Avaliação do efeito dose-resposta do xilitol, associado ou não ao fluoreto, na prevenção da desmineralização erosiva e no reendurecimento do esmalte erodido: estudos in vitro
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-12112021-122408/ |
Resumo: | A erosão dentária é definida como a perda irreversível da estrutura dentária pela ação de ácidos de origem não bacteriana. Diversos agentes, como o fluoreto (F) e o xilitol, podem apresentar efeito protetor, minimizando a desmineralização erosiva da estrutura dentária. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do xilitol, associado ou não ao F, no reendurecimento do esmalte erodido e na prevenção da desmineralização erosiva do esmalte in vitro. Foram realizados dois experimentos distintos. Para cada experimento, espécimes de esmalte bovino foram selecionados pela dureza de superfície (Knoop) e aleatorizados em 8 grupos (n=15), de acordo com as soluções utilizadas para tratamento do esmalte: (1) sem xilitol e sem F (controle); (2) xilitol 5%; (3) xilitol 10%; (4) xilitol 20%; (5) 500 ppm F (NaF); (6) xilitol 5% + 500 ppm F; (7) xilitol 10% + 500 ppm F e (8) xilitol 20% + 500 ppm F. Para a análise do efeito das soluções sobre o reendurecimento do esmalte, os espécimes foram submetidos aos desafios erosivos pela imersão em solução de ácido cítrico a 0,1%, pH 2,5, por 1,5 minuto, 4 vezes, no dia 1. Entre cada desafio, os espécimes foram imersos em saliva artificial por 30 minutos, à temperatura ambiente (TA). Nos dias 2 e 3, os espécimes foram imersos nas soluções de tratamento por 1 minuto e, após, permaneceram em saliva por 30 minutos (TA). Ao final de cada dia, as análises foram realizadas por dureza de superfície. Para a análise do efeito das soluções sobre a prevenção da desmineralização, foi realizada uma ciclagem de pH erosiva por 5 dias. Em cada dia de ciclagem, os espécimes foram tratados com as soluções por 1 minuto, submetidos aos desafios erosivos (4x/dia) e tratados com as soluções novamente. Entre cada desafio, os espécimes foram imersos em saliva por 30 minutos. Ao final do 1º e do 5º dia de ciclagem, as análises foram realizadas por dureza de superfície e por perfilometria de contato, respectivamente. As soluções contendo xilitol 10%, xilitol 10% + 500 ppm F e xilitol 20% + 500 ppm F foram as mais eficazes em promover o reendurecimento do esmalte, diferindo dos demais grupos no 2º dia de tratamento (p<0,05). Todas as soluções reduziram significativamente o amolecimento e o desgaste erosivo do esmalte em relação ao grupo controle (p<0,05), sem diferenças significativas entre si, com exceção das soluções contendo xilitol 10% + 500 ppm F e 500 ppm F que, dentre as soluções testadas, apresentaram o menor e o maior valor de desgaste erosivo, respectivamente. Os resultados mostraram que a solução de xilitol a 10% apresentou melhor potencial para reendurecer o esmalte, independente da presença do F, e melhor efeito anti-erosivo, quando associado ao F. Os resultados sugerem que o xilitol promove o reendurecimento de lesões erosivas e previne a desmineralização erosiva do esmalte in vitro, independente da presença do F. |
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Avaliação do efeito dose-resposta do xilitol, associado ou não ao fluoreto, na prevenção da desmineralização erosiva e no reendurecimento do esmalte erodido: estudos in vitroEvaluation of the dose-response effect of xylitol, associated or not with fluoride, on the prevention of erosive demineralization and on the rehardening of the eroded enamel: in vitro<i/> studiesDental enamelDesmineralização dentáriaErosão dentáriaEsmalte dentárioRemineralização dentáriaTooth demineralizationTooth erosionTooth remineralizationXilitolXylitolA erosão dentária é definida como a perda irreversível da estrutura dentária pela ação de ácidos de origem não bacteriana. Diversos agentes, como o fluoreto (F) e o xilitol, podem apresentar efeito protetor, minimizando a desmineralização erosiva da estrutura dentária. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do xilitol, associado ou não ao F, no reendurecimento do esmalte erodido e na prevenção da desmineralização erosiva do esmalte in vitro. Foram realizados dois experimentos distintos. Para cada experimento, espécimes de esmalte bovino foram selecionados pela dureza de superfície (Knoop) e aleatorizados em 8 grupos (n=15), de acordo com as soluções utilizadas para tratamento do esmalte: (1) sem xilitol e sem F (controle); (2) xilitol 5%; (3) xilitol 10%; (4) xilitol 20%; (5) 500 ppm F (NaF); (6) xilitol 5% + 500 ppm F; (7) xilitol 10% + 500 ppm F e (8) xilitol 20% + 500 ppm F. Para a análise do efeito das soluções sobre o reendurecimento do esmalte, os espécimes foram submetidos aos desafios erosivos pela imersão em solução de ácido cítrico a 0,1%, pH 2,5, por 1,5 minuto, 4 vezes, no dia 1. Entre cada desafio, os espécimes foram imersos em saliva artificial por 30 minutos, à temperatura ambiente (TA). Nos dias 2 e 3, os espécimes foram imersos nas soluções de tratamento por 1 minuto e, após, permaneceram em saliva por 30 minutos (TA). Ao final de cada dia, as análises foram realizadas por dureza de superfície. Para a análise do efeito das soluções sobre a prevenção da desmineralização, foi realizada uma ciclagem de pH erosiva por 5 dias. Em cada dia de ciclagem, os espécimes foram tratados com as soluções por 1 minuto, submetidos aos desafios erosivos (4x/dia) e tratados com as soluções novamente. Entre cada desafio, os espécimes foram imersos em saliva por 30 minutos. Ao final do 1º e do 5º dia de ciclagem, as análises foram realizadas por dureza de superfície e por perfilometria de contato, respectivamente. As soluções contendo xilitol 10%, xilitol 10% + 500 ppm F e xilitol 20% + 500 ppm F foram as mais eficazes em promover o reendurecimento do esmalte, diferindo dos demais grupos no 2º dia de tratamento (p<0,05). Todas as soluções reduziram significativamente o amolecimento e o desgaste erosivo do esmalte em relação ao grupo controle (p<0,05), sem diferenças significativas entre si, com exceção das soluções contendo xilitol 10% + 500 ppm F e 500 ppm F que, dentre as soluções testadas, apresentaram o menor e o maior valor de desgaste erosivo, respectivamente. Os resultados mostraram que a solução de xilitol a 10% apresentou melhor potencial para reendurecer o esmalte, independente da presença do F, e melhor efeito anti-erosivo, quando associado ao F. Os resultados sugerem que o xilitol promove o reendurecimento de lesões erosivas e previne a desmineralização erosiva do esmalte in vitro, independente da presença do F.Dental erosion is defined as the irreversible loss of dental tissue by the action of non-bacterial acids. Several agents, such as fluoride (F) and xylitol, may have a protective effect, minimizing erosive demineralization. Thus, the aim of this study was to evaluate the effect of xylitol, associated or not to F, to reharden eroded enamel and to prevent erosive demineralization of enamel in vitro. Two distinct experiments were conducted. For each experiment, bovine enamel specimens were selected by surface hardness (Knoop) and randomized into 8 groups (n=15), according to the solution used for enamel treatment: (1) without xylitol and without F (control); (2) 5% xylitol; (3) 10% xylitol; (4) 20% xylitol; (5) 500 ppm F (NaF); (6) 5% xylitol + 500 ppm F; (7) 10% xylitol + 500 ppm F and (8) 20% xylitol + 500 ppm F. For the analysis of the effect of the solutions on rehardening, the specimens were submitted to erosive challenges by immersion in 0.1% citric acid solution, pH 2.5, for 1.5 minutes, 4 times on day 1. Between each erosive challenge, the specimens were immersed in artificial saliva for 30 minutes at room temperature (RT). On days 2 and 3, the specimens were immersed in the treatment solutions for 1 minute and then immersed in saliva for 30 minutes (RT). At the end of each day, surface hardness analyses were performed. For analysis of the effect of the solutions on the prevention of demineralization, an erosive pH cycling was performed for 5 days. On each day of pH cycling, the specimens were treated with the solutions for 1 minute, subjected to erosive challenges (4x/day) and treated with the solutions again. Between each challenge, the specimens were immersed in saliva for 30 minutes. At the end of the 1st and 5th pH cycling days, the analyses were performed by surface hardness and contact profilometry, respectively. The solutions containing 10% xylitol, 10% xylitol + 500 ppm F and 20% xylitol + 500 ppm F were the most effective in promoting enamel remineralization, differing from the others groups on the 2nd day of treatment (p<0.05). All solutions significantly reduced enamel softening and erosive wear in comparison to the control group (p<0.05), without significant differences among them, except for the solutions containing 10% xylitol + 500 ppm F and 500 ppm F, which presented the lowest and the highest values of erosive wear, respectively. The results showed that the solution containing 10% xylitol had a better potential to reharden the enamel, regardless of the presence of F, and a better anti-erosion effect, when associated with F. The results suggest that xylitol promotes rehardening of enamel erosive lesions and prevents enamel erosive demineralization in vitro, regardless of the presence of F.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBuzalaf, Marilia Afonso RabeloFideles, Simone Ortiz Moura2021-05-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-12112021-122408/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-02T12:31:02Zoai:teses.usp.br:tde-12112021-122408Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-02T12:31:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A erosão dentária é definida como a perda irreversível da estrutura dentária pela ação de ácidos de origem não bacteriana. Diversos agentes, como o fluoreto (F) e o xilitol, podem apresentar efeito protetor, minimizando a desmineralização erosiva da estrutura dentária. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do xilitol, associado ou não ao F, no reendurecimento do esmalte erodido e na prevenção da desmineralização erosiva do esmalte in vitro. Foram realizados dois experimentos distintos. Para cada experimento, espécimes de esmalte bovino foram selecionados pela dureza de superfície (Knoop) e aleatorizados em 8 grupos (n=15), de acordo com as soluções utilizadas para tratamento do esmalte: (1) sem xilitol e sem F (controle); (2) xilitol 5%; (3) xilitol 10%; (4) xilitol 20%; (5) 500 ppm F (NaF); (6) xilitol 5% + 500 ppm F; (7) xilitol 10% + 500 ppm F e (8) xilitol 20% + 500 ppm F. Para a análise do efeito das soluções sobre o reendurecimento do esmalte, os espécimes foram submetidos aos desafios erosivos pela imersão em solução de ácido cítrico a 0,1%, pH 2,5, por 1,5 minuto, 4 vezes, no dia 1. Entre cada desafio, os espécimes foram imersos em saliva artificial por 30 minutos, à temperatura ambiente (TA). Nos dias 2 e 3, os espécimes foram imersos nas soluções de tratamento por 1 minuto e, após, permaneceram em saliva por 30 minutos (TA). Ao final de cada dia, as análises foram realizadas por dureza de superfície. Para a análise do efeito das soluções sobre a prevenção da desmineralização, foi realizada uma ciclagem de pH erosiva por 5 dias. Em cada dia de ciclagem, os espécimes foram tratados com as soluções por 1 minuto, submetidos aos desafios erosivos (4x/dia) e tratados com as soluções novamente. Entre cada desafio, os espécimes foram imersos em saliva por 30 minutos. Ao final do 1º e do 5º dia de ciclagem, as análises foram realizadas por dureza de superfície e por perfilometria de contato, respectivamente. As soluções contendo xilitol 10%, xilitol 10% + 500 ppm F e xilitol 20% + 500 ppm F foram as mais eficazes em promover o reendurecimento do esmalte, diferindo dos demais grupos no 2º dia de tratamento (p<0,05). Todas as soluções reduziram significativamente o amolecimento e o desgaste erosivo do esmalte em relação ao grupo controle (p<0,05), sem diferenças significativas entre si, com exceção das soluções contendo xilitol 10% + 500 ppm F e 500 ppm F que, dentre as soluções testadas, apresentaram o menor e o maior valor de desgaste erosivo, respectivamente. Os resultados mostraram que a solução de xilitol a 10% apresentou melhor potencial para reendurecer o esmalte, independente da presença do F, e melhor efeito anti-erosivo, quando associado ao F. Os resultados sugerem que o xilitol promove o reendurecimento de lesões erosivas e previne a desmineralização erosiva do esmalte in vitro, independente da presença do F. |
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