Comportamento da laranjeira-valência (Citrus sinensis L., Osbeck) sobre diferentes porta-enxertos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teofilo Sobrinho, Joaquim
Data de Publicação: 1972
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-144539/
Resumo: O autor estudou a influência de diversos porta-enxertos no desenvolvimento vegetativo e na produtividade da laranjeira-valência (Citrus sinensis L., Osbeck) de origem nucelar. O experimento foi instalado em 1962 em área da Estação Experimental de Limeira, do Instituto Agronômico do Estado de São Paulo, no município de Cordeirópolis. O clima deste município é do tipo CWa , caracterizado por uma precipitação pluviométrica do mês mais seco menor que 30 mm; a temperatura média do mês mais quente maior que 22°C, a do mês mais frio menor que 18°C. O solo é de acidez media (pH = 5,0), com teores médios de matéria orgânica e baixos de fosforo, potássio, cálcio e magnésio. Os porta-enxertos estudados foram aqueles, que se mostraram mais promissores nos ensaios realizados pelo Instituto Agronômico do Estado de São Paulo. São eles: - Limoeiro-cravo (Citrus limonia Osbeck) - Limoeiro-rugoso-nacional (Citrus jambhiri Lush) (?) - Limoeiro-rugoso-da-flórida (Citrus jambhiri Lush) - Tangerineira-cleópatra (Citrus reshni Hort. ex Tanaka) - Tangerineira-cravo (Citrus reticulata Blanco) - Tangerineira-sunki (Citrus sunki Hort. ex Tanaka) - Trifoliata (Poncirus trifoliata Raaf) - Citrange-troyer (Poncirus trifoliata Raff x Citrus sinensis L., Osbeck) - Laranjeira-caipira (Citrus sinensis L., Osbeck) O experimento foi delineado em blocos casualizados e com três repetições. O pomar experimental desde a sua formação recebeu os tratos, culturais necessários ao seu bom desenvolvimento. Anualmente recebeu adubações uniformes porém, muito deficientes até 1969, quando se adotou intenso programa de fertilização. As plantas do experimento estão livres de gomose e outras moléstias de fungos de maior importância. Na laranjeira-valência de origem nucelar, não foram constatados a presença dos vírus de exocorte, xiloporose e sorose. Foram coletados e computados anualmente a partir do sexto ano dados referentes ao número de frutos (cinco anos); peso médio dos frutos de cada planta a partir do oitavo ano (três anos) e aos dez anos os da produção por m3 de copa e o desenvolvimento vegetativo das plantas. Os resultados obtidos foram analisados estatisticamente. Da discussão dos resultados e observações feitas no transcorrer do experimento, permitiram as seguintes conclusões: 7.1 - Constatou-se a influência dos diferentes porta-enxertos sobre o desenvolvimento da copa da laranjeira-valência. 7.2 - Os porta-enxertos de tangerineira-sunki, limoeiro-cravo, tangerineira-cravo, tangerineira-cleópatra e laranjeira-caipira proporcionaram grande desenvolvimento vegetativo à copa de laranjeira-valência, superando ao do Poncirus trifoliata. Em posição intermediária, embora com diferenças estatísticamente não significativas os cavalos de citrange-troyer, limoeiro-rugoso-da-flórida e limoeiro-rugoso-nacional. 7.3 - Os porta-enxertos comportaram-se de maneira diferentes quanto ao início de produção. Ficou ressaltada a pouca precocidade da tangerineira-cleópatra, do citrange-troyer do Poncirus trifoliata e da tangerineira-cravo. 7.4 - Como precoces, destacaram-se os cavalos limoeiro-cravo, limoeiro rugoso-da-flórida e limoeiro-rugoso-nacional, sendo de comportamento intermediário a tangerineira-sunki e a laranjeira-caipira. 7.5 - De um modo geral, os porta enxertos que induziram maior volume à copa proporcionaram uma maior produção por planta. 7.6 - Tomando como base a produção por volume de planta, os cavalos que induziram as copas a volumes menores proporcionaram as maiores produções. 7.7 - Pelos dados de volume da copa pode-se inferir que o rendimento por área poderá ser aumentado com a utilização de espaçamentos compatíveis com os porta-enxertos.
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spelling Comportamento da laranjeira-valência (Citrus sinensis L., Osbeck) sobre diferentes porta-enxertosLARANJA VALÊNCIAPORTA-ENXERTOSO autor estudou a influência de diversos porta-enxertos no desenvolvimento vegetativo e na produtividade da laranjeira-valência (Citrus sinensis L., Osbeck) de origem nucelar. O experimento foi instalado em 1962 em área da Estação Experimental de Limeira, do Instituto Agronômico do Estado de São Paulo, no município de Cordeirópolis. O clima deste município é do tipo CWa , caracterizado por uma precipitação pluviométrica do mês mais seco menor que 30 mm; a temperatura média do mês mais quente maior que 22°C, a do mês mais frio menor que 18°C. O solo é de acidez media (pH = 5,0), com teores médios de matéria orgânica e baixos de fosforo, potássio, cálcio e magnésio. Os porta-enxertos estudados foram aqueles, que se mostraram mais promissores nos ensaios realizados pelo Instituto Agronômico do Estado de São Paulo. São eles: - Limoeiro-cravo (Citrus limonia Osbeck) - Limoeiro-rugoso-nacional (Citrus jambhiri Lush) (?) - Limoeiro-rugoso-da-flórida (Citrus jambhiri Lush) - Tangerineira-cleópatra (Citrus reshni Hort. ex Tanaka) - Tangerineira-cravo (Citrus reticulata Blanco) - Tangerineira-sunki (Citrus sunki Hort. ex Tanaka) - Trifoliata (Poncirus trifoliata Raaf) - Citrange-troyer (Poncirus trifoliata Raff x Citrus sinensis L., Osbeck) - Laranjeira-caipira (Citrus sinensis L., Osbeck) O experimento foi delineado em blocos casualizados e com três repetições. O pomar experimental desde a sua formação recebeu os tratos, culturais necessários ao seu bom desenvolvimento. Anualmente recebeu adubações uniformes porém, muito deficientes até 1969, quando se adotou intenso programa de fertilização. As plantas do experimento estão livres de gomose e outras moléstias de fungos de maior importância. Na laranjeira-valência de origem nucelar, não foram constatados a presença dos vírus de exocorte, xiloporose e sorose. Foram coletados e computados anualmente a partir do sexto ano dados referentes ao número de frutos (cinco anos); peso médio dos frutos de cada planta a partir do oitavo ano (três anos) e aos dez anos os da produção por m3 de copa e o desenvolvimento vegetativo das plantas. Os resultados obtidos foram analisados estatisticamente. Da discussão dos resultados e observações feitas no transcorrer do experimento, permitiram as seguintes conclusões: 7.1 - Constatou-se a influência dos diferentes porta-enxertos sobre o desenvolvimento da copa da laranjeira-valência. 7.2 - Os porta-enxertos de tangerineira-sunki, limoeiro-cravo, tangerineira-cravo, tangerineira-cleópatra e laranjeira-caipira proporcionaram grande desenvolvimento vegetativo à copa de laranjeira-valência, superando ao do Poncirus trifoliata. Em posição intermediária, embora com diferenças estatísticamente não significativas os cavalos de citrange-troyer, limoeiro-rugoso-da-flórida e limoeiro-rugoso-nacional. 7.3 - Os porta-enxertos comportaram-se de maneira diferentes quanto ao início de produção. Ficou ressaltada a pouca precocidade da tangerineira-cleópatra, do citrange-troyer do Poncirus trifoliata e da tangerineira-cravo. 7.4 - Como precoces, destacaram-se os cavalos limoeiro-cravo, limoeiro rugoso-da-flórida e limoeiro-rugoso-nacional, sendo de comportamento intermediário a tangerineira-sunki e a laranjeira-caipira. 7.5 - De um modo geral, os porta enxertos que induziram maior volume à copa proporcionaram uma maior produção por planta. 7.6 - Tomando como base a produção por volume de planta, os cavalos que induziram as copas a volumes menores proporcionaram as maiores produções. 7.7 - Pelos dados de volume da copa pode-se inferir que o rendimento por área poderá ser aumentado com a utilização de espaçamentos compatíveis com os porta-enxertos.The author studied the effect of several rootstocks on the growth and production of Valencia-orange (Citrus sinensis L., Osbeck) of nucellar origin. The experiment was installed in 1962 at the Experimental Station of Limeira of the Instituto Agronômico of the State of São Paulo, in Cordeirópolis county. The climate of this county is of the CWa type, characterized by the following: a) rains in the dryest month: less than 30 mm; b) average temperature of the warmest month: above 22°C; c) average temperature of the coldest month: below 18°C. The soil presented a medium acidity (pH = 5,0), a medium content of organic matter, and a low level of phosphorus, potassium, calcium and magnesium. The best rootstocks selected by the Instituto Agronômico of the State of São Paulo were used, as follows: - Rangpur-lime (Citrus limonia, Osbeck) - National-rough-lemon (Citrus jambhiri Lush) (?) - Florida-rough-lemon (Citrus jambhiri Lush) - Cleopatra-mandarin (Citrus reshni Hort. ex Tanaka) - Cravo-mandarin (Citrus reticulate Blanco) - Sunki-mandarin (Citrus sunki Hort. ex Tanaka) - Trifoliata-orange (Poncirus trifoliate Raff) - Troyer-citrange (Poncirus trifoliate Raff x Citrus sinensis L. Osbeck) - Sweet-orange (Citrus sinensis L. Osbeck) Random blocks with three replications were used for the experiment. Starting at installation all the necessary cultural practices for a good development of the trees were applied. Annual fertilizations were defficient till 1969 , the year in which an intensive program of fertilization was adopted. The trees were free of gomosis and other important fungal deseases. The Valencia-orange trees of nucellar origin were also free of exocortis virus, xiloporosis and sorosis. Data were collected starting at the sixth year regarding the number of fruit produced (five years); the average fruit weight for each tree starting at the eighth year (three years); and in the tenth year the production per cubic meter of the tree frond and growth of the trees were measured. The results were statistically analysed. The following conclusions could be drawn: 8.1 - There is an effect of the rootstocks on the frond growth of the Valência-orange trees. 8.2 - Sunki-mandarin, Rangpur lime, Cravo-mandarin, Cleopatra-mandarin and Sweet-orange rootstocks induced a greater growth of the tree frond in Valencia-orange than did the Trifoliata-orange roots-tock. 8.3 - The rootstocks behaved differently with regard to the beginning of production. Low precocity of Cleopatra-mandarin, Troyer-citrange, Trifoliata-orange and of Cravo-mandarin were observed. 8.4 - As far as precocity is concerned, the best rootstocks were: Ranpur-lime, Florida-rough-lemon and National-rough-lemon, and of intermediate behavior Sunki-mandarin and Sweet-orange. 8.5 - In a general manner, the rootstocks that induced a larger frond, provided greater production also. 8.6 - Using the factor production per tree volume as a basis, the rootstocks which induced smaller volumes of the frond, had the highest productions. 8.7 - If one takes the volume of the frond into account the production per area could be increased by a differential spacing of the trees in the field.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSimao, SalimTeofilo Sobrinho, Joaquim1972-01-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-144539/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-04-17T14:30:55Zoai:teses.usp.br:tde-20240301-144539Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-04-17T14:30:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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