Avaliação do nível de atividade física diária e fatores preditivos em crianças asmáticas da cidade de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Andrey Wirgues de
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5163/tde-07122012-163528/
Resumo: INTRODUÇÃO: A atividade física regular trás benefício à saúde, reduzindo a obesidade, morbidades e a mortalidade e, em pacientes asmáticos, a atividade física melhora os sintomas da doença. Apesar disso, ainda existe divergência na literatura se crianças asmáticas são fisicamente ativas, e isto parece depender do método empregado, da gravidade da doença e do controle clínico. OBJETIVO: Comparamos a atividade física de vida diária (AFVD) entre crianças com diferentes gravidades da asma e identificamos fatores que possam dificultar a realização das AFVD. MÉTODO: Estudo transversal com 121 crianças, sendo 79 asmáticas das quais (32 asma persistente leve, 24 asma persistente moderada, 23 asma persistente grave) e 42 controles, de ambos os sexos, com idade entre 7 a 12 anos. As crianças asmática estavam em tratamento médico há, no mínimo, 6 meses e com a doença controlada. O nível de AFVD foi monitorado com um acelerômetro durante 6 dias (4 dias da semana e 2 de final de semana). A função pulmonar e as barreiras que dificultam a realização da AFVD também foram avaliadas. RESULTADOS: Os nossos resultados mostraram que o número total de passos, e as atividades realizadas em intensidade moderada foram similares entre as crianças com as diferentes gravidades da asma. O percentual de crianças asmáticas fisicamente ativas foi similar quando comparado com as crianças sem asma (respectivamente, 51,9% vs. 50%; p>0,05). Não foi observada diferença nos parâmetros funcionais da função pulmonar (obstrução fixa, resposta ao broncodilatador e variabilidade do VEF1) entre as crianças asmáticas fisicamente ativas e as sedentárias (p>0,05). Porém, foi observado um maior percentual de crianças com sobrepeso ou obesidade entre os asmáticos sedentários quando comparado às crianças fisicamente ativas (respectivamente, 24,1% vs. 11,1%; p<0,05). As barreiras ambientais foram as mais relatadas pelas crianças com e sem asma (p>0,05), porém este fator foi relatado em maior proporção pelas crianças asmáticas sedentárias quando comparado àquelas fisicamente ativas (respectivamente, 34,2% vs. 14,6%; p<0,05). CONCLUSÕES: As crianças asmáticas com a doença controlada tiveram o mesmo nível de AFVD entre as diferentes gravidades da doença e que seus pares sem asma. A gravidade da doença, fatores ligados à função pulmonar e a percepção da doença como barreira para atividade física pareceu não estar associadas ao sedentarismo. As barreiras ambientais foram as mais relatadas pelas crianças com e sem asma, porém, nas crianças asmáticas sedentárias essas barreiras pareceram ser ainda mais relevantes
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spelling Avaliação do nível de atividade física diária e fatores preditivos em crianças asmáticas da cidade de São PauloAssess the level of daily physical activity and predictors of asthmatic children in São PauloAccelerometerAcelerômetroActigrafiaActigraphyAsmaAsthmaAtividade motoraMotor activityINTRODUÇÃO: A atividade física regular trás benefício à saúde, reduzindo a obesidade, morbidades e a mortalidade e, em pacientes asmáticos, a atividade física melhora os sintomas da doença. Apesar disso, ainda existe divergência na literatura se crianças asmáticas são fisicamente ativas, e isto parece depender do método empregado, da gravidade da doença e do controle clínico. OBJETIVO: Comparamos a atividade física de vida diária (AFVD) entre crianças com diferentes gravidades da asma e identificamos fatores que possam dificultar a realização das AFVD. MÉTODO: Estudo transversal com 121 crianças, sendo 79 asmáticas das quais (32 asma persistente leve, 24 asma persistente moderada, 23 asma persistente grave) e 42 controles, de ambos os sexos, com idade entre 7 a 12 anos. As crianças asmática estavam em tratamento médico há, no mínimo, 6 meses e com a doença controlada. O nível de AFVD foi monitorado com um acelerômetro durante 6 dias (4 dias da semana e 2 de final de semana). A função pulmonar e as barreiras que dificultam a realização da AFVD também foram avaliadas. RESULTADOS: Os nossos resultados mostraram que o número total de passos, e as atividades realizadas em intensidade moderada foram similares entre as crianças com as diferentes gravidades da asma. O percentual de crianças asmáticas fisicamente ativas foi similar quando comparado com as crianças sem asma (respectivamente, 51,9% vs. 50%; p>0,05). Não foi observada diferença nos parâmetros funcionais da função pulmonar (obstrução fixa, resposta ao broncodilatador e variabilidade do VEF1) entre as crianças asmáticas fisicamente ativas e as sedentárias (p>0,05). Porém, foi observado um maior percentual de crianças com sobrepeso ou obesidade entre os asmáticos sedentários quando comparado às crianças fisicamente ativas (respectivamente, 24,1% vs. 11,1%; p<0,05). As barreiras ambientais foram as mais relatadas pelas crianças com e sem asma (p>0,05), porém este fator foi relatado em maior proporção pelas crianças asmáticas sedentárias quando comparado àquelas fisicamente ativas (respectivamente, 34,2% vs. 14,6%; p<0,05). CONCLUSÕES: As crianças asmáticas com a doença controlada tiveram o mesmo nível de AFVD entre as diferentes gravidades da doença e que seus pares sem asma. A gravidade da doença, fatores ligados à função pulmonar e a percepção da doença como barreira para atividade física pareceu não estar associadas ao sedentarismo. As barreiras ambientais foram as mais relatadas pelas crianças com e sem asma, porém, nas crianças asmáticas sedentárias essas barreiras pareceram ser ainda mais relevantesBACKGROUND: Regular physical activity promotes health benefits by reducing obesity, morbidity and mortality, and who has asthma, physical activity improves the symptoms of disease. Nevertheless, there is disagreement in the literature whether asthmatic children are physically active, and this seems to depend on the method used, severity of disease and clinical control. OBJECTIVE: We compared Daily Physical Activity (DPA) among children of different severity levels of asthma and we have identified factors that may hinder DPA. METHOD: Cross-Sectional study with 121 children, 79 with asthma (32 mild persistent asthma, 24 moderate persistent asthma, 23 severe persistent asthma) and 42 children without asthma, of both sexes, aged between of 7 and 12 years. The asthmatic children were under medical treatment for at least 6 months and the disease controlled. DPA was monitored with an accelerometer for 6 days (4 weekdays and 2 weekends). Pulmonary function and barriers that hinder DPA were also assessed. RESULTS: Our results showed that the total number of steps, and the activities performed at moderate intensity were similar between children with different severities of asthma. The percentage of physically active children with asthma was similar when compared with children without asthma (respectively, 51,9% vs. 50%; p>0,05). There was no difference in respiratory function parameters (fixed obstruction, bronchodilator response and variability of FEV1) among the asthmatic children physically active and sedentary (p> 0.05). However, we found that sedentary asthmatic children were more overweight or obese than physically active asthmatic children (respectively, 24,1% vs. 11,1%; p<0,05). The environmental barriers were the most frequently reported by children with and without asthma (p> 0,05), but this factor was reported in a higher proportion by sedentary asthmatic children compared to those physically active (respectively, 34,2% vs. 14,6%; p<0,05). CONCLUSIONS: Clinically controlled asthmatic children had the same level of DPA between different severities of asthma and their peers without asthma. The severity of disease, factors related to lung function and perception of disease as a barrier to physical activity did not seem be associated with sedentary lifestyle. The environmental barriers were the most frequently reported by children with and without asthma, however in sedentary asthmatic children these barriers seemed to be even more relevantBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCarvalho, Celso Ricardo Fernandes deSousa, Andrey Wirgues de2012-09-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5163/tde-07122012-163528/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:34Zoai:teses.usp.br:tde-07122012-163528Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:34Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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