Contribuição das coortes de nascimento de Ribeirão Preto para o estudo do risco para apneia obstrutiva do sono no adulto
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17140/tde-06122021-144708/ |
Resumo: | Introdução: a Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é caracterizada por episódios recorrentes de obstrução da via aérea superior, aumento do esforço respiratório e despertares. Neste trabalho temos como objetivo avaliar a relação entre o risco para AOS no adulto com sonolência excessiva, pressão arterial, condições clínicas preexistentes, variáveis perinatais e hábitos de sucção não nutritivos na infância. População e métodos: foram realizados dois estudos, um transversal e outro longitudinal. O primeiro consistiu na avaliação dos indivíduos nascidos na cidade de Ribeirão Preto nos anos de 1978/79 quanto ao risco para AOS (STOP-BANG), qualidade de sono (Índice de qualidade de sono de Pittsburgh), sonolência excessiva (Escala de Sonolência de Epworth) e condições clínicas associadas. O segundo estudo consistiu na avaliação dos indivíduos nascidos na cidade de Ribeirão Preto no ano de 1994 quanto a relação entre amamentação, alimentação, uso de chupeta, mamadeira, sucção digital e o risco para AOS no adulto. Resultados: no estudo transversal foram avaliados 1775 indivíduos. Quando comparamos o grupo de alto risco para AOS com o grupo de baixo risco, observamos para qualidade do sono uma razão de prevalências (RP) de 1,42 (Intervalo de confiança (IC) de 95%= 1,244 - 1,620) e para sonolência excessiva uma RP de 1,50 (IC 95%= 1,289 - 1,754). Os valores da pressão arterial sistólica e diastólica (média±DP) em 24 horas observados no grupo de baixo risco para AOS foi de 116,13±9,71 e 75,18±8,87 mmHg; risco intermediário de 121,81± 1,11 e 77,81±9,32 mmHg e alto risco de 122,03±10,83 e 79,8±9,94 mmHg. Quando comparamos os indivíduos dos grupos de risco intermediário e alto para AOS com o grupo de risco baixo temos uma RP para Hipertensão de 4,053 (IC 95%= 3,466 - 4,74), para Obesidade de 2,619 (IC 95%= 2,194 - 3,126) e para Asma de 1,628 (IC 95%= 1,345 - 1,97). No estudo longitudinal foram avaliados 330 indivíduos. Foi descrito uma menor idade para introdução de alimento semissólido no grupo de risco baixo em comparação com os grupos de risco intermediário a alto, (média±DP) 4,7±1,4 e 5,3±1,9 meses. Conclusão: o maior risco para AOS está associado a pior qualidade do sono, maior sonolência excessiva e níveis mais elevados de pressão arterial quando comparados com aqueles de risco baixo. Observamos uma associação entre o maior risco para AOS com Hipertensão, Obesidade e Asma. E a introdução de alimentos semissólidos é mais precoce nos indivíduos com risco intermediário a elevado para AOS. |
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Contribuição das coortes de nascimento de Ribeirão Preto para o estudo do risco para apneia obstrutiva do sono no adultoContribution of the Ribeirão Preto birth cohorts to the study of obstructive sleep apnea risk in adultsAmamentaçãoApneia do sonoApneia obstrutiva do sonoBirth cohortsBlood pressureBreastfeedingCoortes de nascimentoExcessive sleepinessHábitos de sucção não nutritivosNon-nutritive habitsObstructive sleep apneaPressão arterialQualidade do sonoQuality of sleepSleepSleep apneaSonoSonolência excessivaIntrodução: a Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é caracterizada por episódios recorrentes de obstrução da via aérea superior, aumento do esforço respiratório e despertares. Neste trabalho temos como objetivo avaliar a relação entre o risco para AOS no adulto com sonolência excessiva, pressão arterial, condições clínicas preexistentes, variáveis perinatais e hábitos de sucção não nutritivos na infância. População e métodos: foram realizados dois estudos, um transversal e outro longitudinal. O primeiro consistiu na avaliação dos indivíduos nascidos na cidade de Ribeirão Preto nos anos de 1978/79 quanto ao risco para AOS (STOP-BANG), qualidade de sono (Índice de qualidade de sono de Pittsburgh), sonolência excessiva (Escala de Sonolência de Epworth) e condições clínicas associadas. O segundo estudo consistiu na avaliação dos indivíduos nascidos na cidade de Ribeirão Preto no ano de 1994 quanto a relação entre amamentação, alimentação, uso de chupeta, mamadeira, sucção digital e o risco para AOS no adulto. Resultados: no estudo transversal foram avaliados 1775 indivíduos. Quando comparamos o grupo de alto risco para AOS com o grupo de baixo risco, observamos para qualidade do sono uma razão de prevalências (RP) de 1,42 (Intervalo de confiança (IC) de 95%= 1,244 - 1,620) e para sonolência excessiva uma RP de 1,50 (IC 95%= 1,289 - 1,754). Os valores da pressão arterial sistólica e diastólica (média±DP) em 24 horas observados no grupo de baixo risco para AOS foi de 116,13±9,71 e 75,18±8,87 mmHg; risco intermediário de 121,81± 1,11 e 77,81±9,32 mmHg e alto risco de 122,03±10,83 e 79,8±9,94 mmHg. Quando comparamos os indivíduos dos grupos de risco intermediário e alto para AOS com o grupo de risco baixo temos uma RP para Hipertensão de 4,053 (IC 95%= 3,466 - 4,74), para Obesidade de 2,619 (IC 95%= 2,194 - 3,126) e para Asma de 1,628 (IC 95%= 1,345 - 1,97). No estudo longitudinal foram avaliados 330 indivíduos. Foi descrito uma menor idade para introdução de alimento semissólido no grupo de risco baixo em comparação com os grupos de risco intermediário a alto, (média±DP) 4,7±1,4 e 5,3±1,9 meses. Conclusão: o maior risco para AOS está associado a pior qualidade do sono, maior sonolência excessiva e níveis mais elevados de pressão arterial quando comparados com aqueles de risco baixo. Observamos uma associação entre o maior risco para AOS com Hipertensão, Obesidade e Asma. E a introdução de alimentos semissólidos é mais precoce nos indivíduos com risco intermediário a elevado para AOS.Introduction: Obstructive Sleep Apnea (OSA) is characterized by recurrent episodes of upper airway obstruction, increased respiratory effort, and awakening. In this work, we aim to evaluate the relationship between the risk of OSA in adults with excessive sleepiness, blood pressure, pre-existing clinical conditions, perinatal variables, and non-nutritive sucking habits in childhood. Population and methods: two studies were carried out, one transversal and the other longitudinal. The first consisted of evaluating individuals born in the city of Ribeirão Preto in the years 1978/79 regarding the risk of OSA (STOP-BANG), sleep quality (Pittsburgh sleep quality index), excessive sleepiness (Epworth Sleepiness Scale), and associated clinical conditions. The second study consisted of assessing individuals born in the city of Ribeirão Preto in 1994 concerning the relationship between breastfeeding, food, use of pacifiers, baby bottles, digital sucking, and the risk of OSA in adults. Results: in the crosssectional study, 1775 individuals were evaluated. When comparing the high-risk group for OSA with the low-risk group, we observed for sleep quality a Prevalence Ratio (PR) of 1.42 (95% confidence interval (CI) = 1.244 - 1.620) and for excessive sleepiness a PR of 1.50 (95% CI = 1.289 - 1.754). The values of systolic and diastolic blood pressure (mean ± SD) in 24 hours observed in the low-risk group for OSA were 116.13 ± 9.71 and 75.18 ± 8.87 mmHg; intermediaterisk of 121.81 ± 1.11 and 77.81 ± 9.32 mmHg and high risk of 122.03 ± 10.83 and 79.8 ± 9.94 mmHg. When comparing individuals in the intermediate and high-risk groups for OSA with the low-risk group, we have a PR for hypertension of 4.053 (95% CI = 3.466 - 4.74), for Obesity of 2.619 (95% CI = 2.194 - 3.126 ), and for Asthma of 1.628 (95% CI = 1.345 - 1.97). In the longitudinal study, 330 individuals were evaluated. A lower age for introducing semisolid food was described in the low-risk group compared to the intermediate to high-risk groups (mean ± SD), 4.7 ± 1.4 and 5.3 ± 1.9 months. Conclusion: the highest risk for OSA is associated with poorer quality of sleep, greater excessive sleepiness, and higher levels of blood pressure compared to those at low risk. We observed an association between the highest risk for OSA with Hypertension, Obesity, and Asthma. The introduction of semisolid foods is earlier in individuals at intermediate to high risk for OSA.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPÉckeli, Álan LuizFranco, Aline Marques2021-09-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17140/tde-06122021-144708/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-01-10T13:37:02Zoai:teses.usp.br:tde-06122021-144708Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-01-10T13:37:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Introdução: a Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é caracterizada por episódios recorrentes de obstrução da via aérea superior, aumento do esforço respiratório e despertares. Neste trabalho temos como objetivo avaliar a relação entre o risco para AOS no adulto com sonolência excessiva, pressão arterial, condições clínicas preexistentes, variáveis perinatais e hábitos de sucção não nutritivos na infância. População e métodos: foram realizados dois estudos, um transversal e outro longitudinal. O primeiro consistiu na avaliação dos indivíduos nascidos na cidade de Ribeirão Preto nos anos de 1978/79 quanto ao risco para AOS (STOP-BANG), qualidade de sono (Índice de qualidade de sono de Pittsburgh), sonolência excessiva (Escala de Sonolência de Epworth) e condições clínicas associadas. O segundo estudo consistiu na avaliação dos indivíduos nascidos na cidade de Ribeirão Preto no ano de 1994 quanto a relação entre amamentação, alimentação, uso de chupeta, mamadeira, sucção digital e o risco para AOS no adulto. Resultados: no estudo transversal foram avaliados 1775 indivíduos. Quando comparamos o grupo de alto risco para AOS com o grupo de baixo risco, observamos para qualidade do sono uma razão de prevalências (RP) de 1,42 (Intervalo de confiança (IC) de 95%= 1,244 - 1,620) e para sonolência excessiva uma RP de 1,50 (IC 95%= 1,289 - 1,754). Os valores da pressão arterial sistólica e diastólica (média±DP) em 24 horas observados no grupo de baixo risco para AOS foi de 116,13±9,71 e 75,18±8,87 mmHg; risco intermediário de 121,81± 1,11 e 77,81±9,32 mmHg e alto risco de 122,03±10,83 e 79,8±9,94 mmHg. Quando comparamos os indivíduos dos grupos de risco intermediário e alto para AOS com o grupo de risco baixo temos uma RP para Hipertensão de 4,053 (IC 95%= 3,466 - 4,74), para Obesidade de 2,619 (IC 95%= 2,194 - 3,126) e para Asma de 1,628 (IC 95%= 1,345 - 1,97). No estudo longitudinal foram avaliados 330 indivíduos. Foi descrito uma menor idade para introdução de alimento semissólido no grupo de risco baixo em comparação com os grupos de risco intermediário a alto, (média±DP) 4,7±1,4 e 5,3±1,9 meses. Conclusão: o maior risco para AOS está associado a pior qualidade do sono, maior sonolência excessiva e níveis mais elevados de pressão arterial quando comparados com aqueles de risco baixo. Observamos uma associação entre o maior risco para AOS com Hipertensão, Obesidade e Asma. E a introdução de alimentos semissólidos é mais precoce nos indivíduos com risco intermediário a elevado para AOS. |
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