Eosinofilia Tecidual como Fator de Prognóstico em Carcinomas Espinocelulares de Boca.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dorta, Regina Garcia
Data de Publicação: 2000
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25136/tde-10012005-151918/
Resumo: A eosinofilia tecidual associada a tumores (TATE) tem sido descrita, entre outras localizações, nas neoplasias malignas da região de cabeça e pescoço. O mecanismo de atração dos eosinófilos e seu papel nos tumores ainda não foram definidos, sendo correlacionados tanto com um prognóstico favorável, como desfavorável, ou mesmo não apresentando qualquer relação com a evolução dos pacientes. Com o objetivo de verificar a influência da TATE no prognóstico de carcinomas espinocelulares localizados na língua, assoalho bucal, área retromolar e gengiva inferior com estadiamento clínico II e III foram analisados 125 pacientes quanto às características clínicas, tratamento e evolução, bem como os aspectos microscópicos relativos à morfologia e invasão tumoral e presença do infiltrado inflamatório, destacando-se a eosinofilia tecidual, quantificada por meio de análise morfométrica. O número de eosinófilos obtidos nos carcinomas espinocelulares de boca variou de 0 a 392 por milímetro quadrado. A TATE foi classificada em discreta (0 a 26 EOS/mm2), moderada (27 a 83 EOS/mm2) e intensa (84 EOS/mm2 ou mais) e apresentou uma correlação estatisticamente significativa com a intensidade do infiltrado inflamatório mononuclear e com a localização do infiltrado inflamatório eosinofílico. A análise da eosinofilia tecidual como fator prognóstico feita pelo estimador produto-limite de Kaplan-Meier e pelo modelo de riscos proporcionais de Cox demonstrou que a eosinofilia tecidual intensa constitui um fator de prognóstico favorável independente nos carcinomas espinocelulares com estadiamento clínico II e III localizados na língua, assoalho bucal, área retromolar e gengiva inferior. Estes resultados sugerem uma função antitumoral dos eosinófilos cujos mecanismos devem ser melhor investigados.
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