Avaliação da hidratação de pastas e argamassas formuladas com aditivo estabilizador de hidratação.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Caio Quaresma
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-26032024-101426/
Resumo: As argamassas estabilizadas têm ganhado espaço, há algum tempo, no Brasil, devido à promessa de aumento da produtividade. No entanto, muitos ainda são os desafios em torno dessa tecnologia tanto do ponto de vista científico, quanto técnico, especialmente, por se tratar de um sistema muito sensível. Sendo assim, a fim de contribuir para o melhor entendimento do processo de estabilização, a presente pesquisa buscou analisar a hidratação de pastas de cimentos Portland produzidas com diferentes Aditivos Estabilizadores de Hidratação (AEH). Também buscou-se comparar o processo de estabilização de pastas com o das argamassas de formulação equivalente. O acompanhamento da reação química foi feito por calorimetria de condução isotérmica. A densidade de massa e o volume de ar incorporado também foram medidos. Foram avaliados 6 tipos de cimento brasileiros e dois tipos de AEH disponíveis no mercado nacional. Para o cimento CP V foram avaliados os seguintes aspectos da mistura: tempo, intensidade, ordem de inserção do AEH e influência do agregado miúdo. Os resultados indicaram que os aditivos garantiram a estabilização química, sendo possível chegar a estabilizações superiores a 72h, como de costume nos canteiros de obra. O tempo de estabilização foi influenciado pelo tipo de aditivo e de cimento, sendo diretamente proporcional ao aumento do teor de AEH. Para todos os cimentos, o uso dos AEH afetou não apenas o período de indução, como era esperado. O período de aceleração também foi impactado, acarretando a diminuição do pico de liberação de calor e da taxa de reação neste período, em função do aumento do teor de aditivo, sobretudo para o AEH T. O aumento da intensidade de mistura fez diminuir o tempo de estabilização, devido à maior dispersão das partículas; e o cisalhamento, intensificado com a presença do agregado miúdo, promoveu redução do tempo de estabilização, pela maior formação de núcleos de dissolução envenenáveis. Isso mostrou que o estudo de dosagem de argamassas estabilizadas não deve ser feito em pastas, mas na própria argamassa.
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O acompanhamento da reação química foi feito por calorimetria de condução isotérmica. A densidade de massa e o volume de ar incorporado também foram medidos. Foram avaliados 6 tipos de cimento brasileiros e dois tipos de AEH disponíveis no mercado nacional. Para o cimento CP V foram avaliados os seguintes aspectos da mistura: tempo, intensidade, ordem de inserção do AEH e influência do agregado miúdo. Os resultados indicaram que os aditivos garantiram a estabilização química, sendo possível chegar a estabilizações superiores a 72h, como de costume nos canteiros de obra. O tempo de estabilização foi influenciado pelo tipo de aditivo e de cimento, sendo diretamente proporcional ao aumento do teor de AEH. Para todos os cimentos, o uso dos AEH afetou não apenas o período de indução, como era esperado. O período de aceleração também foi impactado, acarretando a diminuição do pico de liberação de calor e da taxa de reação neste período, em função do aumento do teor de aditivo, sobretudo para o AEH T. O aumento da intensidade de mistura fez diminuir o tempo de estabilização, devido à maior dispersão das partículas; e o cisalhamento, intensificado com a presença do agregado miúdo, promoveu redução do tempo de estabilização, pela maior formação de núcleos de dissolução envenenáveis. Isso mostrou que o estudo de dosagem de argamassas estabilizadas não deve ser feito em pastas, mas na própria argamassa.Stabilized mortars have been gaining visibility in Brazil, due to the promise of increased productivity. However, there are still many challenges around this technology, both from a scientific and technical points of view, especially because it is a very sensitive system. Therefore, in order to contribute to a better understanding of the stabilization process, this research sought to analyze the hydration of Portland cement pastes produced with different Hydration Stabilizing Admixtures (HSA). It also sought to compare the paste stabilization process with that of mortars of equivalent formulation. The chemical reaction was monitored using isothermal conduction calorimetry. The mass density and volume of entrained air were also measured. Six types of Brazilian cements and two types of HSA available on the national market were evaluated. For CP V cement, the following aspects of the mixture were evaluated: time, intensity, HSA addition order, and influence of the aggregate. The results indicated that the admixtures ensured chemical stabilization, making it possible to achieve stabilization for more than 72 hours, as it is usual on construction sites. The stabilization time was influenced by the type of admixture and cement, being directly proportional to the increase in HSA content. For all cements, the use of HSA affected not only the induction period, as expected. The acceleration period was also impacted, resulting in a decrease in the heat release peak and reaction rate in this period, due to the increase in admixture content, especially for HSA T. The increase in mixing intensity reduced the stabilization time, due to greater particle dispersion; and shear, intensified with the presence of sand, promoted a reduction in stabilization time, due to the greater formation of poisonable dissolution nuclei. This showed that the dosage study of stabilized mortars should not be done on pastes, but on mortar itself.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPileggi, Rafael GiulianoSantos, Caio Quaresma2023-12-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-26032024-101426/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-03-28T11:55:02Zoai:teses.usp.br:tde-26032024-101426Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-03-28T11:55:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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