Manguezais do sistema estuarino de Santos (SP): Estrutura e produção de Serapilheira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schmiegelow, João Marcos Miragaia
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21131/tde-20012010-145648/
Resumo: Informações sobre a fitossociologia e produção de serapilheira foram obtidas em 20 transversais distribuídas ao longo dos manguezais do sistema estuarino de Santos. Em cada transversal avaliou-se a estrutura do bosque em quatro parcelas de 100 m2 e a produção mensal da serapilheira coletada em 12 cestos ao longo de um ano. Analisou-se o conjunto de dados principalmente no nível de paisagem, encontrando-se que os descritores fitossociológicos não revelaram diferenças significativas ao longo do gradiente de inundação, embora ao mesmo tempo, os bosques tenham mostrado grandes variações desses descritores. As espécies Rhizophora mangle e Avicennia schaueriana mostraram valores de importância (sensu Curtis) estatisticamente iguais e substancialmente maiores que de Laguncularia racemosa. A produção de serapilheira, ao contrário, mostrou diferença significativa conforme a distância da água. O conjunto de dados foi submetido à análise de agrupamento e de componentes principais. A análise conjunta desses resultados permitiu verificar que os bosques foram agrupados, em quatro grupos: um com características de bosque mais maduro, outro bem mais jovem e os outros dois grupos revelaram-se intermediários e menos definidos. Verificou-se que a grande diversidade estrutural observada pode ser atribuída fundamentalmente ao fato do manguezal do sistema estuarino de Santos estar implantado em um ambiente com geomorfologia complexa, com inúmeros canais, oito bacias de drenagem e pluviosidade diferenciada conforme a distância da Serra do Mar. Isso gera um ambiente hídrico muito variado ao longo dos canais, de forma que essas diferenças no ambiente amplificam as diferenças naturalmente já encontradas nos ecossistemas de manguezal. Eventuais impactos antrópicos sobre este sistema podem ser fatores adicionais para explicar a diversidade estrutural observada.
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