A vivência materna no contato pele a pele para alívio da dor em prematuros submetidos ao teste do pezinho em unidade neonatal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-04032016-184747/ |
Resumo: | A dor no recém-nascido é um fenômeno complexo, constituído por diferentes estímulos e tipos de dor, que pode envolver várias combinações de receptores e mecanismos do sistema nervoso em desenvolvimento. No Brasil, é direito de cidadania da criança e do adolescente não sentir dor, quando existirem meios de evitá-la. Esse direito também está previsto na Declaração Universal dos Diretos do Prematuro, segundo a qual a dor do prematuro deverá ser sempre considerada, prevenida e tratada por meio dos processos disponibilizados pela ciência atual. Entre as medidas não farmacológicas para o manejo da dor aguda decorrente de procedimentos de apoio ao diagnóstico e terapêuticos, tem-se particular interesse no contato materno pele a pele, por sua comprovada efetividade no alívio da dor em prematuros. Pesquisadores do Grupo de Pesquisa em Enfermagem no Cuidado à Criança e ao Adolescente da EERP-USP, preocupados com a problemática da dor em recém-nascidos a termo e pré-termo e crianças, desenvolveram pesquisas que comprovaram a eficácia deste contato também para o alívio da dor durante a coleta do teste do pezinho. O intuito do grupo, assim como o de outros pesquisadores, é reduzir a lacuna entre o conhecimento produzido e a prática clínica para a avaliação e o manejo da dor em crianças, incentivando a participação materna e da família. A atual motivação reside em investigar a perspectiva materna no processo de alívio da dor aguda do recém-nascido pré-termo mediada pelo contato pele a pele. Assim, o objetivo do presente estudo é analisar os significados atribuídos pela mãe em sua vivência de contato pele a pele com seu filho prematuro para o alívio da dor decorrente da coleta do teste do pezinho em unidade neonatal. Trata-se de estudo descritivo, na abordagem qualitativa, tendo como quadro teórico o cuidado humanizado, integral e centrado na família. Realizou-se a investigação na unidade de cuidado intermediário neonatal do hospital universitário de Ribeirão Preto - SP. Os dados foram coletados mediante entrevista semiestruturada com 15 mães de prematuros. Da análise de conteúdo dos discursos emergiram seis eixos temáticos: Pele a pele mãe e filho gera prazer; Pele a pele tranquiliza e acalma o bebê; Contato materno pele a pele alivia a dor do prematuro; Contato pele a pele insere a mãe no cuidado do filho mesmo durante procedimento doloroso - resgata o papel materno; Desejo de realizar o contato pele a pele durante outros procedimentos com o filho prematuro; e Indicando e incentivando o pele a pele para outras mães. Constata-se que as mães possuem sentimentos positivos reconhecendo que o contato pele a pele com o filho promove alívio da dor, com consequente redução de manifestações comportamentais durante o teste do pezinho. Os significados atribuídos a esta vivência materna corroboram estudos que mostram a redução da reatividade biocomportamental do prematuro em posição canguru, cuja prática deve ser amplamente utilizada para o alívio da dor decorrente de procedimentos dolorosos |
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A vivência materna no contato pele a pele para alívio da dor em prematuros submetidos ao teste do pezinho em unidade neonatalThe experience of mothers in skin-to-skin contact to alleviate pain in preterm infants undergoing the heel prick test in a neonatal unitDorEnfermagem neonatalFamily relationsInfant prematureKangaroo-Mother care MethodMétodo CanguruNeonatal nursingPainPrematuroRelações familiaresA dor no recém-nascido é um fenômeno complexo, constituído por diferentes estímulos e tipos de dor, que pode envolver várias combinações de receptores e mecanismos do sistema nervoso em desenvolvimento. No Brasil, é direito de cidadania da criança e do adolescente não sentir dor, quando existirem meios de evitá-la. Esse direito também está previsto na Declaração Universal dos Diretos do Prematuro, segundo a qual a dor do prematuro deverá ser sempre considerada, prevenida e tratada por meio dos processos disponibilizados pela ciência atual. Entre as medidas não farmacológicas para o manejo da dor aguda decorrente de procedimentos de apoio ao diagnóstico e terapêuticos, tem-se particular interesse no contato materno pele a pele, por sua comprovada efetividade no alívio da dor em prematuros. Pesquisadores do Grupo de Pesquisa em Enfermagem no Cuidado à Criança e ao Adolescente da EERP-USP, preocupados com a problemática da dor em recém-nascidos a termo e pré-termo e crianças, desenvolveram pesquisas que comprovaram a eficácia deste contato também para o alívio da dor durante a coleta do teste do pezinho. O intuito do grupo, assim como o de outros pesquisadores, é reduzir a lacuna entre o conhecimento produzido e a prática clínica para a avaliação e o manejo da dor em crianças, incentivando a participação materna e da família. A atual motivação reside em investigar a perspectiva materna no processo de alívio da dor aguda do recém-nascido pré-termo mediada pelo contato pele a pele. Assim, o objetivo do presente estudo é analisar os significados atribuídos pela mãe em sua vivência de contato pele a pele com seu filho prematuro para o alívio da dor decorrente da coleta do teste do pezinho em unidade neonatal. Trata-se de estudo descritivo, na abordagem qualitativa, tendo como quadro teórico o cuidado humanizado, integral e centrado na família. Realizou-se a investigação na unidade de cuidado intermediário neonatal do hospital universitário de Ribeirão Preto - SP. Os dados foram coletados mediante entrevista semiestruturada com 15 mães de prematuros. Da análise de conteúdo dos discursos emergiram seis eixos temáticos: Pele a pele mãe e filho gera prazer; Pele a pele tranquiliza e acalma o bebê; Contato materno pele a pele alivia a dor do prematuro; Contato pele a pele insere a mãe no cuidado do filho mesmo durante procedimento doloroso - resgata o papel materno; Desejo de realizar o contato pele a pele durante outros procedimentos com o filho prematuro; e Indicando e incentivando o pele a pele para outras mães. Constata-se que as mães possuem sentimentos positivos reconhecendo que o contato pele a pele com o filho promove alívio da dor, com consequente redução de manifestações comportamentais durante o teste do pezinho. Os significados atribuídos a esta vivência materna corroboram estudos que mostram a redução da reatividade biocomportamental do prematuro em posição canguru, cuja prática deve ser amplamente utilizada para o alívio da dor decorrente de procedimentos dolorososPain among newborns is a complex phenomenon composed of different stimuli and types of pain, which may involve various combinations of receptors and mechanisms of the developing nervous system. In Brazil, children and adolescents are entitled not to suffer pain whenever it is avoidable. In addition, there is the Universal Declaration of the Rights of Preterm Infants, in which it is stated that the pain of a premature infant should also taken into account, prevented and treated using processes enabled by current science. Among the non-pharmacological measures used to handle acute pain accruing from procedures that support diagnosis and therapeutic action, there is special interest in skin-to-skin contact with the mother, the effectiveness of which has been proven to alleviate pain among preterm infants. Researchers from the Research Group in Nursing Care Provided to Children and Adolescents at EERP-USP, concerned with pain among at term and preterm infants and children conducted research that proved the efficacy of skin-to-skin contact in the alleviation of pain during the heel prick screening test, among others. They work to reduce the gap between knowledge and clinical practice in regard to assessment and handling pain among children, encouraging the participation of both mother and family. Currently, the motivation is to investigate the maternal perspective of the process of alleviating acute pain in preterm newborns, mediated by skin-to-skin contact. This study\'s objective was to analyze the meanings assigned by mothers to their experience of skin-to-skin contact with their preterm children to alleviate the pain accruing from the heel prick test in a neonatal ward. The theoretical framework of this descriptive study with qualitative approach is integral, humanized and family- centered care. The study was conducted in the neonatal intermediate care unit at the University hospital at Ribeirão Preto, SP, Brazil. Data were collected through semi- structured interviews conducted with 15 mothers of preterm infants after free and informed consent forms were signed. Content analysis was used to analyze data, from which six thematic axes emerged: Mother and child skin-to-skin contact generates pleasure; Skin-to-skin reassures and calms down the baby; Maternal skin- to-skin contact alleviates pain in preterm infants; Skin-to-skin contact included the mother in the care provided to the child even during a painful procedure - redeems the maternal role; Desire to have skin-to-skin contact during other procedures with the preterm child; and Encouraging other mothers to practice skin-to-skin contact. The mothers reported positive feelings, acknowledging that skin-to-skin contact with their children promotes pain relief and that behavioral manifestations decreased during the heel prick test. The meanings assigned to this maternal experience corroborate studies that show reporting reduced biobehavioral reactiveness among preterm infants in the kangaroo position, a practice that should be widely used to alleviate pain accruing from painful proceduresBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPScochi, Carmen Gracinda SilvanSantos, Aline Carolina de Araujo2015-12-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-04032016-184747/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2017-09-04T21:06:18Zoai:teses.usp.br:tde-04032016-184747Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212017-09-04T21:06:18Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A dor no recém-nascido é um fenômeno complexo, constituído por diferentes estímulos e tipos de dor, que pode envolver várias combinações de receptores e mecanismos do sistema nervoso em desenvolvimento. No Brasil, é direito de cidadania da criança e do adolescente não sentir dor, quando existirem meios de evitá-la. Esse direito também está previsto na Declaração Universal dos Diretos do Prematuro, segundo a qual a dor do prematuro deverá ser sempre considerada, prevenida e tratada por meio dos processos disponibilizados pela ciência atual. Entre as medidas não farmacológicas para o manejo da dor aguda decorrente de procedimentos de apoio ao diagnóstico e terapêuticos, tem-se particular interesse no contato materno pele a pele, por sua comprovada efetividade no alívio da dor em prematuros. Pesquisadores do Grupo de Pesquisa em Enfermagem no Cuidado à Criança e ao Adolescente da EERP-USP, preocupados com a problemática da dor em recém-nascidos a termo e pré-termo e crianças, desenvolveram pesquisas que comprovaram a eficácia deste contato também para o alívio da dor durante a coleta do teste do pezinho. O intuito do grupo, assim como o de outros pesquisadores, é reduzir a lacuna entre o conhecimento produzido e a prática clínica para a avaliação e o manejo da dor em crianças, incentivando a participação materna e da família. A atual motivação reside em investigar a perspectiva materna no processo de alívio da dor aguda do recém-nascido pré-termo mediada pelo contato pele a pele. Assim, o objetivo do presente estudo é analisar os significados atribuídos pela mãe em sua vivência de contato pele a pele com seu filho prematuro para o alívio da dor decorrente da coleta do teste do pezinho em unidade neonatal. Trata-se de estudo descritivo, na abordagem qualitativa, tendo como quadro teórico o cuidado humanizado, integral e centrado na família. Realizou-se a investigação na unidade de cuidado intermediário neonatal do hospital universitário de Ribeirão Preto - SP. Os dados foram coletados mediante entrevista semiestruturada com 15 mães de prematuros. Da análise de conteúdo dos discursos emergiram seis eixos temáticos: Pele a pele mãe e filho gera prazer; Pele a pele tranquiliza e acalma o bebê; Contato materno pele a pele alivia a dor do prematuro; Contato pele a pele insere a mãe no cuidado do filho mesmo durante procedimento doloroso - resgata o papel materno; Desejo de realizar o contato pele a pele durante outros procedimentos com o filho prematuro; e Indicando e incentivando o pele a pele para outras mães. Constata-se que as mães possuem sentimentos positivos reconhecendo que o contato pele a pele com o filho promove alívio da dor, com consequente redução de manifestações comportamentais durante o teste do pezinho. Os significados atribuídos a esta vivência materna corroboram estudos que mostram a redução da reatividade biocomportamental do prematuro em posição canguru, cuja prática deve ser amplamente utilizada para o alívio da dor decorrente de procedimentos dolorosos |
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