A experiência da reconstrução mamária para mulheres com câncer de mama.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-27032012-153340/ |
Resumo: | Este estudo descritivo, com abordagem qualitativa, teve como objetivo compreender como é a experiência da reconstrução mamária na vida de mulheres com câncer de mama. Para obtenção dos dados, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 14 mulheres submetidas à cirurgia para reconstrução mamária e cadastradas em um serviço especializado em reabilitação pós-mastectomia. Para tratamento dos dados, utilizou-se o método de análise temática proposto por Bardin, o qual proporcionou a obtenção de dois temas principais: o primeiro abordou a experiência das mulheres entre o diagnóstico e a realização da cirurgia reconstrutora e agrupou categorias referentes aos sentimentos e às atitudes das mulheres diante do diagnóstico de câncer de mama e como se deu o processo decisório pela reconstrução mamária. No segundo, as categorias estiveram relacionadas à forma como a mulher se vê, depois da reconstrução, e o que a mesma significou em sua vida, como ela percebe seus benefícios e convive com as limitações decorrentes da cirurgia reconstrutora, bem como o papel das diversas redes de apoio em sua trajetória. Neste estudo, dentre outros motivos apontados pelas mulheres na escolha da reconstrução, destacou-se a influência do médico na decisão pela cirurgia. A recuperação da mama devolveu a algumas mulheres sua autoestima e a sensação de estarem completas novamente, ajudou-as a recuperar sua autoimagem e a superar o trauma causado pela doença, proporcionando-lhes, por exemplo, a segurança para manterem ou iniciarem um relacionamento afetivo e sexual com um parceiro. As complicações no pós-operatório desencorajaram as mulheres a finalizarem a cirurgia e provocaram o medo de uma nova perda, as cicatrizes e deformidades na mama causaram insatisfação e a perda da sensibilidade do retalho ocasionou, em alguns casos, comprometimentos na esfera sexual e na percepção da neomama. Observou-se que as redes de apoio às mulheres com câncer se mostraram presentes em todas as fases do adoecer, desde o diagnóstico até a reabilitação. A família, os amigos e o grupo de reabilitação foram as fontes de suporte mais frequentes, e a participação deles mostrou-se fundamental para a reinserção das mulheres na sociedade. Os dados obtidos neste estudo podem oferecer subsídios para a implementação de ações no âmbito do atendimento às mulheres com câncer de mama, as quais devem envolver paciente, família e profissionais de saúde. |
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A experiência da reconstrução mamária para mulheres com câncer de mama.The experience of breast reconstruction for women with breast cancerBreast neoplasmsMammaplastyMamoplastiaNeoplasias da mamaReabilitaçãoRehabilitationSaúde da MulherWomen's healthEste estudo descritivo, com abordagem qualitativa, teve como objetivo compreender como é a experiência da reconstrução mamária na vida de mulheres com câncer de mama. Para obtenção dos dados, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 14 mulheres submetidas à cirurgia para reconstrução mamária e cadastradas em um serviço especializado em reabilitação pós-mastectomia. Para tratamento dos dados, utilizou-se o método de análise temática proposto por Bardin, o qual proporcionou a obtenção de dois temas principais: o primeiro abordou a experiência das mulheres entre o diagnóstico e a realização da cirurgia reconstrutora e agrupou categorias referentes aos sentimentos e às atitudes das mulheres diante do diagnóstico de câncer de mama e como se deu o processo decisório pela reconstrução mamária. No segundo, as categorias estiveram relacionadas à forma como a mulher se vê, depois da reconstrução, e o que a mesma significou em sua vida, como ela percebe seus benefícios e convive com as limitações decorrentes da cirurgia reconstrutora, bem como o papel das diversas redes de apoio em sua trajetória. Neste estudo, dentre outros motivos apontados pelas mulheres na escolha da reconstrução, destacou-se a influência do médico na decisão pela cirurgia. A recuperação da mama devolveu a algumas mulheres sua autoestima e a sensação de estarem completas novamente, ajudou-as a recuperar sua autoimagem e a superar o trauma causado pela doença, proporcionando-lhes, por exemplo, a segurança para manterem ou iniciarem um relacionamento afetivo e sexual com um parceiro. As complicações no pós-operatório desencorajaram as mulheres a finalizarem a cirurgia e provocaram o medo de uma nova perda, as cicatrizes e deformidades na mama causaram insatisfação e a perda da sensibilidade do retalho ocasionou, em alguns casos, comprometimentos na esfera sexual e na percepção da neomama. Observou-se que as redes de apoio às mulheres com câncer se mostraram presentes em todas as fases do adoecer, desde o diagnóstico até a reabilitação. A família, os amigos e o grupo de reabilitação foram as fontes de suporte mais frequentes, e a participação deles mostrou-se fundamental para a reinserção das mulheres na sociedade. Os dados obtidos neste estudo podem oferecer subsídios para a implementação de ações no âmbito do atendimento às mulheres com câncer de mama, as quais devem envolver paciente, família e profissionais de saúde.This descriptive and qualitative study aimed at understanding how is the experience of breast reconstruction in the lives of women with breast cancer. To obtain data, semi-structured interviews with 14 women undergoing surgery for breast reconstruction enrolled in a specialized rehabilitation service post-mastectomy were performed. Data processing was organized using the methodology of thematic analysis proposed by Bardin, which provided the achievement of two main themes: the first showed the experience of women during the period between diagnosis and reconstructive surgery and grouped categories related to feelings and attitudes of women after the diagnosis of breast cancer and how was the decisionmaking process for breast reconstruction. In the second, the categories were related to how the woman sees herself after reconstruction and what it meant in her life, how she realizes its benefits, how she lives with the limitations resulting from reconstructive surgery as well the role of the various support networks in her trajectory. In this study, among other reasons reported by women to choose the reconstruction, it is highlighted the influence of the physician in deciding on doing the surgery. The recovery of the breast helped to build the selfesteem to some women and restore the sense of being whole again; helped them regain their self-image and overcome the trauma caused by the disease which provided, for example, the security to maintain or initiate an affective and sexual relationship with a partner. The postoperative complications discouraged women from doing surgery and caused fear of a new loss; the scars and breast deformities caused dissatisfaction, and the loss of sensation of the areola and nipple caused, in some cases, problems in the sexual sphere and breast awareness. It was observed that the support networks for women with breast cancer assisted them in all stages of illness, from diagnosis to rehabilitation. Family, friends and the rehabilitation group were the most frequent sources of support and their participation proved vital for the reintegration of women in society. The data obtained in this study may provide support for the implementation of actions related to the care of women with breast cancer, which should involve patient, family and health professionals.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPanobianco, Marislei SanchesInocenti, Aline2012-03-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-27032012-153340/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:31Zoai:teses.usp.br:tde-27032012-153340Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:31Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Este estudo descritivo, com abordagem qualitativa, teve como objetivo compreender como é a experiência da reconstrução mamária na vida de mulheres com câncer de mama. Para obtenção dos dados, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 14 mulheres submetidas à cirurgia para reconstrução mamária e cadastradas em um serviço especializado em reabilitação pós-mastectomia. Para tratamento dos dados, utilizou-se o método de análise temática proposto por Bardin, o qual proporcionou a obtenção de dois temas principais: o primeiro abordou a experiência das mulheres entre o diagnóstico e a realização da cirurgia reconstrutora e agrupou categorias referentes aos sentimentos e às atitudes das mulheres diante do diagnóstico de câncer de mama e como se deu o processo decisório pela reconstrução mamária. No segundo, as categorias estiveram relacionadas à forma como a mulher se vê, depois da reconstrução, e o que a mesma significou em sua vida, como ela percebe seus benefícios e convive com as limitações decorrentes da cirurgia reconstrutora, bem como o papel das diversas redes de apoio em sua trajetória. Neste estudo, dentre outros motivos apontados pelas mulheres na escolha da reconstrução, destacou-se a influência do médico na decisão pela cirurgia. A recuperação da mama devolveu a algumas mulheres sua autoestima e a sensação de estarem completas novamente, ajudou-as a recuperar sua autoimagem e a superar o trauma causado pela doença, proporcionando-lhes, por exemplo, a segurança para manterem ou iniciarem um relacionamento afetivo e sexual com um parceiro. As complicações no pós-operatório desencorajaram as mulheres a finalizarem a cirurgia e provocaram o medo de uma nova perda, as cicatrizes e deformidades na mama causaram insatisfação e a perda da sensibilidade do retalho ocasionou, em alguns casos, comprometimentos na esfera sexual e na percepção da neomama. Observou-se que as redes de apoio às mulheres com câncer se mostraram presentes em todas as fases do adoecer, desde o diagnóstico até a reabilitação. A família, os amigos e o grupo de reabilitação foram as fontes de suporte mais frequentes, e a participação deles mostrou-se fundamental para a reinserção das mulheres na sociedade. Os dados obtidos neste estudo podem oferecer subsídios para a implementação de ações no âmbito do atendimento às mulheres com câncer de mama, as quais devem envolver paciente, família e profissionais de saúde. |
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