Manejo de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) em milho, Zea mays L.: bases para avaliação populacional e controle biológico utilizando o parasitóide de ovos Trichogramma atopovirilia Oatman & Platner, 1983 (Hymenoptera:Trichogrammatidae)
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Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-25042007-155956/ |
Resumo: | A presente pesquisa teve como objetivos aprimorar a amostragem de Spodoptera frugiperda através do uso de armadilhas com feromônio sexual, verificar a capacidade de dispersão de Trichogramma atopovirilia como agente de controle biológico desta praga bem como avaliar a atratividade de Amaranthus sp. às fêmeas de T. atopovirilia. Para aprimorar a amostragem de S. frugiperda, os estudos foram conduzidos em dois campos comerciais de produção de milho, sendo um composto de 36,3 ha (denominado de MIP e com 30 pontos de amostragem) e outro de 10 ha (denominado de convencional e com 10 pontos de amostragem). Nestes campos foram instaladas armadilhas com feromônio sexual, distribuídas de forma aleatória e na proporção de 1 armadilha / ha. As avaliações foram realizadas duas vezes por semana durante todo o desenvolvimento das plantas, considerando-se: número de adultos machos coletados pelas armadilhas, injúria dos insetos às plantas, número de posturas e de larvas (pequenas, médias e grandes). O número de adultos coletados nas armadilhas foi correlacionado com os níveis de injúrias, número de posturas e densidade larval. O número de larvas observadas não apresentou diferença entre áreas e pontos de amostragem. A injúria dos insetos às plantas, número de posturas e de larvas pequenas não apresentaram correlação com os adultos capturados pelas armadilhas. Houve correlação significativa entre o número de larvas grandes (4o e 5o ínstares) e o número de plantas apresentando o cartucho furado ou destruído. Não houve correlação da coleta de adultos nas armadilhas com a infestação ou níveis de injúria, demonstrando que as larvas ainda precisam ser contadas para determinar o momento do seu controle. A capacidade de dispersão de T. atopovirilia foi estudada em 3 fases distintas de desenvolvimento das plantas de milho, quando estas possuíam de 4 a 6 folhas, 8 a 10 folhas e pendoamento. Em cada fase foi realizada uma infestação artificial com posturas (até 24 h) de S. frugiperda nas plantas localizadas em distâncias que variaram de 6 a 24 m do ponto de liberação do parasitóide. Logo após esta infestação, foi realizada somente uma liberação de adultos do parasitóide para cada fase da cultura e sempre no período mais fresco do dia (manhã ou entardecer). O parasitismo foi permitido durante até 48 horas quando as posturas eram recolhidas e acondicionadas em câmara climatizada até a emergência dos adultos. Os resultados indicaram que as plantas em suas diferentes fases de desenvolvimento afetaram a capacidade de dispersão dos parasitóides. As posturas localizadas nos pontos mais distantes somente foram atingidas pelos parasitóides durante a fase de desenvolvimento da cultura em que as plantas de milho estavam menores (4 a 6 folhas). Nas outras fases, os índices de parasitismo foram maiores naquelas posturas localizadas mais próximas do ponto de liberação. A atratividade de quatro espécies de Amaranthus (A. retroflexus, A. viridis, A. hybridus e A. spinosus) às fêmeas de T. atopovirilia foram avaliadas utilizando-se olfatômetro Peterson. Estas plantas foram testadas em período de desenvolvimento vegetativo e reprodutivo. Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado com 40 repetições (considerando-se um inseto/ repetição) e cada inseto foi observado durante o tempo máximo de 600 segundos. As espécies mais atrativas foram A. viridis e A. retroflexus, nos estádios vegetativo e reprodutivo, respectivamente. Quando testadas simultaneamente, as espécies de plantas não demonstraram atratividade ao parasitóide. Estes resultados sugerem a viabilidade do uso destas plantas ou seus derivados no manejo de habitats de hospedeiros e aumento de parasitismo em programas de manejo integrado de pragas. |
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Manejo de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) em milho, Zea mays L.: bases para avaliação populacional e controle biológico utilizando o parasitóide de ovos Trichogramma atopovirilia Oatman & Platner, 1983 (Hymenoptera:Trichogrammatidae)Management of Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) on corn, Zea mays L.: basis for populational evaluation and biological control using the egg parasitoid Trichogramma atopovirilia Oatman & Platner, 1983 (Hymenoptera: Trichogrammatidae).amostragemchemical signal.comportamento de forrageamentoforaging behaviorinteração tróficaolfactometerolfatômetrosampling (cross-section)sinais químicos.trophic interactionsA presente pesquisa teve como objetivos aprimorar a amostragem de Spodoptera frugiperda através do uso de armadilhas com feromônio sexual, verificar a capacidade de dispersão de Trichogramma atopovirilia como agente de controle biológico desta praga bem como avaliar a atratividade de Amaranthus sp. às fêmeas de T. atopovirilia. Para aprimorar a amostragem de S. frugiperda, os estudos foram conduzidos em dois campos comerciais de produção de milho, sendo um composto de 36,3 ha (denominado de MIP e com 30 pontos de amostragem) e outro de 10 ha (denominado de convencional e com 10 pontos de amostragem). Nestes campos foram instaladas armadilhas com feromônio sexual, distribuídas de forma aleatória e na proporção de 1 armadilha / ha. As avaliações foram realizadas duas vezes por semana durante todo o desenvolvimento das plantas, considerando-se: número de adultos machos coletados pelas armadilhas, injúria dos insetos às plantas, número de posturas e de larvas (pequenas, médias e grandes). O número de adultos coletados nas armadilhas foi correlacionado com os níveis de injúrias, número de posturas e densidade larval. O número de larvas observadas não apresentou diferença entre áreas e pontos de amostragem. A injúria dos insetos às plantas, número de posturas e de larvas pequenas não apresentaram correlação com os adultos capturados pelas armadilhas. Houve correlação significativa entre o número de larvas grandes (4o e 5o ínstares) e o número de plantas apresentando o cartucho furado ou destruído. Não houve correlação da coleta de adultos nas armadilhas com a infestação ou níveis de injúria, demonstrando que as larvas ainda precisam ser contadas para determinar o momento do seu controle. A capacidade de dispersão de T. atopovirilia foi estudada em 3 fases distintas de desenvolvimento das plantas de milho, quando estas possuíam de 4 a 6 folhas, 8 a 10 folhas e pendoamento. Em cada fase foi realizada uma infestação artificial com posturas (até 24 h) de S. frugiperda nas plantas localizadas em distâncias que variaram de 6 a 24 m do ponto de liberação do parasitóide. Logo após esta infestação, foi realizada somente uma liberação de adultos do parasitóide para cada fase da cultura e sempre no período mais fresco do dia (manhã ou entardecer). O parasitismo foi permitido durante até 48 horas quando as posturas eram recolhidas e acondicionadas em câmara climatizada até a emergência dos adultos. Os resultados indicaram que as plantas em suas diferentes fases de desenvolvimento afetaram a capacidade de dispersão dos parasitóides. As posturas localizadas nos pontos mais distantes somente foram atingidas pelos parasitóides durante a fase de desenvolvimento da cultura em que as plantas de milho estavam menores (4 a 6 folhas). Nas outras fases, os índices de parasitismo foram maiores naquelas posturas localizadas mais próximas do ponto de liberação. A atratividade de quatro espécies de Amaranthus (A. retroflexus, A. viridis, A. hybridus e A. spinosus) às fêmeas de T. atopovirilia foram avaliadas utilizando-se olfatômetro Peterson. Estas plantas foram testadas em período de desenvolvimento vegetativo e reprodutivo. Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado com 40 repetições (considerando-se um inseto/ repetição) e cada inseto foi observado durante o tempo máximo de 600 segundos. As espécies mais atrativas foram A. viridis e A. retroflexus, nos estádios vegetativo e reprodutivo, respectivamente. Quando testadas simultaneamente, as espécies de plantas não demonstraram atratividade ao parasitóide. Estes resultados sugerem a viabilidade do uso destas plantas ou seus derivados no manejo de habitats de hospedeiros e aumento de parasitismo em programas de manejo integrado de pragas.The objectives of this research were the improvement of cross-section Spodoptera frugiperda using pheromone traps to verify the capacity of dispersion of Trichogramma atopovirilia as an agent for biological pest control as well as evaluating the attractiveness of Amaranthus sp. to T. atopovirilia females. To improve cross-section of S. frugiperda, the studies were carried out in two commercial corn field plantations, one made up of 36,3 ha (called MIP and with 30 points of sampling) and another of 10 ha (called conventional and with 10 points of sampling). In these fields pheromone traps were randomly displaced (ratio of 1 trap/ha). The evaluations were realized twice a week during the whole plant development, considering : number of male adults collected by the traps, insect injury to plants, egg masses and larval densities (small, medium and large). The numbers of adults collected were correlated to the insect injury, egg masses and larval density. The larval occurrence did not show difference between areas and sampling points. The injury levels, egg masses and small larva densities did not show correlation to adult caught by traps. There was significant correlation between large larvae (4th and 5th instars) and the number of plants showing whorl holes and/or destroyed ones. There were no correlations observed among adults caught by traps and insect infestation or injury, so demonstrating that larvae should be counted for timing pest control. The capacity of dispersion of T. atopovirilia was studied in 3 distinct phases of corn plant development, when they had 4 to 6 leaves, 8 to 10 leaves and tassel. In each stage was applied an artificial infestation with egg masses (< 24 h) of S. frugiperda on plants located 6 to 24 m from a parasitoid release point. Right after this artificial infestation, was applied only one parasitoid adult release to each distinct corn plant phase , always early in the morning or late in the afternoon. The parasite contamination was allowed during 48 h and then the egg masses were retrieved and taken into a climatic chamber until emerging adulthood. The results showed that plants affected the parasitoid dispersal. The egg masses placed farthest from the release point were parasited only during the 4 to 6-leaf stage. In the others stages, only egg masses next to the release point were parasited. The attractiveness of four species of Amaranthus (A. retroflexus, A. viridis, A. hybridus and A. spinosus) to the females of T. atopovirilia was evaluated by a Petersons olfactometer. These plants were evaluated in both vegetative and reproductive stages. Complete randomized procedure was adopted with 40 replications (considering one insect/replication) and each insect was observed during 600 seconds. The most attractive species were A. viridis and A. retroflexus during vegetative and reproductive stage, respectively. When plants were tested simultaneously, the species did not show attractive properties to the parasitoids. These results suggest the viability of the use of these plants or its derivatives to change host habitat and parasite increase for biological control in integrated pest management.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFernandes, Odair AparecidoCardoso, Alexandre Moraes2004-04-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-25042007-155956/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:59Zoai:teses.usp.br:tde-25042007-155956Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A presente pesquisa teve como objetivos aprimorar a amostragem de Spodoptera frugiperda através do uso de armadilhas com feromônio sexual, verificar a capacidade de dispersão de Trichogramma atopovirilia como agente de controle biológico desta praga bem como avaliar a atratividade de Amaranthus sp. às fêmeas de T. atopovirilia. Para aprimorar a amostragem de S. frugiperda, os estudos foram conduzidos em dois campos comerciais de produção de milho, sendo um composto de 36,3 ha (denominado de MIP e com 30 pontos de amostragem) e outro de 10 ha (denominado de convencional e com 10 pontos de amostragem). Nestes campos foram instaladas armadilhas com feromônio sexual, distribuídas de forma aleatória e na proporção de 1 armadilha / ha. As avaliações foram realizadas duas vezes por semana durante todo o desenvolvimento das plantas, considerando-se: número de adultos machos coletados pelas armadilhas, injúria dos insetos às plantas, número de posturas e de larvas (pequenas, médias e grandes). O número de adultos coletados nas armadilhas foi correlacionado com os níveis de injúrias, número de posturas e densidade larval. O número de larvas observadas não apresentou diferença entre áreas e pontos de amostragem. A injúria dos insetos às plantas, número de posturas e de larvas pequenas não apresentaram correlação com os adultos capturados pelas armadilhas. Houve correlação significativa entre o número de larvas grandes (4o e 5o ínstares) e o número de plantas apresentando o cartucho furado ou destruído. Não houve correlação da coleta de adultos nas armadilhas com a infestação ou níveis de injúria, demonstrando que as larvas ainda precisam ser contadas para determinar o momento do seu controle. A capacidade de dispersão de T. atopovirilia foi estudada em 3 fases distintas de desenvolvimento das plantas de milho, quando estas possuíam de 4 a 6 folhas, 8 a 10 folhas e pendoamento. Em cada fase foi realizada uma infestação artificial com posturas (até 24 h) de S. frugiperda nas plantas localizadas em distâncias que variaram de 6 a 24 m do ponto de liberação do parasitóide. Logo após esta infestação, foi realizada somente uma liberação de adultos do parasitóide para cada fase da cultura e sempre no período mais fresco do dia (manhã ou entardecer). O parasitismo foi permitido durante até 48 horas quando as posturas eram recolhidas e acondicionadas em câmara climatizada até a emergência dos adultos. Os resultados indicaram que as plantas em suas diferentes fases de desenvolvimento afetaram a capacidade de dispersão dos parasitóides. As posturas localizadas nos pontos mais distantes somente foram atingidas pelos parasitóides durante a fase de desenvolvimento da cultura em que as plantas de milho estavam menores (4 a 6 folhas). Nas outras fases, os índices de parasitismo foram maiores naquelas posturas localizadas mais próximas do ponto de liberação. A atratividade de quatro espécies de Amaranthus (A. retroflexus, A. viridis, A. hybridus e A. spinosus) às fêmeas de T. atopovirilia foram avaliadas utilizando-se olfatômetro Peterson. Estas plantas foram testadas em período de desenvolvimento vegetativo e reprodutivo. Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado com 40 repetições (considerando-se um inseto/ repetição) e cada inseto foi observado durante o tempo máximo de 600 segundos. As espécies mais atrativas foram A. viridis e A. retroflexus, nos estádios vegetativo e reprodutivo, respectivamente. Quando testadas simultaneamente, as espécies de plantas não demonstraram atratividade ao parasitóide. Estes resultados sugerem a viabilidade do uso destas plantas ou seus derivados no manejo de habitats de hospedeiros e aumento de parasitismo em programas de manejo integrado de pragas. |
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