Acre (Artigo 3); d) Investigar as características socioeconômicas e obstétricas de parturientes adolescentes e suas complicações sobre a saúde materna e neonatal entre participantes da coorte de nascimentos MINA-Brasil (Artigo 4). Método: Trata-se de análise de dados da linha de base do estudo MINA-Brasil. Entre fevereiro de 2015 e maio de 2016, gestantes inscritas no pré-natal da área urbana foram rastreadas e duas avaliações foram realizadas: 1ª avaliação no segundo trimestre e a 2ª avaliação no terceiro trimestre de gravidez. Informações sobre condições socioeconômicas e demográficas, histórico de saúde e estilo de vida e medidas antropométricas foram obtidas pela equipe de pesquisa. Posteriormente, entre julho de 2015 e junho de 2016, foi realizado registro diário das internações para parto na única maternidade do município, dando início a coorte de nascimento de base populacional do estudo MINA-Brasil. As análises utilizadas neste estudo incluíram uma análise integrativa da literatura (Artigo 1), análise de concordância entre as medidas antropométricas e de pressão arterial registradas na caderneta da gestante e aferidas pela equipe do estudo MINA-Brasil (Artigo 2). Também foram utilizados modelos de regressão múltiplos de Poisson com variância robusta para avaliar os fatores associados aos distúrbios hipertensivos no parto (Artigo 3) e os fatores associados a parturientes adolescentes (Artigo 4). O nível de significância estatística adotado nas análises foi p <0,05. Resultados: No Artigo 1, ao todo, 13 estudos foram selecionados para a análise, divididos em 3 categorias: 1. O conhecimento dos profissionais de enfermagem sobre as síndromes hipertensivas na gestação; 2. Os cuidados de enfermagem à gestante com síndromes hipertensivas na gestação e seus neonatos; 3. A sistematização da assistência em enfermagem no cuidado as síndromes hipertensivas na gestação. No Artigo 2, foram analisados dados de 428 gestantes. Houve concordância moderada entre as informações para o peso pré-gestacional autorreferido (0,935) e altura (0,913), e concordância substancial para o peso da gestante no segundo (0,993) e terceiro (0,988) trimestres de gestação. Verificou-se baixa concordância da PAS e PAD no segundo (PAS=0,447; PAD=0,409) e terceiro (PAS=0,436; PAD=0,332) trimestres gestacionais. No Artigo 3 (n=1521), a prevalência de DHG foi de 11,0% (IC 95%: 9,5-12,7). Os fatores associados à prevalência de DHG foram idade materna &ge; 35 anos (RP: 1,9; IC 95%: 1,3-3,0), ser primigesta (RP: 2,0; IC 95%: 1,5-2,7), obesidade pré-gestacional (RP: 2,7; IC 95%: 1,9-4,0), maior ganho de peso gestacional (RP do quartil mais alto: 2,5; IC 95%: 1,6-3,8), hipertensão crônica (RP: 3,6; IC 95%: 2,7-4,9) e parto cesáreo (RP: 1,8; IC 95%: 1,6-2,0) e prematuridade (RP: 2,0; IC 95%: 1,3-3,2). No Artigo 4, entre as puérperas estudadas (n=1525), 26,2% (IC95%: 24,0-28,4) eram adolescentes. Quando comparadas com as parturientes adultas, os fatores associados à maior prevalência de parto na adolescência foram ter 9 anos ou menos de estudo (RPaj:1,36; IC95%: 1,14-1,61), pertencer aos menores quartis do índice de riqueza (1° quartil: RPaj:1,40; IC95%: 1,08-1,80) (2° quartil: RPaj:1,37; IC95%: 1,08-1,74), ser primigesta (RPaj:3,69; IC95%: 2,98-4,57), apresentar baixo IMC pré-gestacional (RPaj:1,28; IC95%: 1,04-1,57), infecção urinária na gravidez (RPaj:1,25; IC95%: 1,07-1,46) e menos de 6 consultas de pré-natal (RPaj:1,42; IC95%: 1,21-1,66). Conclusões: Nossos resultados reforçam a importância de conhecer as características das gestantes e seus neonatos e os desfechos adversos que afetam sua saúde na Amazônia Ocidental Brasileira. Esses resultados poderão contribuir para o planejamento e melhoria de programas de assistência à saúde materno-infantil nos mais diversos níveis de atenção, configurando-se em uma ferramenta importante, baseada em evidencias cientificas, que abrange várias reflexões sobre a saúde materna e neonatal.Introduction: Pregnancy is a period of several physiological, anatomical, psychological and social changes in a woman\'s life. Pregnant women and their babies need specific care. Adequate health care during the gestational period is essential for the prevention or reduction of maternal and child health problems. Objective: a) To identify the available evidence on the role of nursing in assisting pregnant women with hypertensive syndromes during pregnancy (Article 1); b) To analyze the agreement between data on pre-gestational weight, gestational weight gain, height, and systolic (SBP) and diastolic (DBP) blood pressure data recorded both in the prenatal care card and in the information obtained in the MINA-Brazil study (Article 2); c) To investigate the occurrence and factors associated with hypertensive disorders in pregnancy (HDP) and neonatal complications in women living in the Brazilian Western Amazon (Article 3); d) To investigate the socioeconomic and obstetric characteristics of adolescent parturients and their complications on maternal and neonatal health among participants of the MINA-Brasil birth cohort in the municipality of Cruzeiro do Sul, Acre ( Article 4). Methods: Baseline data from the MINA-Brazil cohort study were analyzed. Between February 2015 and May 2016, pregnant women enrolled in prenatal care in the urban area were screened and two evaluations were performed: 1st evaluation in the second trimester and the 2nd evaluation in the third trimester of pregnancy. Information on socioeconomic and demographic conditions, health and lifestyle history, and anthropometric measurements were obtained by the research team. Subsequently, between July 2015 and June 2016, a daily record of admissions for childbirth was carried out in the only maternity hospital in the municipality, starting the population-based birth cohort of the MINA-Brazil study. First, an integrative literature review was performed (Article 1), following data analyzes of agreement between anthropometric and blood pressure measurements recorded in the prenatal care card and measured by the MINA-Brazil study team (Article 2). Multiple Poisson regression models with robust variance were also used to assess factors associated with hypertensive disorders at childbirth (Article 3), and factors associated with adolescent parturients (Article 4). The level of statistical significance adopted was p <0.05. Results: In Article 1, overall 13 studies were selected for analysis, divided into 3 categories: 1. Nursing professionals\' knowledge about hypertensive syndromes during pregnancy; 2. Nursing care for pregnant women with hypertensive syndromes during pregnancy and their newborns; 3. The systematization of nursing care in the care of hypertensive syndromes during pregnancy. In Article 2, data from 428 pregnant women were analyzed. There was moderate agreement between the information for self-reported pre-pregnancy weight (0.935) and height (0.913), and substantial agreement for the pregnant woman\'s weight in the second (0.993) and third (0.988) trimesters of pregnancy. There was a low agreement between SBP and DBP in the second (SBP=0.447; DBP=0.409) and third (SBP=0.436; DBP=0.332) trimesters. In Article 3 (n=1521), the prevalence of HDP was 11.0% (95% CI: 9.51-2.7). Factors associated with the prevalence of HDP were maternal age &ge; 35 years (PR: 1.9; 95% CI: 1.3-3.0), being primiparous (PR: 2.0; 95% CI: 1.5- 2.7), pre-gestational obesity (PR: 2.7; 95% CI: 1.9-4.0), greater gestational weight gain (PR of the highest quartile: 2.5; 95% CI: 1.6-3.8), chronic hypertension (PR: 3.6; 95% CI: 2.7-4.9) and diabetes in pregnancy (PR: 1.9; 95% CI: 1.1-3, two). HDP were associated with the risk of cesarean delivery (PR: 1.8; 95% CI: 1.6-2.0) and prematurity (PR: 2.0; 95% CI: 1.3-3.2). In Article 4, among the postpartum women studied (n=1525), 26.2% (95%CI: 24.0-28.4) were adolescents. When compared with adult parturients, the factors associated with a higher prevalence of childbirth in adolescence were: having 9 years or less of schooling (PRaj: 1.36; 95%CI: 1.14-1.61), belonging to the lowest quartiles of the index wealth (1st quartile: RPaj:1.40; 95%CI: 1.08-1.80) (2nd quartile: PRaj:1.37; 95%CI: 1.08-1.74), being a primiparous (PRaj:3.69; 95%CI: 2.98-4.57), having a low pre-gestational BMI (PRaj:1.28; 95%CI: 1.04-1.57), urinary tract infection in pregnancy (PRaj: 1.25; 95%CI: 1.07-1.46) and less than 6 prenatal consultations (PRaj:1.42; 95%CI: 1.21-1.66). Conclusions: Our results reinforce the importance of knowing the characteristics of pregnant women and their newborns and the adverse outcomes that affect their health in the Western Brazilian Amazon. These results can contribute to the planning and improvement of maternal and child health assistance programs at the most diverse levels of care, constituting an important tool, based on scientific evidence, which encompasses several reflections on maternal and neonatal health.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCardoso, Marly AugustoDamasceno, Ana Alice de Araújo2022-11-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-06032023-141239/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-03-07T17:03:43Zoai:teses.usp.br:tde-06032023-141239Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-03-07T17:03:43Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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description Introdução: A gravidez é um período de várias alterações fisiológicas, anatômicas, psicológicas e sociais na vida da mulher. As gestantes e seus bebês necessitam de cuidados específicos. A assistência adequada à saúde durante o período de gestacional é essencial para a prevenção ou diminuição dos agravos a saúde materno-infantil. Objetivos: a) Identificar as evidências disponíveis na literatura sobre o papel da enfermagem na assistência as gestantes com síndromes hipertensivas na gestação (Artigo 1); b) Analisar a concordância entre dados de peso pré-gestacional, peso na gravidez, altura e pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) registradas tanto na caderneta da gestante quanto nas informações obtidas no estudo longitudinal MINA-Brasil (Artigo 2); c) Investigar a ocorrência e fatores associados aos distúrbios hipertensivos na gravidez (DHG) e complicações neonatais no município de Cruzeiro do Sul, Acre (Artigo 3); d) Investigar as características socioeconômicas e obstétricas de parturientes adolescentes e suas complicações sobre a saúde materna e neonatal entre participantes da coorte de nascimentos MINA-Brasil (Artigo 4). Método: Trata-se de análise de dados da linha de base do estudo MINA-Brasil. Entre fevereiro de 2015 e maio de 2016, gestantes inscritas no pré-natal da área urbana foram rastreadas e duas avaliações foram realizadas: 1ª avaliação no segundo trimestre e a 2ª avaliação no terceiro trimestre de gravidez. Informações sobre condições socioeconômicas e demográficas, histórico de saúde e estilo de vida e medidas antropométricas foram obtidas pela equipe de pesquisa. Posteriormente, entre julho de 2015 e junho de 2016, foi realizado registro diário das internações para parto na única maternidade do município, dando início a coorte de nascimento de base populacional do estudo MINA-Brasil. As análises utilizadas neste estudo incluíram uma análise integrativa da literatura (Artigo 1), análise de concordância entre as medidas antropométricas e de pressão arterial registradas na caderneta da gestante e aferidas pela equipe do estudo MINA-Brasil (Artigo 2). Também foram utilizados modelos de regressão múltiplos de Poisson com variância robusta para avaliar os fatores associados aos distúrbios hipertensivos no parto (Artigo 3) e os fatores associados a parturientes adolescentes (Artigo 4). O nível de significância estatística adotado nas análises foi p <0,05. Resultados: No Artigo 1, ao todo, 13 estudos foram selecionados para a análise, divididos em 3 categorias: 1. O conhecimento dos profissionais de enfermagem sobre as síndromes hipertensivas na gestação; 2. Os cuidados de enfermagem à gestante com síndromes hipertensivas na gestação e seus neonatos; 3. A sistematização da assistência em enfermagem no cuidado as síndromes hipertensivas na gestação. No Artigo 2, foram analisados dados de 428 gestantes. Houve concordância moderada entre as informações para o peso pré-gestacional autorreferido (0,935) e altura (0,913), e concordância substancial para o peso da gestante no segundo (0,993) e terceiro (0,988) trimestres de gestação. Verificou-se baixa concordância da PAS e PAD no segundo (PAS=0,447; PAD=0,409) e terceiro (PAS=0,436; PAD=0,332) trimestres gestacionais. No Artigo 3 (n=1521), a prevalência de DHG foi de 11,0% (IC 95%: 9,5-12,7). Os fatores associados à prevalência de DHG foram idade materna &ge; 35 anos (RP: 1,9; IC 95%: 1,3-3,0), ser primigesta (RP: 2,0; IC 95%: 1,5-2,7), obesidade pré-gestacional (RP: 2,7; IC 95%: 1,9-4,0), maior ganho de peso gestacional (RP do quartil mais alto: 2,5; IC 95%: 1,6-3,8), hipertensão crônica (RP: 3,6; IC 95%: 2,7-4,9) e parto cesáreo (RP: 1,8; IC 95%: 1,6-2,0) e prematuridade (RP: 2,0; IC 95%: 1,3-3,2). No Artigo 4, entre as puérperas estudadas (n=1525), 26,2% (IC95%: 24,0-28,4) eram adolescentes. Quando comparadas com as parturientes adultas, os fatores associados à maior prevalência de parto na adolescência foram ter 9 anos ou menos de estudo (RPaj:1,36; IC95%: 1,14-1,61), pertencer aos menores quartis do índice de riqueza (1° quartil: RPaj:1,40; IC95%: 1,08-1,80) (2° quartil: RPaj:1,37; IC95%: 1,08-1,74), ser primigesta (RPaj:3,69; IC95%: 2,98-4,57), apresentar baixo IMC pré-gestacional (RPaj:1,28; IC95%: 1,04-1,57), infecção urinária na gravidez (RPaj:1,25; IC95%: 1,07-1,46) e menos de 6 consultas de pré-natal (RPaj:1,42; IC95%: 1,21-1,66). Conclusões: Nossos resultados reforçam a importância de conhecer as características das gestantes e seus neonatos e os desfechos adversos que afetam sua saúde na Amazônia Ocidental Brasileira. Esses resultados poderão contribuir para o planejamento e melhoria de programas de assistência à saúde materno-infantil nos mais diversos níveis de atenção, configurando-se em uma ferramenta importante, baseada em evidencias cientificas, que abrange várias reflexões sobre a saúde materna e neonatal.
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