Proposta de novo Índice de Massa Corporal (IMC) corrigido por massa gorda através do uso da bioimpedância
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-02062010-144324/ |
Resumo: | A obesidade é definida como o excesso de tecido adiposo e tem sido demonstrada como deletéria para sistemas e órgãos. O IMC é um dos métodos mais utilizados para o diagnóstico de obesidade devido sua facilidade de aplicação e baixo custo. Entretanto, este índice possui a grande limitação de não diferenciar tecido adiposo de massa magra. Este trabalho buscou propor um novo escore para classificação do estado nutricional, embasado no IMC tradicional, porém ajustado pela massa gorda através do uso da bioimpedância em indivíduos de ambos os sexos. O estudo foi realizado com 200 indivíduos, de ambos os sexos, com faixa etária entre 18 e 60 anos e que estavam em acompanhamento no Hospital das Clínicas da FMRP USP. Os indivíduos foram divididos em: Grupo 1 (n=100) utilizado para construção do IMC corrigido e Grupo 2 (n=100), para aplicação do IMC corrigido e comparação com o IMC tradicional. Todos foram submetidos à avaliação antropométrica e de composição corporal. A amostra do Grupo 1 apresentou médias de idade de 49,6 ± 15,0 anos e 46,2 ± 17,6 anos; peso 71,7 Kg ± 18,5 e 64,6 Kg ± 16,0; estatura 169,6 cm ± 8,4 157,2 cm ± 5,8; IMC 24,8 ± 5,5 Kg/m2 e 26,1 ± 6,2 Kg/m2; massa magra , 51,1 Kg ± 9,9 e 38,6 Kg ± 5,8; massa gorda 23,4 % ± 8,3 e 35,3 % ± 9,, para homens mulheres, respectivamente. A amostra do Grupo 2 apresentou médias semelhantes para estas variáveis. Após a análise fatorial dos dados obtidos no Grupo 1, obteve-se um novo escore, sendo este (3 Peso + 4 MG) /Estatura. Considerando os pontos de corte para gordura corporal propostos pela WHO como, 25% e 35%, e até mesmo 20% e 30%, para homens e mulheres, respectivamente, verifica-se que este novo escore possui uma capacidade mais acurada de captar indivíduos obesos (0,953) em detrimento ao IMC tradicional (0,888), por este último não considerar os valores de MGT em seu cálculo. Em seguida, este mesmo escore foi aplicado em uma nova população, o Grupo 2 e os resultados superiores ao uso do IMC tradicional prevaleceram, sendo para o novo escore 0,986; 0,97 e 1 e para o IMC tradicional 0,978, 0,97, 0,98, ambos para todos os indivíduos, homens e mulheres, respectivamente. Além disso, este trabalho possibilitou a definição de novas faixas de pontos de corte do IMC para a classificação de obesidade, sendo estes nas faixas entre: 21,84 Kg/m2 a 26,11 Kg/m2; 22,03 Kg/ m2 a 25,3 Kg/ m2, para homens e mulheres, respectivamente, Estes nos permitem sugerir o uso de um novo IMC corrigido em detrimento ao IMC tradicional, como forma de suprir e possibilitar uma intervenção nutricional mais adequada. Portanto, este é o primeiro estudo brasileiro que além de questionar a validade do tradicional critério proposto pela WHO para obesidade e analisar a relação entre o IMC e o percentual de gordura, também propõe uma correção para o IMC e novos valores de IMC para classificação de obesidade. |
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Proposta de novo Índice de Massa Corporal (IMC) corrigido por massa gorda através do uso da bioimpedânciaProposed of new body mass index (BMI) adjusted for fat using the bioimpedance.BioimpedânciaBody CompositionBody Index MassComposição CorporalFat bodyGordura CorporalImpedance BioelectricalÍndice de Massa CorporalA obesidade é definida como o excesso de tecido adiposo e tem sido demonstrada como deletéria para sistemas e órgãos. O IMC é um dos métodos mais utilizados para o diagnóstico de obesidade devido sua facilidade de aplicação e baixo custo. Entretanto, este índice possui a grande limitação de não diferenciar tecido adiposo de massa magra. Este trabalho buscou propor um novo escore para classificação do estado nutricional, embasado no IMC tradicional, porém ajustado pela massa gorda através do uso da bioimpedância em indivíduos de ambos os sexos. O estudo foi realizado com 200 indivíduos, de ambos os sexos, com faixa etária entre 18 e 60 anos e que estavam em acompanhamento no Hospital das Clínicas da FMRP USP. Os indivíduos foram divididos em: Grupo 1 (n=100) utilizado para construção do IMC corrigido e Grupo 2 (n=100), para aplicação do IMC corrigido e comparação com o IMC tradicional. Todos foram submetidos à avaliação antropométrica e de composição corporal. A amostra do Grupo 1 apresentou médias de idade de 49,6 ± 15,0 anos e 46,2 ± 17,6 anos; peso 71,7 Kg ± 18,5 e 64,6 Kg ± 16,0; estatura 169,6 cm ± 8,4 157,2 cm ± 5,8; IMC 24,8 ± 5,5 Kg/m2 e 26,1 ± 6,2 Kg/m2; massa magra , 51,1 Kg ± 9,9 e 38,6 Kg ± 5,8; massa gorda 23,4 % ± 8,3 e 35,3 % ± 9,, para homens mulheres, respectivamente. A amostra do Grupo 2 apresentou médias semelhantes para estas variáveis. Após a análise fatorial dos dados obtidos no Grupo 1, obteve-se um novo escore, sendo este (3 Peso + 4 MG) /Estatura. Considerando os pontos de corte para gordura corporal propostos pela WHO como, 25% e 35%, e até mesmo 20% e 30%, para homens e mulheres, respectivamente, verifica-se que este novo escore possui uma capacidade mais acurada de captar indivíduos obesos (0,953) em detrimento ao IMC tradicional (0,888), por este último não considerar os valores de MGT em seu cálculo. Em seguida, este mesmo escore foi aplicado em uma nova população, o Grupo 2 e os resultados superiores ao uso do IMC tradicional prevaleceram, sendo para o novo escore 0,986; 0,97 e 1 e para o IMC tradicional 0,978, 0,97, 0,98, ambos para todos os indivíduos, homens e mulheres, respectivamente. Além disso, este trabalho possibilitou a definição de novas faixas de pontos de corte do IMC para a classificação de obesidade, sendo estes nas faixas entre: 21,84 Kg/m2 a 26,11 Kg/m2; 22,03 Kg/ m2 a 25,3 Kg/ m2, para homens e mulheres, respectivamente, Estes nos permitem sugerir o uso de um novo IMC corrigido em detrimento ao IMC tradicional, como forma de suprir e possibilitar uma intervenção nutricional mais adequada. Portanto, este é o primeiro estudo brasileiro que além de questionar a validade do tradicional critério proposto pela WHO para obesidade e analisar a relação entre o IMC e o percentual de gordura, também propõe uma correção para o IMC e novos valores de IMC para classificação de obesidade.Obesity is defined as the excess adipose tissue and has been shown to have deleterious effects on organ systems. BMI is one of the methods used for the diagnosis of obesity due to its ease of application and low cost. However, this index has the great limitation of not differentiating fat-free mass. This study aimed to propose a new scoring system for classification of nutritional status, rooted in the traditional BMI, but adjusted for fat mass through the use of bioelectrical impedance in individuals of both sexes. The study was conducted with 200 individuals of both sexes, aged between 18 and 60, who were in attendance at the Hospital of FMRP - USP. The subjects were divided into Group 1 (n = 100) used for construction of BMI corrected and Group 2 (n = 100) for application of BMI and corrected BMI compared with the traditional. All underwent anthropometric measurements and body composition. The sample of Group 1 had a mean age of 49.6 ± 15.0 years and 46.2 ± 17.6 years, weight 71.7 ± 18.5 kg and 64.6 ± 16.0 kg, height 169, 6 cm ± 8.4 157.2 ± 5.8 cm, BMI 24.8 ± 5.5 kg/m2 and 26.1 ± 6.2 kg/m2, lean body mass, 51.1 ± 9.9 kg and 38.6 ± 5.8 kg, fat mass 23.4 ± 8.3% and 35.3% ± 9, for men women, respectively. The sample of Group 2 showed similar means for these variables. After the factor analysis of data obtained in Group 1, we obtained a new score, which is (3 + 4 Weight MG) / height. Considering the cut-off points for body fat as proposed by the WHO, 25% and 35%, and even 20% and 30% for men and women, respectively, it appears that this new scoring system has a capacity of more accurate capture individuals obese (0.953) rather than the traditional BMI (0.888), the latter does not consider the values of MGT in its calculation. Then, the same scoring system was applied to a new population, the Group 2 and the results than the use of traditional IMC prevailed, and the new score to 0.986, 0.97 and 1 for BMI and traditional 0.978, 0.97, 0.98, both for all individuals, men and women, respectively. In addition, this study allowed the definition of new cut-off points of BMI for the classification of obesity, which are among the bands: 21.84 kg/m2 to 26.11 kg/m2; 22.03 kg / m2 to 25.3 kg / m2 for men and women, respectively, these allow us to suggest the use of a new BMI corrected over the traditional BMI as a way to meet and allow a more appropriate nutritional intervention. So this is the first Brazilian study also question the validity of the traditional criterion proposed by WHO for obesity and examine the relationship between BMI and percent body fat, also suggests a fix for the new BMI and BMI classification for obesity .Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPJordao Junior, Alceu AfonsoMialich, Mirele Savegnago 2009-12-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-02062010-144324/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:07Zoai:teses.usp.br:tde-02062010-144324Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:07Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A obesidade é definida como o excesso de tecido adiposo e tem sido demonstrada como deletéria para sistemas e órgãos. O IMC é um dos métodos mais utilizados para o diagnóstico de obesidade devido sua facilidade de aplicação e baixo custo. Entretanto, este índice possui a grande limitação de não diferenciar tecido adiposo de massa magra. Este trabalho buscou propor um novo escore para classificação do estado nutricional, embasado no IMC tradicional, porém ajustado pela massa gorda através do uso da bioimpedância em indivíduos de ambos os sexos. O estudo foi realizado com 200 indivíduos, de ambos os sexos, com faixa etária entre 18 e 60 anos e que estavam em acompanhamento no Hospital das Clínicas da FMRP USP. Os indivíduos foram divididos em: Grupo 1 (n=100) utilizado para construção do IMC corrigido e Grupo 2 (n=100), para aplicação do IMC corrigido e comparação com o IMC tradicional. Todos foram submetidos à avaliação antropométrica e de composição corporal. A amostra do Grupo 1 apresentou médias de idade de 49,6 ± 15,0 anos e 46,2 ± 17,6 anos; peso 71,7 Kg ± 18,5 e 64,6 Kg ± 16,0; estatura 169,6 cm ± 8,4 157,2 cm ± 5,8; IMC 24,8 ± 5,5 Kg/m2 e 26,1 ± 6,2 Kg/m2; massa magra , 51,1 Kg ± 9,9 e 38,6 Kg ± 5,8; massa gorda 23,4 % ± 8,3 e 35,3 % ± 9,, para homens mulheres, respectivamente. A amostra do Grupo 2 apresentou médias semelhantes para estas variáveis. Após a análise fatorial dos dados obtidos no Grupo 1, obteve-se um novo escore, sendo este (3 Peso + 4 MG) /Estatura. Considerando os pontos de corte para gordura corporal propostos pela WHO como, 25% e 35%, e até mesmo 20% e 30%, para homens e mulheres, respectivamente, verifica-se que este novo escore possui uma capacidade mais acurada de captar indivíduos obesos (0,953) em detrimento ao IMC tradicional (0,888), por este último não considerar os valores de MGT em seu cálculo. Em seguida, este mesmo escore foi aplicado em uma nova população, o Grupo 2 e os resultados superiores ao uso do IMC tradicional prevaleceram, sendo para o novo escore 0,986; 0,97 e 1 e para o IMC tradicional 0,978, 0,97, 0,98, ambos para todos os indivíduos, homens e mulheres, respectivamente. Além disso, este trabalho possibilitou a definição de novas faixas de pontos de corte do IMC para a classificação de obesidade, sendo estes nas faixas entre: 21,84 Kg/m2 a 26,11 Kg/m2; 22,03 Kg/ m2 a 25,3 Kg/ m2, para homens e mulheres, respectivamente, Estes nos permitem sugerir o uso de um novo IMC corrigido em detrimento ao IMC tradicional, como forma de suprir e possibilitar uma intervenção nutricional mais adequada. Portanto, este é o primeiro estudo brasileiro que além de questionar a validade do tradicional critério proposto pela WHO para obesidade e analisar a relação entre o IMC e o percentual de gordura, também propõe uma correção para o IMC e novos valores de IMC para classificação de obesidade. |
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