Remodelamento tardio da artéria torácica interna bilateral na revascularização do miocárdio: Influência do leito coronariano esquerdo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5156/tde-16102014-101136/ |
Resumo: | O enxerto de artéria torácica interna tem demonstrado capacidade de remodelamento devido a interação com o leito arterial coronariano. O objetivo deste estudo foi analisar a influência dos fatores clínicos e angiográficos no remodelamento dos enxertos, definido como variação no calibre vascular. Casuística e métodos: No período entre 1983 e 1999, 356 pacientes realizaram cirurgia de revascularização do miocárdio utilizando a artéria torácica interna esquerda para o ramo interventricular anterior e a artéria torácica interna direita para um ramo da circunflexa. Trinta e dois pacientes foram submetidos a cineangiocoronariografia pós-operatória, a qual foi posteriormente analisada com o aplicativo CASS II®. Este estudo observacional apresentou acompanhamento médio de 42 meses(6-204 meses). As variáveis angiográficas analisadas foram os diâmetros proximal e distal dos enxertos arteriais (variável dependente), área coronariana, pontuação de fluxo TIMI, diâmetro de estenose proximal, fluxo dominante distal e ramos patentes. Fatores de risco cardiovascular também foram incluídos. Resultados: O modelo de regressão linear múltiplo demonstrou um R2ajustado=0,69 (p=0,0001) para o modelo a direita e R2ajustado=0,46 (p=0,002) para a esquerda. Os enxertos apresentaram diâmetros proximal e distal de 2,67mm ±0,085 e 2,232mm ±0,085 à esquerda; 2,458mm ±0,088 e 2,010mm ± 0,091 (média±EP) à direita, respectivamente (p>0,05). Nenhuma variável clínica obteve correlação significante estatisticamente. A área coronariana apresentou coeficiente de beta=0,42 (0,14-0,6/IC-95%) e diâmetro de estenose proximal de 0,55 (0,40-0,65/IC-95%) para o remodelamento do lado direito. A área coronariana demonstrou coeficiente de beta=0,54 (0,3- 0,68/IC-95%) para o remodelamento do lado esquerdo. Conclusões: A artéria torácica interna não demonstrou diferença de calibre em relação a lateralidade (esquerda vs direita). O diâmetro de estenose proximal da artéria coronária revascularizada demonstrou correlação positiva com o remodelamento dos enxertos do lado direito. A área da artéria coronária revascularizada foi a única variável de influência para o remodelamento bilateral dos enxertos |
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Remodelamento tardio da artéria torácica interna bilateral na revascularização do miocárdio: Influência do leito coronariano esquerdoLate remodeling of bilateral internal thoracic artery in coronary artery bypass graft surgery: influence of left coronary bedAnastomose mamário-coronárioArtérias torácicasCineangiografiaCoronary angiographyCoronary artery bypass surgeryInternal mammary-coronary artery anastomosisRevascularização miocárdicaThoracic arteriesO enxerto de artéria torácica interna tem demonstrado capacidade de remodelamento devido a interação com o leito arterial coronariano. O objetivo deste estudo foi analisar a influência dos fatores clínicos e angiográficos no remodelamento dos enxertos, definido como variação no calibre vascular. Casuística e métodos: No período entre 1983 e 1999, 356 pacientes realizaram cirurgia de revascularização do miocárdio utilizando a artéria torácica interna esquerda para o ramo interventricular anterior e a artéria torácica interna direita para um ramo da circunflexa. Trinta e dois pacientes foram submetidos a cineangiocoronariografia pós-operatória, a qual foi posteriormente analisada com o aplicativo CASS II®. Este estudo observacional apresentou acompanhamento médio de 42 meses(6-204 meses). As variáveis angiográficas analisadas foram os diâmetros proximal e distal dos enxertos arteriais (variável dependente), área coronariana, pontuação de fluxo TIMI, diâmetro de estenose proximal, fluxo dominante distal e ramos patentes. Fatores de risco cardiovascular também foram incluídos. Resultados: O modelo de regressão linear múltiplo demonstrou um R2ajustado=0,69 (p=0,0001) para o modelo a direita e R2ajustado=0,46 (p=0,002) para a esquerda. Os enxertos apresentaram diâmetros proximal e distal de 2,67mm ±0,085 e 2,232mm ±0,085 à esquerda; 2,458mm ±0,088 e 2,010mm ± 0,091 (média±EP) à direita, respectivamente (p>0,05). Nenhuma variável clínica obteve correlação significante estatisticamente. A área coronariana apresentou coeficiente de beta=0,42 (0,14-0,6/IC-95%) e diâmetro de estenose proximal de 0,55 (0,40-0,65/IC-95%) para o remodelamento do lado direito. A área coronariana demonstrou coeficiente de beta=0,54 (0,3- 0,68/IC-95%) para o remodelamento do lado esquerdo. Conclusões: A artéria torácica interna não demonstrou diferença de calibre em relação a lateralidade (esquerda vs direita). O diâmetro de estenose proximal da artéria coronária revascularizada demonstrou correlação positiva com o remodelamento dos enxertos do lado direito. A área da artéria coronária revascularizada foi a única variável de influência para o remodelamento bilateral dos enxertosInternal thoracic artery grafts has demonstrated capacity for remodeling due to interaction with the coronary artery bed. The goal was to analysis the influence of clinical and angiographic factors in this remodeling as defined as grafts caliber variation. Methods: In a period from 1983 to 1999, 356 patients underwent to coronary artery bypass surgery using the left internal thoracic artery anastomosed to interventricular anterior branch and the right internal thoracic artery to circumflex branches. Thirty two patients were submitted to postoperative coronary angiography which was further analysed by CASS II® software. The mean follow-up of this observational study was 42 months(6- 204 months). Angiographic variables analyzed was proximal and distal diameters of arterial grafts(dependent variable), coronary area, TIMI flow grade, proximal stenosis diameter, dominant distal flow and patent branches. Cardiovascular risk factors were included indeed. Results: The multiple regression model demonstrated R2adjusted=0.69 (p=0.0001) for right side and R2adjusted=0.46 (p=0.002) for left side. The grafts presented proximal and distal diameters of 2.67mm ±0.085 and 2.232mm ±0.085 from left side; 2.458mm ±0.088 and 2.010mm ±0.091 (mean±SE) from right side respectively (p > 0,05). None of the clinical variables had statistical significant correlation. The coronary area presented as a beta coefficient=0.42 (0.14-0.6/CI-95%) and proximal stenosis diameter of 0.55 (0.40-0.65/CI-95%) for right side remodeling. The coronary area shown a beta coefficient=0.54 (0.3- 0.68/CI-95%) for left side remodeling. Conclusions: The internal thoracic artery did not demonstrate difference in caliber about its laterality (left vs right). The proximal stenosis degree of the bypassed coronary artery demonstrated positive correlation with remodeling for the right side grafts. Bilateral grafts remodeling was only explained by positive correlation with the bypassed coronary areaBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPuig, Luiz BoroRocha, Bruno da Costa2006-02-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5156/tde-16102014-101136/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:55Zoai:teses.usp.br:tde-16102014-101136Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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