Avaliação da composição química e atividade antioxidante da própolis orgânica de Apis mellifera visando à preservação ambiental do ecossistema envolvido
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-20122012-105318/ |
Resumo: | A própolis é uma substância resinosa coletada pelas abelhas de diversas partes das plantas, como brotos, botões florais e exudados resinosos, conhecida por do ácido cinâmico e ácido benzócio, foram ainda encontrados o ácido pimárico, várias atividades biológicas como antimicrobiana, anti-inflamatória, antiproliferativa e antioxidante. Sua composição química depende de vários fatores, como a localização geográfica, vegetação e clima. A própolis brasileira com certificação de produto orgânico, proveniente do sul do Brasil, foi coletada e avaliada em diferentes estações do ano. Essa própolis é produzida em florestas nativas e áreas de reflorestamento, locais livres de contaminação por insumos agrícolas, metais pesados e poluição industrial. O objetivo deste trabalho foi avaliar a composição química e atividade antioxidante, considerando a variação sazonal das estações de verão, outono e primavera. Foram coletadas ao todo 78 amostras provenientes de 14 apiários distintos. O teor de compostos fenólicos totais e flavonoides foram feitos por métodos colorimétricos, a atividade antioxidante foi avaliada pelos métodos de sequestro dos radicais livres DPPH•, ABTS+, sendo a capacidade antioxidante contra os radicais peroxila, determinado pelo método ORAC. O perfil químico do extrato de etanólico da própolis (EEPO) foi avaliado por cromatografia de camada delgada em fase reversa (CCDAE-FR), varredura no ultravioleta-visível (UV-vis) e cromatografia gasosa acoplada com espectrometria de massas (CGEM). A composição de voláteis foi analisada por CG-EM. Os teores de flavonoides variaram de não detectado até 4,76 mg.g-1 e de 6,80 a 72,55 mg.g-1 para fenólicos totais. Em relação à atividade antioxidante, a variação encontrada foi de 1,01 a 384,60 mg Trolox.g-1 para ABTS+, de 4,50 a 148,10 µmol Trolox.g-1 para DPPH• e de 0,20 a 1,25 µmol Trolox.g-1 de amostra para o ORAC. Em relação às estações, o verão apresentou maior teor de flavonoides (p=6%) e o outono, maior teor de DPPH• (p=7%). Com base no perfil químico pela técnica de CCDAE, foi possível classificar as 78 amostras em sete variantes distintas. Dentre os compostos presentes e derivados dos ácidos cinâmico e benzóico, analisados pela técnica CG/MS, identificou-se os compostos ácido pimárico, norolean-12 ene, alfa bisabolol e metil comate A. Também foram identificados oito compostos voláteis em grande quantidade como α-pineno (54,77%), β- pineno (14,83%), α-limoneno (3,78%), β- mirceno (9,29%), ?-candineno (2,11%), γ -muroleno (1,86%), β-felandreno (4,79%) e α-selineno (8,40%). Uma correlação estatística foi encontrada entre o teor de fenólicos totais e o método DPPH•, p=0,78, diferentemente do teor de flavonoides que não apresentou correlação com a atividade antioxidante. Os resultados obtidos demonstraram que a própolis orgânica possui atividade antioxidante, embora apresente baixos teores de flavonoides. Não existe correlação entre os flavonoides e atividade antioxidante. Os compostos fenólicos e a atividade antioxidante foram influenciados pela sazonalidade, sendo o outono, a estação que apresentou teores maiores de fenólicos e atividade antioxidante. |
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Avaliação da composição química e atividade antioxidante da própolis orgânica de Apis mellifera visando à preservação ambiental do ecossistema envolvidoEvaluation of the chemical composition and antioxidant activity from organic propolis of Apis mellifera aiming the environmental preservation of the ecosystem involvedAntioxidantAntioxidantesCompostos fenólicosEnvironmental protectionFlavonoidFlavonoidesPhenolic compoundsPropolisPrópolisProteção ambientalSazonalidadeSeasonal variationA própolis é uma substância resinosa coletada pelas abelhas de diversas partes das plantas, como brotos, botões florais e exudados resinosos, conhecida por do ácido cinâmico e ácido benzócio, foram ainda encontrados o ácido pimárico, várias atividades biológicas como antimicrobiana, anti-inflamatória, antiproliferativa e antioxidante. Sua composição química depende de vários fatores, como a localização geográfica, vegetação e clima. A própolis brasileira com certificação de produto orgânico, proveniente do sul do Brasil, foi coletada e avaliada em diferentes estações do ano. Essa própolis é produzida em florestas nativas e áreas de reflorestamento, locais livres de contaminação por insumos agrícolas, metais pesados e poluição industrial. O objetivo deste trabalho foi avaliar a composição química e atividade antioxidante, considerando a variação sazonal das estações de verão, outono e primavera. Foram coletadas ao todo 78 amostras provenientes de 14 apiários distintos. O teor de compostos fenólicos totais e flavonoides foram feitos por métodos colorimétricos, a atividade antioxidante foi avaliada pelos métodos de sequestro dos radicais livres DPPH•, ABTS+, sendo a capacidade antioxidante contra os radicais peroxila, determinado pelo método ORAC. O perfil químico do extrato de etanólico da própolis (EEPO) foi avaliado por cromatografia de camada delgada em fase reversa (CCDAE-FR), varredura no ultravioleta-visível (UV-vis) e cromatografia gasosa acoplada com espectrometria de massas (CGEM). A composição de voláteis foi analisada por CG-EM. Os teores de flavonoides variaram de não detectado até 4,76 mg.g-1 e de 6,80 a 72,55 mg.g-1 para fenólicos totais. Em relação à atividade antioxidante, a variação encontrada foi de 1,01 a 384,60 mg Trolox.g-1 para ABTS+, de 4,50 a 148,10 µmol Trolox.g-1 para DPPH• e de 0,20 a 1,25 µmol Trolox.g-1 de amostra para o ORAC. Em relação às estações, o verão apresentou maior teor de flavonoides (p=6%) e o outono, maior teor de DPPH• (p=7%). Com base no perfil químico pela técnica de CCDAE, foi possível classificar as 78 amostras em sete variantes distintas. Dentre os compostos presentes e derivados dos ácidos cinâmico e benzóico, analisados pela técnica CG/MS, identificou-se os compostos ácido pimárico, norolean-12 ene, alfa bisabolol e metil comate A. Também foram identificados oito compostos voláteis em grande quantidade como α-pineno (54,77%), β- pineno (14,83%), α-limoneno (3,78%), β- mirceno (9,29%), ?-candineno (2,11%), γ -muroleno (1,86%), β-felandreno (4,79%) e α-selineno (8,40%). Uma correlação estatística foi encontrada entre o teor de fenólicos totais e o método DPPH•, p=0,78, diferentemente do teor de flavonoides que não apresentou correlação com a atividade antioxidante. Os resultados obtidos demonstraram que a própolis orgânica possui atividade antioxidante, embora apresente baixos teores de flavonoides. Não existe correlação entre os flavonoides e atividade antioxidante. Os compostos fenólicos e a atividade antioxidante foram influenciados pela sazonalidade, sendo o outono, a estação que apresentou teores maiores de fenólicos e atividade antioxidante.Propolis is a resinous substance collected from plant buds, flowers, and exudates by Apis mellifera bees widely known for its biological activities such as antiviral, antimicrobial, anti-inflammatory, antiproliferative and antioxidant activities. Its chemical composition depends on many factors as geographic location, vegetation, and climate. A certified Brazilian propolis, originated from South Brazil, was collected and evaluated in different seasons. This kind of propolis is produced in native forest and in reforestation areas, where contamination derived from agricultural inputs, heavy metals, and factory fumes is found. Hence, the aim of this work was to evaluate the chemical composition and the antioxidant activity during seasonal variation in summer, autumn and spring. Seventy-eight samples were collected from 14 different apiaries. The phenolic compound content and flavonoids were performed by colorimetric methods. The antioxidant activity was evaluated by free radical scavenging methods such as DPPH• and ABTS+. The antioxidant capacity against peroxil radicals was assessed by ORAC method. The chemical profiles of the organic propolis ethanolic extracts were evaluated by reversed-phase thin-layer chromatography (RP-TLC), ultraviolet (UV) scanning, and gas chromatography-mass spectrometry (GC-MS). Flavonoid content varied from non - detected to 4.76 mg. g-1 and 6.80 to 72.55 mg.g-1 for phenolics. The antioxidant activity varied from 1.01 to 384.60 mg Trolox.g-1 for ABTS+ and 4.50 to 148.10 µmol Trolox.g-1 for DPPH. Considering the seasonal variation, summer presented the highest compound content for flavonoids (p=6%), meanwhile autumn presented the highest compound content for DPPH• (p=7%). Thus, considering the chemical profile presented by RP-TLC, seven different variances of propolis were classified. Compounds such as pimaric acid, norolean-12-ene, alpha bisabolol, and methyl commate A were found by GC-MS technique on these seven variances. Eight volatile compounds were also identified as follow: α-pinene (54,77%), β- pinene (14,83%), α-limonene (3,78%), β-myrcene (9,29%), .-candinene (2,11%), γ - muurolene (1,86%), β-phellandrene (4,79%), and α-selinene (8,40%). In conclusion, the results demonstrated that autumn showed higher antioxidant activity by DPPH• method than those produced in other seasons. A statistical correlation was found between phenolic compound and DPPH•, p=0.78, differing from the flavonoid content which did not demonstrate a correlation with antioxidant activity. The results obtained showed that organic propolis presents antioxidant activity, although its flavonoid content is extremely low. On extent, there was no correlation between flavonoid content and antioxidant activity. Moreover, the seasonal variation showed its influence on phenolic compounds as well as on antioxidant activity, in which autumn presented the highest phenolic content and antioxidant activity.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAlencar, Severino Matias deLacerda, Risia Cristina Coelho2012-10-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-20122012-105318/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:35Zoai:teses.usp.br:tde-20122012-105318Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:35Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A própolis é uma substância resinosa coletada pelas abelhas de diversas partes das plantas, como brotos, botões florais e exudados resinosos, conhecida por do ácido cinâmico e ácido benzócio, foram ainda encontrados o ácido pimárico, várias atividades biológicas como antimicrobiana, anti-inflamatória, antiproliferativa e antioxidante. Sua composição química depende de vários fatores, como a localização geográfica, vegetação e clima. A própolis brasileira com certificação de produto orgânico, proveniente do sul do Brasil, foi coletada e avaliada em diferentes estações do ano. Essa própolis é produzida em florestas nativas e áreas de reflorestamento, locais livres de contaminação por insumos agrícolas, metais pesados e poluição industrial. O objetivo deste trabalho foi avaliar a composição química e atividade antioxidante, considerando a variação sazonal das estações de verão, outono e primavera. Foram coletadas ao todo 78 amostras provenientes de 14 apiários distintos. O teor de compostos fenólicos totais e flavonoides foram feitos por métodos colorimétricos, a atividade antioxidante foi avaliada pelos métodos de sequestro dos radicais livres DPPH•, ABTS+, sendo a capacidade antioxidante contra os radicais peroxila, determinado pelo método ORAC. O perfil químico do extrato de etanólico da própolis (EEPO) foi avaliado por cromatografia de camada delgada em fase reversa (CCDAE-FR), varredura no ultravioleta-visível (UV-vis) e cromatografia gasosa acoplada com espectrometria de massas (CGEM). A composição de voláteis foi analisada por CG-EM. Os teores de flavonoides variaram de não detectado até 4,76 mg.g-1 e de 6,80 a 72,55 mg.g-1 para fenólicos totais. Em relação à atividade antioxidante, a variação encontrada foi de 1,01 a 384,60 mg Trolox.g-1 para ABTS+, de 4,50 a 148,10 µmol Trolox.g-1 para DPPH• e de 0,20 a 1,25 µmol Trolox.g-1 de amostra para o ORAC. Em relação às estações, o verão apresentou maior teor de flavonoides (p=6%) e o outono, maior teor de DPPH• (p=7%). Com base no perfil químico pela técnica de CCDAE, foi possível classificar as 78 amostras em sete variantes distintas. Dentre os compostos presentes e derivados dos ácidos cinâmico e benzóico, analisados pela técnica CG/MS, identificou-se os compostos ácido pimárico, norolean-12 ene, alfa bisabolol e metil comate A. Também foram identificados oito compostos voláteis em grande quantidade como α-pineno (54,77%), β- pineno (14,83%), α-limoneno (3,78%), β- mirceno (9,29%), ?-candineno (2,11%), γ -muroleno (1,86%), β-felandreno (4,79%) e α-selineno (8,40%). Uma correlação estatística foi encontrada entre o teor de fenólicos totais e o método DPPH•, p=0,78, diferentemente do teor de flavonoides que não apresentou correlação com a atividade antioxidante. Os resultados obtidos demonstraram que a própolis orgânica possui atividade antioxidante, embora apresente baixos teores de flavonoides. Não existe correlação entre os flavonoides e atividade antioxidante. Os compostos fenólicos e a atividade antioxidante foram influenciados pela sazonalidade, sendo o outono, a estação que apresentou teores maiores de fenólicos e atividade antioxidante. |
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