Condições de vida e de saúde de pessoas idosas residentes em Instituições de Longa Permanência cadastradas no Sistema Único de Assistência Social brasileiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-06112024-115245/ |
Resumo: | O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial e representa um dos maiores desafios a ser enfrentado nos próximos anos, com implicações tanto para a pessoa que o vivencia quanto para a sociedade que o assiste. Situações diversas podem levar à necessidade de cuidados, entre as quais se incluem as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI). Esta pesquisa tem por objetivo analisar as condições de vida e de saúde de pessoas idosas residentes em Instituições de Longa Permanência cadastradas no Sistema Único da Assistência Social (SUAS). Trata-se de um estudo transversal, descritivo, analítico e quantitativo, realizado com 4.250 residentes em ILPIs cadastradas no SUAS em 2014, das cinco regiões brasileiras. Os dados foram coletados in loco, de agosto de 2015-2018, com questionário específico. Utilizou-se o software estatístico Stata®, versão 15, para a análise descritiva e as modelagens foram realizadas com uso do software livre de código aberto R versão 4.4.1 e suas bibliotecas apropriadas, em especial a biblioteca stats (versão 4.5.0) com emprego da função glm para a construção dos modelos de regressão logística. Foram considerados cinco modelos distintos, um para cada região brasileira. Os efeitos das variáveis explicativas sobre a fragilidade foram expressos como razões de chances (OR). Os resultados e discussão estão apresentados no formato de artigos (três artigos): o primeiro analisou os fatores sociodemográficos e a rede de apoio dos participantes por região do Brasil, onde a maioria são homens, com 80 anos ou mais, pardos ou brancos, católicos, baixa escolaridade, solteiros, sem filhos, com rendimentos de até um salário mínimo, proveniente da aposentadoria. O tempo médio de moradia na instituição foi de 4 anos, sendo a institucionalização relacionada, principalmente, à necessidade de cuidados. Não costumam sair da instituição e recebem visitas de familiares; o segundo artigo analisou as condições de saúde e as demandas assistenciais das pessoas idosas institucionalizadas, por região, onde constatou-se prevalência de residentes com declínio cognitivo, multimorbidade e polifarmácia (regiões Sul e Sudeste), com comprometimento funcional para atividades de vida diária. Não apresentaram quedas e realizaram pelo menos uma consulta médica nos 12 meses que antecederam a coleta; e no terceiro artigo, foram analisados a prevalência, os fatores associados e os desfechos da síndrome da fragilidade. Houve predomínio de residentes frágeis, com efeito significativo em algumas variáveis associadas, a depender da região. As evidências reunidas mostram que as pessoas idosas residentes nas ILPIs cadastradas no SUAS são longevas, com baixa escolaridade e renda e com rede de apoio insuficiente, têm comprometimento funcional e de saúde significativos, são frágeis, possuem alteração cognitiva, multimorbidade, fazem uso de medicação diária, requerendo assistência especializada para o atendimento de suas necessidades, mesmo a instituição de longa permanência não sendo uma instituição de saúde. É necessário um olhar diferenciado, segundo região, para essa população, dadas as diferenças regionais das características populacionais, a disponibilidade de serviços socioassistenciais e de saúde. |
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Condições de vida e de saúde de pessoas idosas residentes em Instituições de Longa Permanência cadastradas no Sistema Único de Assistência Social brasileiroLiving and health conditions of elderly individuals residing in Long-Term Care Facilities registered with the Brazilian Unified Social Assistance SystemAgedApoio SocialFatores SociodemográficosHealth StatusHomes for the AgedIdosoInstituição de Longa Permanência para IdososNível de SaúdeSocial SupportSociodemographic FactorsO envelhecimento populacional é um fenômeno mundial e representa um dos maiores desafios a ser enfrentado nos próximos anos, com implicações tanto para a pessoa que o vivencia quanto para a sociedade que o assiste. Situações diversas podem levar à necessidade de cuidados, entre as quais se incluem as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI). Esta pesquisa tem por objetivo analisar as condições de vida e de saúde de pessoas idosas residentes em Instituições de Longa Permanência cadastradas no Sistema Único da Assistência Social (SUAS). Trata-se de um estudo transversal, descritivo, analítico e quantitativo, realizado com 4.250 residentes em ILPIs cadastradas no SUAS em 2014, das cinco regiões brasileiras. Os dados foram coletados in loco, de agosto de 2015-2018, com questionário específico. Utilizou-se o software estatístico Stata®, versão 15, para a análise descritiva e as modelagens foram realizadas com uso do software livre de código aberto R versão 4.4.1 e suas bibliotecas apropriadas, em especial a biblioteca stats (versão 4.5.0) com emprego da função glm para a construção dos modelos de regressão logística. Foram considerados cinco modelos distintos, um para cada região brasileira. Os efeitos das variáveis explicativas sobre a fragilidade foram expressos como razões de chances (OR). Os resultados e discussão estão apresentados no formato de artigos (três artigos): o primeiro analisou os fatores sociodemográficos e a rede de apoio dos participantes por região do Brasil, onde a maioria são homens, com 80 anos ou mais, pardos ou brancos, católicos, baixa escolaridade, solteiros, sem filhos, com rendimentos de até um salário mínimo, proveniente da aposentadoria. O tempo médio de moradia na instituição foi de 4 anos, sendo a institucionalização relacionada, principalmente, à necessidade de cuidados. Não costumam sair da instituição e recebem visitas de familiares; o segundo artigo analisou as condições de saúde e as demandas assistenciais das pessoas idosas institucionalizadas, por região, onde constatou-se prevalência de residentes com declínio cognitivo, multimorbidade e polifarmácia (regiões Sul e Sudeste), com comprometimento funcional para atividades de vida diária. Não apresentaram quedas e realizaram pelo menos uma consulta médica nos 12 meses que antecederam a coleta; e no terceiro artigo, foram analisados a prevalência, os fatores associados e os desfechos da síndrome da fragilidade. Houve predomínio de residentes frágeis, com efeito significativo em algumas variáveis associadas, a depender da região. As evidências reunidas mostram que as pessoas idosas residentes nas ILPIs cadastradas no SUAS são longevas, com baixa escolaridade e renda e com rede de apoio insuficiente, têm comprometimento funcional e de saúde significativos, são frágeis, possuem alteração cognitiva, multimorbidade, fazem uso de medicação diária, requerendo assistência especializada para o atendimento de suas necessidades, mesmo a instituição de longa permanência não sendo uma instituição de saúde. É necessário um olhar diferenciado, segundo região, para essa população, dadas as diferenças regionais das características populacionais, a disponibilidade de serviços socioassistenciais e de saúde.Population aging is a global phenomenon and represents one of the greatest challenges to be addressed in the coming years, with implications both for the individuals experiencing it and for the society that supports them. Various situations can lead to the need for care, including Long-Term Care Facilities for the Elderly (LTCF). This research aims to analyze the living and health conditions of elderly individuals residing in LTCFs registered with the Unified Social Assistance System (SUAS). This is a cross-sectional, descriptive, analytical, and quantitative study conducted with 4,250 residents in LTCFs registered with SUAS in 2014, across the five Brazilian regions. Data were collected in loco from August 2015 to 2018 using a specific questionnaire. The Stata® statistical software, version 15, was used for descriptive analysis, and modeling was performed using the open-source software R version 4.4.1 and its appropriate libraries, particularly the stats library (version 4.5.0), employing the glm function for the construction of logistic regression models. Five distinct models were considered, one for each Brazilian region. The effects of explanatory variables on frailty were expressed as odds ratios (OR). The results and discussion are presented in the form of articles (three articles): the first analyzed the sociodemographic factors and support networks of participants by region of Brazil, where the majority are men, aged 80 years or older, mixed-race or white, Catholic, with low education levels, single, childless, with incomes of up to one minimum wage, originating from retirement pensions. The average length of residence in the institution was four years, with institutionalization mainly related to the need for care. Residents rarely leave the institution and receive visits from family members; the second article analyzed the health conditions and care demands of institutionalized elderly individuals by region, where a prevalence of residents with cognitive decline, multimorbidity, and polypharmacy (in the South and Southeast regions) was found, with functional impairment for daily living activities. Residents did not experience falls and had at least one medical consultation in the 12 months preceding data collection; the third article analyzed the prevalence, associated factors, and outcomes of frailty syndrome. A predominance of frail residents was observed, with significant effects on some associated variables, depending on the region. The gathered evidence shows that elderly individuals residing in LTCFs registered with SUAS are long-lived, have low education and income levels, insufficient support networks, significant functional and health impairments, are frail, exhibit cognitive decline, multimorbidity, and use daily medication, requiring specialized assistance to meet their needs, even though long-term care facilities are not health institutions. A differentiated approach, by region, is necessary for this population, given the regional differences in population characteristics, and the availability of social assistance and health services.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPWatanabe, Helena Akemi WadaOliveira, Janine Melo de2024-09-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-06112024-115245/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPReter o conteúdo por motivos de patente, publicação e/ou direitos autoriais.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-11-06T14:10:02Zoai:teses.usp.br:tde-06112024-115245Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-11-06T14:10:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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