A mortalidade infantil e as práticas sanitárias na cidade de São Paulo (1892-1920)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-27122022-114919/ |
Resumo: | O trabalho tem por objetivo investigar a questão da mortalidade infantil na cidade de São Paulo entre os anos de 1892 e 1920, bem como as práticas usadas para combatê-la, fundamentadas no saber médico da época. Assim, investigam-se as causas, a composição e a evolução da mortalidade infantil no intervalo estudado. Em seguida, são analisadas as condições de vida na Capital Paulista do período, principalmente no tocante ao saneamento básico. Segundo o trabalho, as soluções para o problema da mortalidade infantil foram apontadas pelo discurso médico-higienista. As medidas adotadas para combater a mortalidade geral foram o sanemento e a urbanização da cidade e o fortalecimento de uma estrutura, concentrada no Serviço Sanitário paulista, destinada a enfrentar as doenças e epidemias. Paralelamente, foram introduzidas diversas práticas médicas com o intuito de reduzir especificamente a mortalidade infantil, tais como a inspeção das amas-de-leite, o Concurso de Robustez, a Gota de Leite e a Consulta aos Lactentes. Todas essas práticas tinham em comum o estímulo ao aleitamento natural. Assim, o saber higienista usado no combate à mortalidade infantil impôs ideais de comportamento à toda a sociedade, principalmente à mãe. É destacado no texto que o discurso médico-sanitário que defendia a saúde das crianças também foi usado na propaganda de produtos médicos e complementos alimentícios. Posteriormente, a indústria apropriou-se desse saber e passou a ter os médicos como simples destinatários |
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