Avaliação do perfil metabólico, oxidativo e antropométrico em mulheres com câncer de mama

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Bruna Ramos da
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17162/tde-11052022-152846/
Resumo: Objetivo: Avaliar o papel da quimioterapia no perfil nutricional, metabólico e oxidativo e comparar os resultados a um grupo controle. Métodos: Foi realizado um estudo prospectivo. Mulheres que estavam começando a quimioterapia sem nenhum tratamento de quimioterápico prévio foram recrutadas e seguidas por 7 meses em média. O grupo controle consistiu em um grupo de mulheres sem histórico de câncer ou tratamento quimioterápico. Qualidade de vida (QV) por meio do questionário EORTC QLQ-BR23, Ingestão dietética pelo recordatório de 24h, nível de fadiga por meio do pictograma da fadiga, impedância bioelétrica, testes de desempenho físico, e amostra de sangue para análises bioquímicas e oxidativas foram coletados em 2 períodos: diagnóstico (T0) e após 1 mês da conclusão da terapia (T1), para as pacientes com câncer de mama (CM) e uma única avaliação para o grupo controle. Média, desvio padrão, regressão linear e ANOVA em SAS Studio foram usados para explorar os resultados. Resultados: foram incluídas 61 mulheres com CM e 59 controles. Não foram encontradas alterações de composição corporal e ingestão dietética, porém em T1 as pacientes com CM apresentaram piora da fadiga, qualidade de vida, estado nutricional, ângulo de fase (AF), lipídios séricos, níveis de inflamação, albumina, adiposidade visceral (visceral adiposity index) e cerca de 70% da amostra desenvolveu síndrome metabólica. Quando comparados ao controle, embora tenham apresentado similaridades com relação ao índice de massa corporal (IMC), composição corporal e idade, as mulheres com CM apresentaram piores resultados em todos os marcadores de saúde e pior ingestão dietética. O AF foi significativamente correlacionado com o índice de risco nutricional (NRI), teste de velocidade de marcha, dinamometria, 2,2-Diphenyl-1-picrylhydrazyl (DPPH), retinol sérico e glutationa peroxidase. Conclusão: Encontramos evidências de que o tratamento quimioterápico resultou na piora dos fatores prognósticos, como AF e risco nutricional e alterações metabólicas, mesmo sem alterações no peso corporal, massa gorda e ingestão alimentar. Apesar da alta prevalência de obesidade na amostra, também foi verificado risco nutricional presente, o que reforça a necessidade do acompanhamento nutricional independente de perda de peso. Em comparação ao controle, as pacientes com CM também apresentaram características metabólicas, nutricionais e dietéticas piores. Nossos resultados mostram que o AF é uma ferramenta fácil e acessível e pode ser correlacionada com o NRI, marcadores de funcionalidade física e antioxidantes sérico em pacientes com câncer de mama, independentemente da idade ou IMC.
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spelling Avaliação do perfil metabólico, oxidativo e antropométrico em mulheres com câncer de mamaAssessment of metabolic, oxidative, and anthropometric profiles in women with breast cancerAlterações metabólicasÂngulo de faseBody compositionBreast cancerCâncer de mamaComposição corporalEstresse oxidativoMetabolic changesOxidative stressPhase angleObjetivo: Avaliar o papel da quimioterapia no perfil nutricional, metabólico e oxidativo e comparar os resultados a um grupo controle. Métodos: Foi realizado um estudo prospectivo. Mulheres que estavam começando a quimioterapia sem nenhum tratamento de quimioterápico prévio foram recrutadas e seguidas por 7 meses em média. O grupo controle consistiu em um grupo de mulheres sem histórico de câncer ou tratamento quimioterápico. Qualidade de vida (QV) por meio do questionário EORTC QLQ-BR23, Ingestão dietética pelo recordatório de 24h, nível de fadiga por meio do pictograma da fadiga, impedância bioelétrica, testes de desempenho físico, e amostra de sangue para análises bioquímicas e oxidativas foram coletados em 2 períodos: diagnóstico (T0) e após 1 mês da conclusão da terapia (T1), para as pacientes com câncer de mama (CM) e uma única avaliação para o grupo controle. Média, desvio padrão, regressão linear e ANOVA em SAS Studio foram usados para explorar os resultados. Resultados: foram incluídas 61 mulheres com CM e 59 controles. Não foram encontradas alterações de composição corporal e ingestão dietética, porém em T1 as pacientes com CM apresentaram piora da fadiga, qualidade de vida, estado nutricional, ângulo de fase (AF), lipídios séricos, níveis de inflamação, albumina, adiposidade visceral (visceral adiposity index) e cerca de 70% da amostra desenvolveu síndrome metabólica. Quando comparados ao controle, embora tenham apresentado similaridades com relação ao índice de massa corporal (IMC), composição corporal e idade, as mulheres com CM apresentaram piores resultados em todos os marcadores de saúde e pior ingestão dietética. O AF foi significativamente correlacionado com o índice de risco nutricional (NRI), teste de velocidade de marcha, dinamometria, 2,2-Diphenyl-1-picrylhydrazyl (DPPH), retinol sérico e glutationa peroxidase. Conclusão: Encontramos evidências de que o tratamento quimioterápico resultou na piora dos fatores prognósticos, como AF e risco nutricional e alterações metabólicas, mesmo sem alterações no peso corporal, massa gorda e ingestão alimentar. Apesar da alta prevalência de obesidade na amostra, também foi verificado risco nutricional presente, o que reforça a necessidade do acompanhamento nutricional independente de perda de peso. Em comparação ao controle, as pacientes com CM também apresentaram características metabólicas, nutricionais e dietéticas piores. Nossos resultados mostram que o AF é uma ferramenta fácil e acessível e pode ser correlacionada com o NRI, marcadores de funcionalidade física e antioxidantes sérico em pacientes com câncer de mama, independentemente da idade ou IMC.Objective: To evaluate the impact of chemotherapy in the nutritional, metabolic and oxidative profile and compare the results to a control group. Methods: A prospective study with women starting chemotherapy with no prior chemotherapy treatment. The control group consisted of women with no history of cancer or chemotherapy treatment. Quality of life (QL) through the EORTC QLQ-BR23 questionnaire, dietary intake by the 24-hour recall, level of fatigue, bioelectrical impedance, physical performance tests, and blood sample for biochemical and oxidative analysis were collected in two-time points: diagnosis (T0) and one month after completion of therapy (T1), for patients with breast cancer (BC) and a single assessment for the control group. Mean, standard deviation, linear regression and ANOVA in SAS Studio were used. Results: 61 women with BC and 59 controls were included. No changes in body composition and dietary intake were found. Still, at T1, patients with BC had worsening fatigue, quality of life, nutritional status, PhA, serum lipids, inflammation, albumin, visceral adiposity (VAI), and around 70% of the sample developed metabolic syndrome. Compared to the control, although they showed similarities in body mass index (BMI), body composition and age, women with BC had worse results in all health markers and worse dietary intake. PhA was significantly correlated with NRI, gait speed test, handgrip test, DPPH, serum retinol and glutathione peroxidase. Conclusion: We found evidence that chemotherapy treatment worsened prognostic factors, such as PhA and nutritional risk and metabolic alterations, without body weight, fat mass, and food intake changes. Despite the high prevalence of obesity in the sample, a significant level of nutritional risk was also observed, reinforcing the need for nutritional counselling independent of weight loss. Compared to controls, patients with BC also have worse metabolic, nutritional, and dietary characteristics. Our results show that PhA is an easy, affordable, and accessible tool correlated with NRI, markers of physical functionality and serum antioxidants in BC patients, regardless of age or BMI.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPJordao Junior, Alceu AfonsoSilva, Bruna Ramos da2022-04-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17162/tde-11052022-152846/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-08-04T15:07:34Zoai:teses.usp.br:tde-11052022-152846Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-08-04T15:07:34Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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