Avaliação das características demográficas e clínicas de uma coorte de pacientes com diagnóstico de hepatite C crônica em um serviço de referência no Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Matos, Maria Laura Mariano de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-11112021-140625/
Resumo: Introdução: A hepatite C crônica tem sido considerada doença de grande impacto em saúde pública, devido às altas taxas de morbimortalidade a ela associadas assim como aos elevados custos associados às suas complicações hepáticas ou extra-hepáticas. Várias estratégias de enfrentamento dessa doença têm sido propostas, com foco na prevenção, diagnóstico precoce e tratamento eficaz. As elevadas taxas de resposta virológica sustentada com os antivirais de ação direta trouxeram o conceito de potencial de eliminação do VHC pelo tratamento. Objetivo: descrever o perfil demográfico e clínico de uma coorte de pacientes com hepatite C crônica acompanhados em um serviço de complexidade terciária do Brasil e analisar: a prevalência de comorbidades e manifestações extra-hepáticas (MEH) a ela associadas; o grau de complexidade clínica dos casos analisados; a associação entre doença hepática avançada e algumas variáveis demográficas e clínicas; a associação entre presença de complexidade clínica e algumas variáveis selecionadas. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal retrospectivo, de uma coorte de pacientes com hepatite C crônica, com idade acima de 18 anos, atendidos no ambulatório de doenças infecciosas de um serviço de referência terciário do Brasil, no período de janeiro de 2014 a outubro de 2016. Os dados analisados foram obtidos por meio de um banco de dados estruturado da instituição, criado para esse fim. As variáveis demográficas e epidemiológicas analisadas foram idade, etnia, gênero, mecanismos de exposição e hábitos de vida. As variáveis clínicas analisadas foram genótipo e grau de fibrose hepática. As MEH, as comorbidades e algumas coinfecções também foram analisadas. A complexidade dos pacientes foi definida pela presença de pelo menos uma das seguintes condições: Presença de fibrose hepática avançada (Metavir F3 ou F4); diagnóstico de hepatocarcinoma (HCC); presença de 3 ou mais comorbidades associadas ou não ao VHC e/ou MEH. As características qualitativas foram descritas por meio do uso de frequências absolutas e relativas e as idades e número de comorbidades foram descritas por meio do uso de medidas resumo (média, desvio padrão, mediana, mínimo e máximo). As MEH e as comorbidades associadas e não associadas ao VHC que se apresentaram com frequência acima de 1% na análise descritiva foram incluídas na análise bivariada. Foi investigada a existência de associação com fibrose hepática avançada e complexidade clínica por meio do uso de testes qui-quadrado ou testes exatos (teste exato de Fisher ou teste da razão de verossimilhanças). Foram estimados modelos de regressão logística múltipla com método de seleção stepwise backward para fibrose avançada e complexidade, selecionando-se as variáveis que nos testes bivariados apresentaram níveis de significância inferiores a 0,20 (p < 0,20) mantendo-se nos modelos finais apenas as variáveis com nível de significância inferior a 0,05 (p < 0,05). Para realização das análises foi utilizado o software IBM-SPSS for Windows versão 22.0 e para tabulação dos dados foi utilizado o software Microsoft Excel 2003. Resultados: 1574 pacientes foram incluídos. Entre eles, 401 (25,4%) não apresentavam nenhuma comorbidade ou MEH no momento do estudo. MEH, comorbidades associadas e não associadas ao VHC foram identificadas em 123 (7,83%), 574 (36,4%) e 916 (58,2%) pacientes respectivamente. Entre as MEH destacou-se a artrite reumatóide, sendo observada em 33 casos (2,09%). Entre as comorbidades associadas ao VHC destacaram-se a síndrome metabólica (n = 161; 10,2%), DM (n = 130; 8,3%) e depressão (n = 147; 9,3%). Dentre as comorbidades não associadas ao VHC destacaram-se as afecções cardiovasculares (n = 662; 42,1%), psiquiátricas (n = 78; 5%) e neurológicas (n = 66; 4,2%). Apenas 674 (42,8%) pacientes foram considerados complexos. Entre estes, 22,2% e 1,8% apresentavam cirrose hepática e HCC, respectivamente. Pela análise de regressão logística, estiveram independentemente associados à presença de fibrose hepática avançada: gênero masculino (p = 0,003), idade > 40 anos (p < 0,001), número de comorbidades (p < 0,001) e depressão (p = 0,010). Somente idade > 40 anos esteve associada à presença de complexidade clínica por meio de análise multivariada. Conclusões: Neste estudo, a presença de MEH e comorbidades associadas ou não ao VHC foi alta. Apesar disso, menos da metade dos pacientes foi considerada complexa. Acreditamos que as informações aqui descritas: Reforçam a necessidade de um plano de eliminação dessa doença em nível nacional, levando-se em consideração as altas taxas de RVS e a alta morbidade a ela associada no que tange às suas complicações clínicas a médio e longo prazo, na ausência de tratamento específico; Reforçam a necessidade de um delineamento das estratégias de atendimento aos pacientes com diagnóstico de hepatite C, no âmbito do SUS, levando-se em consideração as diferentes necessidades desses pacientes e seus graus de complexidade
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spelling Avaliação das características demográficas e clínicas de uma coorte de pacientes com diagnóstico de hepatite C crônica em um serviço de referência no Estado de São PauloEvaluation of demographic and clinical characteristics of a cohort of patients diagnosed with chronic hepatitis C at a referral service in the State of São PauloAtenção terciária à saúdeComplexidadeComplexityHepatite CHepatitis CTertiary health careIntrodução: A hepatite C crônica tem sido considerada doença de grande impacto em saúde pública, devido às altas taxas de morbimortalidade a ela associadas assim como aos elevados custos associados às suas complicações hepáticas ou extra-hepáticas. Várias estratégias de enfrentamento dessa doença têm sido propostas, com foco na prevenção, diagnóstico precoce e tratamento eficaz. As elevadas taxas de resposta virológica sustentada com os antivirais de ação direta trouxeram o conceito de potencial de eliminação do VHC pelo tratamento. Objetivo: descrever o perfil demográfico e clínico de uma coorte de pacientes com hepatite C crônica acompanhados em um serviço de complexidade terciária do Brasil e analisar: a prevalência de comorbidades e manifestações extra-hepáticas (MEH) a ela associadas; o grau de complexidade clínica dos casos analisados; a associação entre doença hepática avançada e algumas variáveis demográficas e clínicas; a associação entre presença de complexidade clínica e algumas variáveis selecionadas. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal retrospectivo, de uma coorte de pacientes com hepatite C crônica, com idade acima de 18 anos, atendidos no ambulatório de doenças infecciosas de um serviço de referência terciário do Brasil, no período de janeiro de 2014 a outubro de 2016. Os dados analisados foram obtidos por meio de um banco de dados estruturado da instituição, criado para esse fim. As variáveis demográficas e epidemiológicas analisadas foram idade, etnia, gênero, mecanismos de exposição e hábitos de vida. As variáveis clínicas analisadas foram genótipo e grau de fibrose hepática. As MEH, as comorbidades e algumas coinfecções também foram analisadas. A complexidade dos pacientes foi definida pela presença de pelo menos uma das seguintes condições: Presença de fibrose hepática avançada (Metavir F3 ou F4); diagnóstico de hepatocarcinoma (HCC); presença de 3 ou mais comorbidades associadas ou não ao VHC e/ou MEH. As características qualitativas foram descritas por meio do uso de frequências absolutas e relativas e as idades e número de comorbidades foram descritas por meio do uso de medidas resumo (média, desvio padrão, mediana, mínimo e máximo). As MEH e as comorbidades associadas e não associadas ao VHC que se apresentaram com frequência acima de 1% na análise descritiva foram incluídas na análise bivariada. Foi investigada a existência de associação com fibrose hepática avançada e complexidade clínica por meio do uso de testes qui-quadrado ou testes exatos (teste exato de Fisher ou teste da razão de verossimilhanças). Foram estimados modelos de regressão logística múltipla com método de seleção stepwise backward para fibrose avançada e complexidade, selecionando-se as variáveis que nos testes bivariados apresentaram níveis de significância inferiores a 0,20 (p < 0,20) mantendo-se nos modelos finais apenas as variáveis com nível de significância inferior a 0,05 (p < 0,05). Para realização das análises foi utilizado o software IBM-SPSS for Windows versão 22.0 e para tabulação dos dados foi utilizado o software Microsoft Excel 2003. Resultados: 1574 pacientes foram incluídos. Entre eles, 401 (25,4%) não apresentavam nenhuma comorbidade ou MEH no momento do estudo. MEH, comorbidades associadas e não associadas ao VHC foram identificadas em 123 (7,83%), 574 (36,4%) e 916 (58,2%) pacientes respectivamente. Entre as MEH destacou-se a artrite reumatóide, sendo observada em 33 casos (2,09%). Entre as comorbidades associadas ao VHC destacaram-se a síndrome metabólica (n = 161; 10,2%), DM (n = 130; 8,3%) e depressão (n = 147; 9,3%). Dentre as comorbidades não associadas ao VHC destacaram-se as afecções cardiovasculares (n = 662; 42,1%), psiquiátricas (n = 78; 5%) e neurológicas (n = 66; 4,2%). Apenas 674 (42,8%) pacientes foram considerados complexos. Entre estes, 22,2% e 1,8% apresentavam cirrose hepática e HCC, respectivamente. Pela análise de regressão logística, estiveram independentemente associados à presença de fibrose hepática avançada: gênero masculino (p = 0,003), idade > 40 anos (p < 0,001), número de comorbidades (p < 0,001) e depressão (p = 0,010). Somente idade > 40 anos esteve associada à presença de complexidade clínica por meio de análise multivariada. Conclusões: Neste estudo, a presença de MEH e comorbidades associadas ou não ao VHC foi alta. Apesar disso, menos da metade dos pacientes foi considerada complexa. Acreditamos que as informações aqui descritas: Reforçam a necessidade de um plano de eliminação dessa doença em nível nacional, levando-se em consideração as altas taxas de RVS e a alta morbidade a ela associada no que tange às suas complicações clínicas a médio e longo prazo, na ausência de tratamento específico; Reforçam a necessidade de um delineamento das estratégias de atendimento aos pacientes com diagnóstico de hepatite C, no âmbito do SUS, levando-se em consideração as diferentes necessidades desses pacientes e seus graus de complexidadeIntroduction: Chronic hepatitis C virus infection has been considered a disease of great impact on public health due to the high rates of mortality and morbidity associated with it, as well as the high costs associated with the management of its hepatic and extrahepatic complications. Several strategies to deal with this disease have been proposed focusing on prevention, early diagnosis and effective treatment. Direct-acting antivirals (DAA) modified the natural history of hepatitis C, offering the possibility of viral elimination through treatment due to their high rates of sustained virological responses. Objectives: Our objective was to describe the demographic and clinical profile of a cohort of patients with chronic hepatitis C treated at a tertiary center in Brazil and analyze: 1-the prevalence of comorbidities and extrahepatic manifestations (EHM) associated with the infection; 2-the degree of clinical complexity of the cases analyzed; 3-the associations between advanced liver disease and demographic and clinical variables; 4- the association between clinical complexity and additional variables. Material and methods: This is a retrospective, cross-sectional observational study of a cohort of patients with chronic hepatitis C, aged over 18 years, treated at a tertiary reference service of infectious disease in Brazil, between January 2014 and October 2016. Data were collected from medical records and compiled in a structured database. We analyzed demographic and epidemiological variables: age, ethnicity, gender, exposure mechanisms and lifestyle habits. The clinical variables related to HCV were genotype and degree of liver fibrosis. Extrahepatic manifestations, comorbidities and coinfections were also analyzed. Complexity was defined by one the three conditions described as follows: 1-presence of advanced liver fibrosis (Metavir score F3 or F4); 2-presence of hepatocarcinoma; 3-presence of 3 or more comorbidities, whether or not directly associated with HCV and/or extrahepatic manifestations. We initially conducted an analysis of the frequency distribution for each selected variable. The qualitative characteristics of the patients were described using absolute and relative frequencies and the age and number of comorbidities were described using summary measures (mean, standard deviation, median, minimum and maximum). Extrahepatic manifestations and comorbidities that comprised more than one percent of the total number of reported extrahepatic manifestations and comorbidities were included in the bivariate analysis. The association between advanced liver fibrosis and clinical complexity was studied through chi-square tests or exact tests (Fisher´s exact tests ou likelihood ratio test). Two tailed p-values were calculated and considered statistically significant if < 0.05. Variables with p values less than 0.20 on bivariate analysis were selected for multivariate analysis. Multiple logistic regression analysis was performed to examine the association of variables with advanced liver disease and complexity. Statistical analyses were performed using the IBM-SPSS for Windows version 22.0 software. Results: 1574 patients were analyzed. Among all patients, 401 (25,4%) did not have any comorbidity or extrahepatic manifestation. Extrahepatic manifestations and comorbidities either associated with or independent of HCV were found in 123 (7,83%), 574 (36,4%) and 916 (58,2%) patients, respectively. Rheumatoid arthritis was the most prevalent EHM, with 33 cases (2,09%). Metabolic syndrome, diabetes mellitus and depression were the most prevalent comorbidities associated with HCV, 161 (10,2%), 130 (8,3%) and 147 (9,3%) respectively. Cardiovascular, psychiatric and neurological conditions were the most prevalent comorbidities not associated with HCV, 662 (42,1%), 78 (5%) and 66 (4,2%), respectively. Only 674 (42.8%) patients were considered clinically complex. Among these, 22.2% had liver cirrhosis and 1.8% had hepatocarcinoma. According to multivariate analysis, male gender (p = 0.003), age> 40 years (p < 0.001), number of comorbidities (p < 0.001) and depression (p = 0.010) were independently associated with the presence of advanced liver fibrosis. Only age > 40 years was associated with the presence of clinical complexity according to multivariate analysis. Conclusions: The presence of EHM and comorbidities associated with independent of HCV infection was high. Despite this, less than half of the patients treated, at this tertiary service were considered to be clinically complex. In conclusion, our findings reinforce:1-the necessity of a plan of elimination of HCV at a national level taking into account the high SVR and high morbidity associated with its complications without specific treatment; 2-the need for an improved delineation of patient care strategies with HCV in SUS, considering the heterogenicity of cases and their complexityBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCorrêa, Maria Cassia Jacintho MendesMatos, Maria Laura Mariano de2021-08-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-11112021-140625/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-11-11T16:25:02Zoai:teses.usp.br:tde-11112021-140625Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-11-11T16:25:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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Objetivo: descrever o perfil demográfico e clínico de uma coorte de pacientes com hepatite C crônica acompanhados em um serviço de complexidade terciária do Brasil e analisar: a prevalência de comorbidades e manifestações extra-hepáticas (MEH) a ela associadas; o grau de complexidade clínica dos casos analisados; a associação entre doença hepática avançada e algumas variáveis demográficas e clínicas; a associação entre presença de complexidade clínica e algumas variáveis selecionadas. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal retrospectivo, de uma coorte de pacientes com hepatite C crônica, com idade acima de 18 anos, atendidos no ambulatório de doenças infecciosas de um serviço de referência terciário do Brasil, no período de janeiro de 2014 a outubro de 2016. Os dados analisados foram obtidos por meio de um banco de dados estruturado da instituição, criado para esse fim. As variáveis demográficas e epidemiológicas analisadas foram idade, etnia, gênero, mecanismos de exposição e hábitos de vida. As variáveis clínicas analisadas foram genótipo e grau de fibrose hepática. As MEH, as comorbidades e algumas coinfecções também foram analisadas. A complexidade dos pacientes foi definida pela presença de pelo menos uma das seguintes condições: Presença de fibrose hepática avançada (Metavir F3 ou F4); diagnóstico de hepatocarcinoma (HCC); presença de 3 ou mais comorbidades associadas ou não ao VHC e/ou MEH. As características qualitativas foram descritas por meio do uso de frequências absolutas e relativas e as idades e número de comorbidades foram descritas por meio do uso de medidas resumo (média, desvio padrão, mediana, mínimo e máximo). As MEH e as comorbidades associadas e não associadas ao VHC que se apresentaram com frequência acima de 1% na análise descritiva foram incluídas na análise bivariada. Foi investigada a existência de associação com fibrose hepática avançada e complexidade clínica por meio do uso de testes qui-quadrado ou testes exatos (teste exato de Fisher ou teste da razão de verossimilhanças). Foram estimados modelos de regressão logística múltipla com método de seleção stepwise backward para fibrose avançada e complexidade, selecionando-se as variáveis que nos testes bivariados apresentaram níveis de significância inferiores a 0,20 (p < 0,20) mantendo-se nos modelos finais apenas as variáveis com nível de significância inferior a 0,05 (p < 0,05). Para realização das análises foi utilizado o software IBM-SPSS for Windows versão 22.0 e para tabulação dos dados foi utilizado o software Microsoft Excel 2003. Resultados: 1574 pacientes foram incluídos. Entre eles, 401 (25,4%) não apresentavam nenhuma comorbidade ou MEH no momento do estudo. 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Somente idade > 40 anos esteve associada à presença de complexidade clínica por meio de análise multivariada. Conclusões: Neste estudo, a presença de MEH e comorbidades associadas ou não ao VHC foi alta. Apesar disso, menos da metade dos pacientes foi considerada complexa. Acreditamos que as informações aqui descritas: Reforçam a necessidade de um plano de eliminação dessa doença em nível nacional, levando-se em consideração as altas taxas de RVS e a alta morbidade a ela associada no que tange às suas complicações clínicas a médio e longo prazo, na ausência de tratamento específico; Reforçam a necessidade de um delineamento das estratégias de atendimento aos pacientes com diagnóstico de hepatite C, no âmbito do SUS, levando-se em consideração as diferentes necessidades desses pacientes e seus graus de complexidade
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