Reconciliação ilusória: compensação de erros por amostragem manual.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: El Hajj, Thammiris Mohamad
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3134/tde-10072014-013353/
Resumo: No contexto da indústria mineral, reconciliação pode ser definida como a prática de comparar a massa e o teor médio de minério previstos pelos modelos geológicos com a massa e o teor gerados na usina de beneficiamento. Esta prática tem se mostrado cada vez mais importante, visto que, quando corretamente executada, aumenta a confiabilidade no planejamento de curto prazo e otimiza as operações de lavra e beneficiamento do minério. No entanto, a utilidade da reconciliação depende da qualidade e confiabilidade dos dados de entrada, gerados por diferentes métodos de amostragem. Uma boa reconciliação pode ser ilusória. Em muitos casos, erros cometidos em determinado ponto do processo são compensados por erros cometidos em outros pontos, resultando em reconciliações excelentes. Entretanto, esse fato mascara os erros do sistema que, mais cedo ou mais tarde, podem se revelar. Frequentemente, os erros de amostragem podem levar a uma análise errônea do sistema de reconciliação, gerando consequências graves à operação, principalmente quando a lavra alcança regiões mais pobres ou mais heterogêneas do depósito. Como uma boa estimativa só é possível com práticas corretas de amostragem, a confiabilidade dos resultados de reconciliação depende da representatividade das amostras que os geraram. Este trabalho analisa as práticas de amostragem manual em uma mina de cobre e ouro em Goiás e propõe um método mais confiável para fins de reconciliação. Os resultados mostram que a reconciliação aparentemente excelente entre mina e usina é ilusória, consequência da compensação de diversos erros devidos às práticas de coleta de amostras para o planejamento de curto prazo.
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