Esterilização da mariposa Spodoptera frugiperda (J.E. Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae) através do uso de isca com diferentes inseticidas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Romano, Fabiana Cristina Bortolazzo
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20181127-160129/
Resumo: A lagarta do cartucho, Spodoptera frugiperda (Smith, 1797) (Lepidoptera: Noctuidae), é uma importante praga da cultura do milho. Na região tropical, causa danos severos, podendo chegar a até 60% de redução no rendimento dos grãos. Seu controle normalmente é realizado com aplicação de inseticidas convencionais, mas o método não é recomendado devido aos inconvenientes de desequilíbrio ecológico, resistência da praga, fatores toxicológicos e econômicos. A quimioesterilização com os modernos inseticidas que atuam na fisiologia dos insetos poderá ser uma alternativa no futuro. O presente trabalho foi realizado no Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola da ESALQ/USP e teve como objetivo estudar o emprego de alguns inseticidas com propriedades esterilizantes sobre a fase adulta de Spodoptera frugiperda, determinando as doses que atuam sobre a reprodução dos adultos, avaliando o efeito residual da isca e testando uma isca adequada para utilização no processo de isca + produto esterilizante. Os esterilizantes foram fornecidos às mariposas via ingestão juntamente com a solução de mel a 10%. Os inseticidas utilizados foram lufenuron (Match), abamectin (Vertimec), methoxifenozide (Intrepid), teflubenzuron (Nomolt) e diflubenzuron (Dimilin). Avaliou-se a longevidade dos indivíduos, o efeito da contaminação de machos e fêmeas isoladamente, o número de posturas, o número de ovos colocados e o número de larvas eclodidas, além da preferência pela isca. O inseticida lufenuron, na dosagem de 0,75 mL/L água mostrou-se o mais eficiente na esterilização da S. frugiperda, estimulando a oviposição, mas impedindo a eclosão das lagartas. Abamectin a 0,45 mL/ L água também foi eficiente, diminuindo o número de ovos colocados e a viabilidade dos mesmo. O efeito esterilizante foi maior quando casais foram contaminados ou quando ocorreu a contaminação apenas da fêmea. O efeito residual da isca com os produtos pesquisados é de, no mínimo, 15 dias, em laboratório. Durante o período em que foram realizadas avaliações, a eficiência dos produtos sobre os parâmetros observados manteve-se constante. A longevidade dos indivíduos foi reduzida com o uso de methoxifenozide, diflubenzuron, teflubenzuron e abamectin nas dosagens de 0,45; 0,25; 0,25 e 0,45, respectivamente. A isca empregada para esterilização dos insetos via ingestão pode ser mel ou proteína de milho, indiferentemente.
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