Biologia de Thyrinteina arnobia (Stoll, 1782) (Lepidoptera, Geometridae) e observações sobre a ocorrência de inimigos naturais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1974 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20191220-105237/ |
Resumo: | Considerando que a maior parte do reflorestamento no Brasil é feita com espécies de Mirtáceas do gênero Eucalyptus, esta essência tem apresentado, em maior escala, os problemas referentes a pragas. Para o Estado de São Paulo, Thyrinteina arnobia (Stoll, 1782) (Lepidoptera, Geometridae) está se comportando como a praga mais importante da atualidade. A revisão da literatura mostrou que os trabalhos sobre este lepidóptero são bastante escassos, principalmente aqueles sobre biologia. No geral os trabalhos existentes são repetitivos. A presente pesquisa visou o estudo da biologia de T.arnobia, bem como observações sobre a ocorrência de inimigos naturais. O material usado neste estudo foi coletado nas seguintes localidades do Estado de São Paulo: Itavuvu (Sorocaba), Itú, Lençóis Paulista e São Miguel Arcarnjo. Os principais resultados obtidos em laboratório foram os seguintes: 1. O período médio de evolução dos ovos é de 10 dias, a 25°C. 2. As lagartas, do tipo "mede-palmos", apresentam habitualmente seis ínstares. 3. À temperatura de 25°C, a fase de lagarta apresenta um período médio de 26,8 dias e a fase de pupa apresenta um período médio de 9,3 dias. 4. Em laboratório, à temperatura de 25°C, o ciclo completo de ovo a adulto é, em média, de 53,1 dias para as fêmeas e 49,5 dias para os machos. 5. O período médio de vida dos adultos, a 25°C, é de 3,4 dias para o macho e 7 dias para a fêmea; os machos são mais ativos que as fêmeas, voando inclusive de dia. 6. Além do dicromatismo - as fêmeas são brancas - há um acentuado dimorfismo sexual, sendo as fêmeas maiores, com antenas filiformes e envergadura média de 48,6 mm. Os machos são menores, com coloração castanha nas asas anteriores, antenas pectinadas e envergadura média de 35,3 mm. 7. O número médio de ovos postos por fêmea é de 752,8, independentemente do número de oviposições. 8. A proporção quanto ao sexo é de três machos para uma fêmea. 9. As lagartas de T. arnobia são parasitadas por Deopalpus sp., Archytas sp., Winthemyia sp. Patelloa similis (Diptera, Tachinidae) e predadas por Alcaeorrhynchus grandis (Hemiptera, Pentatomidae). As pupas são parasitadas por Tetrastichus sp. (Hymenoptera, Eulophidae); lagartas, pupas e adultos são predados por Apaticus sp. (Hemiptera, Pentatomidae). |
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O material usado neste estudo foi coletado nas seguintes localidades do Estado de São Paulo: Itavuvu (Sorocaba), Itú, Lençóis Paulista e São Miguel Arcarnjo. Os principais resultados obtidos em laboratório foram os seguintes: 1. O período médio de evolução dos ovos é de 10 dias, a 25°C. 2. As lagartas, do tipo "mede-palmos", apresentam habitualmente seis ínstares. 3. À temperatura de 25°C, a fase de lagarta apresenta um período médio de 26,8 dias e a fase de pupa apresenta um período médio de 9,3 dias. 4. Em laboratório, à temperatura de 25°C, o ciclo completo de ovo a adulto é, em média, de 53,1 dias para as fêmeas e 49,5 dias para os machos. 5. O período médio de vida dos adultos, a 25°C, é de 3,4 dias para o macho e 7 dias para a fêmea; os machos são mais ativos que as fêmeas, voando inclusive de dia. 6. Além do dicromatismo - as fêmeas são brancas - há um acentuado dimorfismo sexual, sendo as fêmeas maiores, com antenas filiformes e envergadura média de 48,6 mm. Os machos são menores, com coloração castanha nas asas anteriores, antenas pectinadas e envergadura média de 35,3 mm. 7. O número médio de ovos postos por fêmea é de 752,8, independentemente do número de oviposições. 8. A proporção quanto ao sexo é de três machos para uma fêmea. 9. As lagartas de T. arnobia são parasitadas por Deopalpus sp., Archytas sp., Winthemyia sp. Patelloa similis (Diptera, Tachinidae) e predadas por Alcaeorrhynchus grandis (Hemiptera, Pentatomidae). As pupas são parasitadas por Tetrastichus sp. (Hymenoptera, Eulophidae); lagartas, pupas e adultos são predados por Apaticus sp. (Hemiptera, Pentatomidae).Once the greatest part of reforestation in Brazil is done with the species of Mirtaceae of the genus Eucalyptus, these species have shown the problems concerning to pests in a greater ranger. For the State of São Paulo, Thyrinteina arnobia (Stoll, 1782) (Lepidoptera, Geometridae) is the most important Eucalyptus pest nowadays. The bibliography showed almost nothing concerning the biology of T. arnobia and the works at hand are repetitive. This research aimed to study the biology of T. arnobia as well as to make observationis on the existence of natural enemies. The material used in this work was collected in the following localities of the State of São Paulo: Itavuvu (Sorocaba), Itu, Lençóis Paulista and São Miguel Arcanjo. The results were as follows: 1.The mean period of egg evolution is 10 days, at 25°C. 2. The looper type larvae usually have 6 instars. 3. At 25° C the larval stage averages 26.8 days and the pupal stage averages 9.3 days. 4. In laboratory at 25°C, the evolutive cycle from egg to adult lasts 53.1 days for the females and 49.5 days for the males. 5. The mean period of adult life, at 25°C, is 3.4 days for the males and 7.0 days for the females; the males are more active than the females and they fly even during daylight hours. 6. Besides the dichromatism - the females are white - there is an outstanding sexual dimorphism, being the females bigger, with threadlike antennae and a mean wingspan of 48.6 mm. The males are shorter, brown colored, with brownish fore wings comblike antennae and a mean wingspan of 35.3 mm. 7. The average number of eggs per female is 752.8, regardless of number of ovipositions. 8. The sex ratio is 3 males: 1 female. 9. The larvae of T. arnobia are parasited by Deopal pus sp., Archytas sp., Winthemyia sp., and Patelloa similis (Diptera, Tachinidae), and preyed by Alcaeprrhynchus grandis (Hemiptera, Pentatomidae). The pupae are parasited by Tetrastichus sp. (Hymenoptera, Eulophidae); larvae, pupae, and adults are preyed by Apateticus sp. (Hemiptera, Pentatomidae).Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGallo, DomingosBerti Filho, Evôneo1974-11-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20191220-105237/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-12-20T23:10:02Zoai:teses.usp.br:tde-20191220-105237Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-12-20T23:10:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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