Estudo do enriquecimento ambiental na modulação epigenética e no consumo voluntário de etanol associado ao estresse crônico imprevisível.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42136/tde-30092020-115555/ |
Resumo: | O enriquecimento ambiental (EA) consiste de uma condição ambiental caracterizada por contato social, novidade e complexidade no ambiente e exercício voluntário. O fortalecimento da conectividade sináptica e neuronal trazido pelo enriquecimento ajuda na explicação de como o EA pode tornar o encéfalo mais resiliente diante da exposição a situações aversivas no futuro, como por exemplo a fatores estressores severos, por meio de aumentos na expressão de BDNF. Diante disso este trabalho avaliou os efeitos do EA sobre a regulação epigenética do Bdnf, o comportamento tipo ansioso, a resposta bioquímica e consumo voluntário de etanol em animais C57/BL expostos ao ambiente enriquecido e ao estresse crônico imprevisível (EI). O ambiente enriquecido per se foi capaz de alterar a expressão gênica de éxons relacionados a expressão do BDNF. Quando o efeito do EA foi testado frente ao EI, os animais enriquecidos exibiram comportamento do tipo ansioso e maior concentração de corticosterona com relação aos não enriquecidos (NE). Ainda, o EI foi capaz de aumentar as concentrações de corticosterona, independente da habitação. Com relação ao consumo de etanol, animais EA expostos ao EI apresentaram maior consumo de etanol durante o estresse e após períodos de privação, revelando uma relação entre a privação e a busca pela droga e um efeito potencializador do EA sobre o consumo de etanol quando associado ao EI. Os achados deste trabalho abrem uma interpretação diferente do padrão comum na literatura com relação aos efeitos do EA frente ao consumo de drogas somente como um fator protetor. Portanto, o tipo e a intensidade do protocolo de estresse num contexto de consumo de etanol constitui um fator determinante sobre a interação do EA com o comportamento e o consumo da droga. |
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Estudo do enriquecimento ambiental na modulação epigenética e no consumo voluntário de etanol associado ao estresse crônico imprevisível.Environmental enrichment effects on epigenetic modulation and voluntary ethanol consumption associated to a chronic unpredictable stress model.Chronic unpredictable stress (CUS)Enriquecimento ambiental (EA)Environmental enrichment (EE)Estresse crônico imprevisível (EI)EtanolEthanolO enriquecimento ambiental (EA) consiste de uma condição ambiental caracterizada por contato social, novidade e complexidade no ambiente e exercício voluntário. O fortalecimento da conectividade sináptica e neuronal trazido pelo enriquecimento ajuda na explicação de como o EA pode tornar o encéfalo mais resiliente diante da exposição a situações aversivas no futuro, como por exemplo a fatores estressores severos, por meio de aumentos na expressão de BDNF. Diante disso este trabalho avaliou os efeitos do EA sobre a regulação epigenética do Bdnf, o comportamento tipo ansioso, a resposta bioquímica e consumo voluntário de etanol em animais C57/BL expostos ao ambiente enriquecido e ao estresse crônico imprevisível (EI). O ambiente enriquecido per se foi capaz de alterar a expressão gênica de éxons relacionados a expressão do BDNF. Quando o efeito do EA foi testado frente ao EI, os animais enriquecidos exibiram comportamento do tipo ansioso e maior concentração de corticosterona com relação aos não enriquecidos (NE). Ainda, o EI foi capaz de aumentar as concentrações de corticosterona, independente da habitação. Com relação ao consumo de etanol, animais EA expostos ao EI apresentaram maior consumo de etanol durante o estresse e após períodos de privação, revelando uma relação entre a privação e a busca pela droga e um efeito potencializador do EA sobre o consumo de etanol quando associado ao EI. Os achados deste trabalho abrem uma interpretação diferente do padrão comum na literatura com relação aos efeitos do EA frente ao consumo de drogas somente como um fator protetor. Portanto, o tipo e a intensidade do protocolo de estresse num contexto de consumo de etanol constitui um fator determinante sobre a interação do EA com o comportamento e o consumo da droga.Environmental enrichment (EE) is an environmental condition characterized by social contact, novelty and complexity in the environment and voluntary exercise. The strengthening of synaptic and neuronal connectivity elicited by EE helps to explain how it can brings brain resilience facing to aversive situations exposures in the future, such as severe stressors, through increases in BDNF expression. Thus, this study evaluated EE effects on Bdnf epigenetic regulation, anxiety-like behaviour, biochemical response and voluntary ethanol consumption in C57/BL male mice exposed to enriched housing and chronic unpredictable stress (CUS). Enriched environment itself altered BDNF-related exons expression. Tested against CUS enriched animals exhibited anxiety-like behaviour and enhanced corticosterone concentration compared to non-enriched (NE). Moreover, CUS exposure was able to increase corticosterone concentrations regardless of housing. Regarding ethanol consumption, EE mice CUS exposed showed higher ethanol consumption during stress period and after deprivation, revealing a relationship between withdrawal and drug seeking-like behaviour as well as a potentiating effect of EE on ethanol consumption when associated with CUS. These results open a different interpretation from the common pattern in the literature regarding EE effects on drug abuse only as a protective factor. Therefore, the stress protocol type and intensity in a context of ethanol consumption matters and can be determinant on EE and drug consumption.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCamarini, RosanaCosta, Gabriel de Araujo2020-01-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42136/tde-30092020-115555/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-09-30T12:57:51Zoai:teses.usp.br:tde-30092020-115555Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-09-30T12:57:51Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O enriquecimento ambiental (EA) consiste de uma condição ambiental caracterizada por contato social, novidade e complexidade no ambiente e exercício voluntário. O fortalecimento da conectividade sináptica e neuronal trazido pelo enriquecimento ajuda na explicação de como o EA pode tornar o encéfalo mais resiliente diante da exposição a situações aversivas no futuro, como por exemplo a fatores estressores severos, por meio de aumentos na expressão de BDNF. Diante disso este trabalho avaliou os efeitos do EA sobre a regulação epigenética do Bdnf, o comportamento tipo ansioso, a resposta bioquímica e consumo voluntário de etanol em animais C57/BL expostos ao ambiente enriquecido e ao estresse crônico imprevisível (EI). O ambiente enriquecido per se foi capaz de alterar a expressão gênica de éxons relacionados a expressão do BDNF. Quando o efeito do EA foi testado frente ao EI, os animais enriquecidos exibiram comportamento do tipo ansioso e maior concentração de corticosterona com relação aos não enriquecidos (NE). Ainda, o EI foi capaz de aumentar as concentrações de corticosterona, independente da habitação. Com relação ao consumo de etanol, animais EA expostos ao EI apresentaram maior consumo de etanol durante o estresse e após períodos de privação, revelando uma relação entre a privação e a busca pela droga e um efeito potencializador do EA sobre o consumo de etanol quando associado ao EI. Os achados deste trabalho abrem uma interpretação diferente do padrão comum na literatura com relação aos efeitos do EA frente ao consumo de drogas somente como um fator protetor. Portanto, o tipo e a intensidade do protocolo de estresse num contexto de consumo de etanol constitui um fator determinante sobre a interação do EA com o comportamento e o consumo da droga. |
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