Potencial evocado auditivo de longa latência em escolares com transtorno do processamento auditivo central
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-09042024-073352/ |
Resumo: | Introdução: Os Potenciais Evocados Auditivos (PEA) são indicados como complementares a avaliação comportamental do Processamento Auditivo Central (PAC), para caracterizar a sincronia neural das vias auditivas. No PEA de Longa Latência, as componentes P1 e N1, representam teoricamente a primeira atividade tálamo-cortical decorrente de estimulação sonora. Esta característica e a natureza exógena destas componentes as tornam de interesse para a investigação do processamento de fala na condição do Transtorno do Processamento Auditivo Central (TPAC). Objetivo: Caracterizar e comparar o registro das componentes P1 e N1 obtidas por meio do potencial evocado auditivo com diferentes estímulos sonoros em escolares com TPAC. Método: 37 escolares constituíram a casuística, compondo dois grupos a partir da presença ou ausência de TPAC, o Grupo Estudo (GE) com 21 escolares e o Grupo Controle (GC) com 14 escolares, de ambos os sexos, com idades entre 07 anos e 11 anos e 11 meses. Para a elegibilidade dos escolares avaliou-se inicialmente a sensibilidade auditiva, integridade do funcionamento da orelha média e das vias auditivas subcorticais, e a capacidade intelectual. Em seguida os escolares foram submetidos a avaliação comportamental do PAC, por meio do Teste de Fala com Ruído Branco (TFRB), Dicótico de Dígitos (TDD), Padrão de Frequência (TPF) e Gap in Noise (GIN); avaliação do Processamento Fonológico (Consciência Fonológica, Memória de Trabalho Fonológica e Nomeação Automática Rápida); e avaliação eletrofisiológica do PAC, por meio das componentes P1 e N1, com estímulos clique e fala. Resultados: Os grupos diferiram-se estatisticamente (p <0,05) na avaliação comportamental do PAC para o TFRB, TDD e TPF, em ambas as orelhas, com menores resultados no GE. Para o Processamento Fonológico, o GC apresentou maiores escores em todas as habilidades, com diferença estatística (p < 0,05) entre os grupos. Na avaliação eletrofisiológica do PAC, a componente P1 foi identificada em 100% dos escolares do GC e em 80,90% para o clique e 95,23% para a fala no GE; enquanto a presença de N1 não foi identificada em todos os escolares de ambos os grupos. Ao comparar os estímulos clique e fala, no GE a latência de P1 e N1 não apresentou diferenças estatísticas (p > 0,05), enquanto no GC houve maiores valores para o estímulo de fala. No GE, a amplitude da componente P1 apresentou maiores valores para o estímulo de fala (p < 0,05); para a N1 ambos os grupos apresentaram maiores valores para este mesmo estímulo. Na comparação entre os grupos, para a latência de P1 e N1, o GE apresentou maiores valores para o estímulo clique em relação ao GC, estatisticamente significante (p < 0,05). Para a amplitude da componente P1, o GE apresentou maiores valores com estímulo de fala em comparação ao GC. Conclusão: Na condição do TPAC o processamento da informação auditiva, registrado por meio das componentes P1 e N1 do PEALL, apresenta diferenças ao ser comparado a populações sem esta condição. |
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Potencial evocado auditivo de longa latência em escolares com transtorno do processamento auditivo centralLong latency auditory evoked potential in schoolchildren with central auditory processing disorderAudiçãoCentral auditory processingCentral auditory processing disorderEscolaresHearingLong latency auditory evoked potentialN1N1P1P1Phonological processingPotencial evocado auditivo de longa latênciaProcessamento auditivo centralProcessamento fonológicoSchoolchildrenTranstorno do processamento auditivo centralIntrodução: Os Potenciais Evocados Auditivos (PEA) são indicados como complementares a avaliação comportamental do Processamento Auditivo Central (PAC), para caracterizar a sincronia neural das vias auditivas. No PEA de Longa Latência, as componentes P1 e N1, representam teoricamente a primeira atividade tálamo-cortical decorrente de estimulação sonora. Esta característica e a natureza exógena destas componentes as tornam de interesse para a investigação do processamento de fala na condição do Transtorno do Processamento Auditivo Central (TPAC). Objetivo: Caracterizar e comparar o registro das componentes P1 e N1 obtidas por meio do potencial evocado auditivo com diferentes estímulos sonoros em escolares com TPAC. Método: 37 escolares constituíram a casuística, compondo dois grupos a partir da presença ou ausência de TPAC, o Grupo Estudo (GE) com 21 escolares e o Grupo Controle (GC) com 14 escolares, de ambos os sexos, com idades entre 07 anos e 11 anos e 11 meses. Para a elegibilidade dos escolares avaliou-se inicialmente a sensibilidade auditiva, integridade do funcionamento da orelha média e das vias auditivas subcorticais, e a capacidade intelectual. Em seguida os escolares foram submetidos a avaliação comportamental do PAC, por meio do Teste de Fala com Ruído Branco (TFRB), Dicótico de Dígitos (TDD), Padrão de Frequência (TPF) e Gap in Noise (GIN); avaliação do Processamento Fonológico (Consciência Fonológica, Memória de Trabalho Fonológica e Nomeação Automática Rápida); e avaliação eletrofisiológica do PAC, por meio das componentes P1 e N1, com estímulos clique e fala. Resultados: Os grupos diferiram-se estatisticamente (p <0,05) na avaliação comportamental do PAC para o TFRB, TDD e TPF, em ambas as orelhas, com menores resultados no GE. Para o Processamento Fonológico, o GC apresentou maiores escores em todas as habilidades, com diferença estatística (p < 0,05) entre os grupos. Na avaliação eletrofisiológica do PAC, a componente P1 foi identificada em 100% dos escolares do GC e em 80,90% para o clique e 95,23% para a fala no GE; enquanto a presença de N1 não foi identificada em todos os escolares de ambos os grupos. Ao comparar os estímulos clique e fala, no GE a latência de P1 e N1 não apresentou diferenças estatísticas (p > 0,05), enquanto no GC houve maiores valores para o estímulo de fala. No GE, a amplitude da componente P1 apresentou maiores valores para o estímulo de fala (p < 0,05); para a N1 ambos os grupos apresentaram maiores valores para este mesmo estímulo. Na comparação entre os grupos, para a latência de P1 e N1, o GE apresentou maiores valores para o estímulo clique em relação ao GC, estatisticamente significante (p < 0,05). Para a amplitude da componente P1, o GE apresentou maiores valores com estímulo de fala em comparação ao GC. Conclusão: Na condição do TPAC o processamento da informação auditiva, registrado por meio das componentes P1 e N1 do PEALL, apresenta diferenças ao ser comparado a populações sem esta condição.Introduction: Auditory Evoked Potentials (AEP) are indicated as complementary to the behavioral assessment of Central Auditory Processing (CAP), to characterize the neural synchrony of the auditory pathways. In Long Latency AEP, P1 and N1 components theoretically represent the first thalamocortical activity due to sound stimulation. This characteristic and the exogenous nature of these components make them of interest for the investigation of speech processing in the condition of Central Auditory Processing Disorder (CAPD). Objective: To characterize and compare the recording of P1 and N1 components obtained through auditory evoked potential with different sound stimuli in schoolchildren with CAPD. Method: 37 students comprised the sample, comprising two groups based on the presence or absence of TPAC, the Study Group (SG) with 21 students and the Control Group (CG) with 14 students of both sexes, aged 07 years. and 11 years and 11 months. For the eligibility of the students, the hearing sensitivity, the integrity of the middle ear and the subcortical auditory pathways and the intellectual capacity were initially evaluated. Then the students were submitted to behavioral assessment of the PAC, through the White Noise Speech Test (WNST), Dichotic Digits (DDT), Pitch Pattern (PPT) and Gap in Noise (GIN); Phonological Processing assessment (Phonological Awareness, Phonological Working Memory and Rapid Automatic Naming); and electrophysiological evaluation of the PAC, through the P1 and N1 components, with click and speech stimuli. Results: The groups differed statistically (p < 0.05) in the behavioral assessment of PAC for WNST, DDT and PPT in both ears, with lower results in SG. For phonological processing, the CG presented higher scores in all abilities, with statistical difference (p < 0.05) between the groups. In the electrophysiological evaluation of the PAC, the P1 component was identified in 100% of CG students and 80.90% for click and 95.23% for speech in the SG; while the presence of N1 was not identified in all students in both groups. When comparing the click and speech stimuli, in SG the P1 and N1 latency did not present statistical differences (p > 0.05), while in CG there were higher values for the speech stimulus. In SG, the amplitude of the P1 component presented higher values for speech stimulus (p < 0.05); for N1 both groups presented higher values for this same stimulus. In the comparison between groups, for P1 and N1 latency, the EG presented higher values for the click stimulus in relation to the CG, statistically significant (p < 0.05). For the amplitude of the P1 component, the EG presented higher values with speech stimulus compared to the CG. Conclusion: In the TPAC condition, the processing of auditory information, recorded through the PALL and N1 components of LLAEP, presents differences when compared to populations without this condition.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFukuda, Marisa Tomoe HebiharaSilva, Pamela Papile Lunardelo da2019-10-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-09042024-073352/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-07-10T13:44:02Zoai:teses.usp.br:tde-09042024-073352Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-07-10T13:44:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Introdução: Os Potenciais Evocados Auditivos (PEA) são indicados como complementares a avaliação comportamental do Processamento Auditivo Central (PAC), para caracterizar a sincronia neural das vias auditivas. No PEA de Longa Latência, as componentes P1 e N1, representam teoricamente a primeira atividade tálamo-cortical decorrente de estimulação sonora. Esta característica e a natureza exógena destas componentes as tornam de interesse para a investigação do processamento de fala na condição do Transtorno do Processamento Auditivo Central (TPAC). Objetivo: Caracterizar e comparar o registro das componentes P1 e N1 obtidas por meio do potencial evocado auditivo com diferentes estímulos sonoros em escolares com TPAC. Método: 37 escolares constituíram a casuística, compondo dois grupos a partir da presença ou ausência de TPAC, o Grupo Estudo (GE) com 21 escolares e o Grupo Controle (GC) com 14 escolares, de ambos os sexos, com idades entre 07 anos e 11 anos e 11 meses. Para a elegibilidade dos escolares avaliou-se inicialmente a sensibilidade auditiva, integridade do funcionamento da orelha média e das vias auditivas subcorticais, e a capacidade intelectual. Em seguida os escolares foram submetidos a avaliação comportamental do PAC, por meio do Teste de Fala com Ruído Branco (TFRB), Dicótico de Dígitos (TDD), Padrão de Frequência (TPF) e Gap in Noise (GIN); avaliação do Processamento Fonológico (Consciência Fonológica, Memória de Trabalho Fonológica e Nomeação Automática Rápida); e avaliação eletrofisiológica do PAC, por meio das componentes P1 e N1, com estímulos clique e fala. Resultados: Os grupos diferiram-se estatisticamente (p <0,05) na avaliação comportamental do PAC para o TFRB, TDD e TPF, em ambas as orelhas, com menores resultados no GE. Para o Processamento Fonológico, o GC apresentou maiores escores em todas as habilidades, com diferença estatística (p < 0,05) entre os grupos. Na avaliação eletrofisiológica do PAC, a componente P1 foi identificada em 100% dos escolares do GC e em 80,90% para o clique e 95,23% para a fala no GE; enquanto a presença de N1 não foi identificada em todos os escolares de ambos os grupos. Ao comparar os estímulos clique e fala, no GE a latência de P1 e N1 não apresentou diferenças estatísticas (p > 0,05), enquanto no GC houve maiores valores para o estímulo de fala. No GE, a amplitude da componente P1 apresentou maiores valores para o estímulo de fala (p < 0,05); para a N1 ambos os grupos apresentaram maiores valores para este mesmo estímulo. Na comparação entre os grupos, para a latência de P1 e N1, o GE apresentou maiores valores para o estímulo clique em relação ao GC, estatisticamente significante (p < 0,05). Para a amplitude da componente P1, o GE apresentou maiores valores com estímulo de fala em comparação ao GC. Conclusão: Na condição do TPAC o processamento da informação auditiva, registrado por meio das componentes P1 e N1 do PEALL, apresenta diferenças ao ser comparado a populações sem esta condição. |
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