Paulo Rónai, um brasileiro made in Hungary

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Spiry, Zsuzsanna Filomena
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-18112009-154021/
Resumo: Quando, aos 34 anos de idade, Paulo Rónai é forçado a se exilar da Hungria por ser judeu, ele já é um profissional em plena atividade. Doutor em filologia e línguas neolatinas, ele leciona francês e italiano em Budapeste; paralelamente, desempenha intensa atividade tradutória e já desponta na crítica literária. Depois de aprender português sozinho, em 1939 publica uma antologia de poetas brasileiros. Ao chegar ao Brasil, em 1941, salvo dos nazistas graças a um convite do governo de Getúlio Vargas, imediatamente é capaz de dar continuidade à sua atividade profissional. É professor de latim e francês em várias instituições, inclusive no Colégio Pedro II do Rio de Janeiro, onde assume a cátedra de francês. Intensifica sua atividade crítica em jornais de grande circulação e ao longo dos 50 anos que iria viver no país que adota como pátria poucos anos depois de aqui aportar, participa de muitos projetos culturais, como por exemplo, a organização da edição e supervisão da tradução dos 17 volumes de A Comédia Humana de Balzac, a edição póstuma de duas obras de João Guimarães Rosa, para citar alguns. Além de seus livros, entre artigos e resenhas, Rónai publica mais de 1.100 vezes. Visando delinear seu perfil intelectual, pesquisou-se sua produção literária, tanto na Hungria como no Brasil: primeiro em seu acervo particular, e depois nas mais diversas fontes e recursos. A análise do mapeamento resultante estimulou novas pesquisas no sentido de determinar as bases teóricas que fundamentaram a intelectualidade de Paulo Rónai, e o impacto desse arcabouço teórico na caracterização de sua atividade. Concluiu-se que todas as suas facetas de profissional erudito filólogo, humanista, tradutor, lexicógrafo e até mesmo a atividade pedagógica formam um todo coeso e contribuem entre si para enriquecer a função de crítico literário.
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