Repercussões do destreinamento físico sobre o metabolismo e a celularidade do tecido adiposo branco periepididimal de ratos.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sertié, Rogério Antonio Laurato
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42137/tde-10012011-164001/
Resumo: Todas as adaptações adquiridas através do treinamento físico são reversíveis durante a inatividade. Reduções significativas no consumo máximo de oxigênio (VO2max) são observadas dentro de duas a quatro semanas de destreinamento. Por outro lado, as consequências do destreinamento sobre o tecido adiposo são pouco estudadas. O objetivo foi investigar os efeitos de destreinamento físico sobre o metabolismo e celularidade do tecido adiposo periepididimal. Métodos e Resultados: Ratos Wistar machos, com idade de 6 semanas, foram divididos em 3 grupos: treinado (T) durante 12 semanas; destreinados (D), (treinados por 8 semanas e destreinados por 4 semanas), e sedentário (S) pareados por idade. O treinamento consistiu em sessões de esteira rolante (1h/dia, 5d/semk, 50 60% da capacidade máxima). A análise morfométrica do tecido PE revelou diferenças significativas entre os grupos. A área seccional dos adipócitos do grupo D foi significativamente maior que a T e S (3474 µm2 ± 68,8 µm2 vs 1945,7 µm2 ± 45,6 µm2 vs 2492,4 µm2 ± 49,08 µm2, respectivamente). Em comparação com as células dos animais do grupo T as células do D apresentaram 48% de aumento na capacidade de realizar a lipogênese, espontaneamente ou insulina estimulada. Já lipólise basal não se alterou. A redução de 15% na apoptose foi observada nos grupos T e D em relação ao S. Algumas expressões de genes foram alterados em D vs S: a adiponectina aumentou 3 vezes e PPAR-gama aumentou 2 vezes. O gene do Pref-1 foi 3 vezes maior em T vs S. Estes resultados sugerem fortemente que a adipogênese foi estimulada neste grupo. Conclusões: o destreinamento causa aumento significativo no tamanho dos adipócitos e na capacidade lipogênica. Como a apoptose celular na gordura PE foi reduzida em D e T, estes resultados sugerem que as alterações do tecido adiposo após destreinamento podem ser potencialmente obesogenicas.
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