Estudo do comportamento do potássio em solos que receberam quantidades variáveis de minérios vermiculíticos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marchetti, Marlene Estevao
Data de Publicação: 1988
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20181127-160530/
Resumo: A presente pesquisa foi desenvolvida no laboratório de Solos da Escola Superior de Agronomia de Paraguaçu Paulista, SP e, teve por objetivo avaliar os efeitos da dose de potássio aplicado, do teor de argila e do tempo de contato entre o íon potássio e o solo na fixação do potássio. Determinou-se a influência de dois minérios vermiculíticos procedentes de Catalão-Goiás e Paulistânia-Piauí, na fixação de potássio em dois solos de textura arenosa, com alta lixiviação de potássio, provenientes do município de Paraguaçu Paulista, classificados como Latossolo Vermelho Escuro-fase arenosa e Podzolizado de Lins e Marília-variação Lins. As amostras de terra foram coletadas no horizonte Ap, secas ao ar e misturadas com quantidades crescentes dos minérios vermiculíticos que variaram de 1,25 % a 25 % e foram comparadas com o minério puro, incubados durante 10 e 20 dias, com doses de 50 e 100 ppm de potássio no solo. Nas amostras de terra e nos minérios vermiculíticos foram feitas análises mineralógicas e em todas as amostras as análises químicas e físicas. Nas amostras, foi adicionado o potássio e incuba das, por 10 e 20 dias em frascos plásticos, tapados para evitar perda de umidade. Os resultados da porcentagem de potássio fixado pelos tratamentos foram analisados estatisticamente e, feito o estudo das interações, as seguintes conclusões foram obtidas: 1. O minério vermiculítico de Piauí fixou uma maior quantidade de potássio do que o minério vermiculítico de Catalão. 2. O comportamento dos solos variaram com o minério vermiculítico usado, sendo que o solo Podzolizado de Lins e Marília-variação Lins, fixou mais potássio do que o Latossolo Vermelho Escuro-fase arenosa quando em mistura com o minério vermiculítico de Piauí e o Latossolo fixou mais quando em presença do minério vermiculítico de Catalão. 3. A porcentagem de potássio fixada pelos solos aumentou com o acréscimo do porcentual do minério vermiculítico de Piauí, até adquirir valores próximos à porcentagem fixa- da pelo minério puro. Para o minério de Catalão a fixação não variou com a quantidade do minério adicionado. 4. Em todos os tratamentos, a quantidade e a porcentagem fixada aumentou com o tempo de contato, sendo que cerca de 70 % ou mais da fixação ocorreu aos 10 dias de incubação para o minério vermiculítico de Piauí, para o minério de Catalão em torno de 40 a 70 %, o que mostra que o processo tendeu a estabilizar-se entre os períodos estudados de 10 e 20 dias. 5. Dentro de um mesmo tempo de incubação, o potássio fixado, aumentou com a dose de potássio adicionado (50 e 100 ppm), mas o porcentual fixado diminuiu, indicando a saturação das amostras com o íon potássio. Do exposto acima pode-se concluir que existe uma variação no comportamento dos minérios vermiculíticos em relação à fixação de potássio, provavelmente dependendo de sua origem, composição e granulometria.
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As amostras de terra foram coletadas no horizonte Ap, secas ao ar e misturadas com quantidades crescentes dos minérios vermiculíticos que variaram de 1,25 % a 25 % e foram comparadas com o minério puro, incubados durante 10 e 20 dias, com doses de 50 e 100 ppm de potássio no solo. Nas amostras de terra e nos minérios vermiculíticos foram feitas análises mineralógicas e em todas as amostras as análises químicas e físicas. Nas amostras, foi adicionado o potássio e incuba das, por 10 e 20 dias em frascos plásticos, tapados para evitar perda de umidade. Os resultados da porcentagem de potássio fixado pelos tratamentos foram analisados estatisticamente e, feito o estudo das interações, as seguintes conclusões foram obtidas: 1. O minério vermiculítico de Piauí fixou uma maior quantidade de potássio do que o minério vermiculítico de Catalão. 2. O comportamento dos solos variaram com o minério vermiculítico usado, sendo que o solo Podzolizado de Lins e Marília-variação Lins, fixou mais potássio do que o Latossolo Vermelho Escuro-fase arenosa quando em mistura com o minério vermiculítico de Piauí e o Latossolo fixou mais quando em presença do minério vermiculítico de Catalão. 3. A porcentagem de potássio fixada pelos solos aumentou com o acréscimo do porcentual do minério vermiculítico de Piauí, até adquirir valores próximos à porcentagem fixa- da pelo minério puro. Para o minério de Catalão a fixação não variou com a quantidade do minério adicionado. 4. Em todos os tratamentos, a quantidade e a porcentagem fixada aumentou com o tempo de contato, sendo que cerca de 70 % ou mais da fixação ocorreu aos 10 dias de incubação para o minério vermiculítico de Piauí, para o minério de Catalão em torno de 40 a 70 %, o que mostra que o processo tendeu a estabilizar-se entre os períodos estudados de 10 e 20 dias. 5. Dentro de um mesmo tempo de incubação, o potássio fixado, aumentou com a dose de potássio adicionado (50 e 100 ppm), mas o porcentual fixado diminuiu, indicando a saturação das amostras com o íon potássio. Do exposto acima pode-se concluir que existe uma variação no comportamento dos minérios vermiculíticos em relação à fixação de potássio, provavelmente dependendo de sua origem, composição e granulometria.The experiment was carried at the Laboratory of Soils of Agricultural College of Paraguaçu Paulista, SP. The objective of this research was to study the effect of potassium levels added, clay amount and effect of time contact between potassium ion and soil in the fixing of potassium. It was evaluated the effect of two clays minerals the first from Catalão-Goiás and the other from Paulistânia Piauí, on the potassium fixing capacity of two sandy soi1s, yellow red Podzolic and dark red Latosol, both occurring in the Paraguaçu Paulista municipality. Quantities varying from 1.25 % to 25 % (weight basis) were through1y mixed with samp1es taken from the Ap horizon of the two soi1s. Two groups of treatments were prepared, with an application of soluble potassium one at the rate of 50 and the other at the rate of 100 ppm, and both were incubated for two different periods, 10 and 20 days. Both the soi1 samples and vermiculitic minerals were analised according to their mineralogical characteristic. The chemical characteristic and the particle size distribution of the sample were also determined. Potassium was addicionated and incubated for 10 and 20 days in closed plastic recipients, in order to avoid the loss of moisture. The results obtained were statistically analyzed. The following conclusion were obtained. 1. The vermiculitic from Piaui showed a greater potassium fixing capacity than vermiculit from Catalão. 2. The behavior of soi1s differed according to the vermiculitic mineral that was added. The yellow red Podzolic fixed more potassium ions than the dark red Latosol, when it was mixed to vermiculitic mineral from Piauí and the dark red Latosol fixed more when it was mixed to vermiculitic mineral from Catalão. 3. The percentage of potassium fixed by the soils increased with the percentage of vermiculitic from Piauí, approaching to the fixing capacity of the pure clay mineral. The vermiculitic from Catalão did not show any variation according to the amount of clay added. 4. The amount and the percentage of fixed potassium increased with the time of incubation of the treatments. 5. For a given incubation period (10 a 20 days) the amount of potassium fixed (ppm) increased with the rate of potassium added, but the fixed potassium percentage decreased, indicating thar the samples were probably satured with the potassium ions. The ability of fixing potassium of vermiculite minerals varied according to their origin, composition and the particle sizes.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSilveira, Ronaldo IvanMarchetti, Marlene Estevao1988-02-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20181127-160530/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-10-07T17:48:47Zoai:teses.usp.br:tde-20181127-160530Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-10-07T17:48:47Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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