Efeitos da poluição do ar na adrenal de camundongas: aspectos histomorfométricos e imunoistoquímicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fuchs, Luiz Fernando Portugal
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-25112014-112036/
Resumo: INTRODUÇÃO: A poluição em centros urbanos é produzida, principalmente, pela queima de combustíveis fósseis. Constitui problema que afeta a saúde da população, provocando doenças tanto no sistema respiratório, como sistemicamente em vários órgãos. Dentre as funções afetadas, realça o impacto da poluição sobre o sistema endócrino, podendo acometer as adrenais, tanto, no ser humano, como em roedores. Todavia, pouco se conhece sobre a ação nesta glândula. Assim, propusemo-nos a analisar os efeitos do ar poluído sobre as adrenais em duas gerações consecutivas de camundongas. OBJETIVOS: Analisar os efeitos do ar concentrado com material particulado (MP) 2,5um sobre as adrenais, avaliando as alterações histomorfométricas; a angiogênese pelo fator de crescimento vascular endotelial (VEGF-A); a pela proliferação celular por meio da proteína Ki-67 e o índice de apoptose pela caspase 3-clivada nas três zonas do córtex da adrenal. MATERIAL E MÉTODOS: Utilizaram-se 20 camundongas alocadas em biotério livre de poluentes, as quais foram acasalados na proporção de um macho para duas fêmeas. Após confirmação da cópula, foram divididas em 2 grupos de 10 animais cada. Acondicionou-se um grupo diariamente em uma câmara, onde as camundongas foram expostas a MP 2,5um à concentração de 600ug/m³ (G0P). O outro grupo, com 10 animais, foi alocado em outra câmara com ar filtrado (G0NP). A exposição ocorreu diariamente durante toda a prenhez das camundongas. Ao nascimento os conceptos, foram amamentados por 30 dias em amamentação, período onde não houve exposição aos poluentes. Após este período, as mães foram eutanasiadas para coleta das adrenais e as filhas sofreram o mesmo protocolo de exposição (G1P e G1NP - submetidas e não submetidas à poluição), não foram acasaladas, sendo eutanasiadas para coleta das adrenais ao fim do protocolo. As adrenais passaram por processamento histológico para coloração de H.E. e imunoistoquímico. RESULTADOS: As adrenais do grupo G0P apresentaram maior espessura da zona glomerulosa e as do G1P apresentaram maior quantidade de espongiócitos na zona fasciculada. As adrenais do grupo G1P tiveram maior imunoexpressão de VEGF-A na zona glomerulosa do que as do G1NP. A imunoexpressão do Ki-67 foi maior na zona reticulada no grupo G0P; no grupo G1P houve maior expressão do Ki-67 na zona glomerulosa do que no grupo G1NP. A imunoexpressão da caspase-3 clivada foi maior nos grupos G0P e G1P do que nos demais. CONCLUSÃO: A exposição ao ar poluído com material particulado 2.5?m determinou alterações histomorfométricas e imunoistoquímicas nas três zonas do córtex da adrenal de duas gerações consecutivas de camundongas. Estas alterações poderiam causar distúrbios endócrinos e cardiovasculares
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spelling Efeitos da poluição do ar na adrenal de camundongas: aspectos histomorfométricos e imunoistoquímicosEffects of air pollution in the female mice adrenal. Histomorphometric and immunohistochemical aspectsAdrenalAdrenalAir pollutionCamundongasMaterial particulado 2.5umMiceParticulate matter 2.5umPoluição do arINTRODUÇÃO: A poluição em centros urbanos é produzida, principalmente, pela queima de combustíveis fósseis. Constitui problema que afeta a saúde da população, provocando doenças tanto no sistema respiratório, como sistemicamente em vários órgãos. Dentre as funções afetadas, realça o impacto da poluição sobre o sistema endócrino, podendo acometer as adrenais, tanto, no ser humano, como em roedores. Todavia, pouco se conhece sobre a ação nesta glândula. Assim, propusemo-nos a analisar os efeitos do ar poluído sobre as adrenais em duas gerações consecutivas de camundongas. OBJETIVOS: Analisar os efeitos do ar concentrado com material particulado (MP) 2,5um sobre as adrenais, avaliando as alterações histomorfométricas; a angiogênese pelo fator de crescimento vascular endotelial (VEGF-A); a pela proliferação celular por meio da proteína Ki-67 e o índice de apoptose pela caspase 3-clivada nas três zonas do córtex da adrenal. MATERIAL E MÉTODOS: Utilizaram-se 20 camundongas alocadas em biotério livre de poluentes, as quais foram acasalados na proporção de um macho para duas fêmeas. Após confirmação da cópula, foram divididas em 2 grupos de 10 animais cada. Acondicionou-se um grupo diariamente em uma câmara, onde as camundongas foram expostas a MP 2,5um à concentração de 600ug/m³ (G0P). O outro grupo, com 10 animais, foi alocado em outra câmara com ar filtrado (G0NP). A exposição ocorreu diariamente durante toda a prenhez das camundongas. Ao nascimento os conceptos, foram amamentados por 30 dias em amamentação, período onde não houve exposição aos poluentes. Após este período, as mães foram eutanasiadas para coleta das adrenais e as filhas sofreram o mesmo protocolo de exposição (G1P e G1NP - submetidas e não submetidas à poluição), não foram acasaladas, sendo eutanasiadas para coleta das adrenais ao fim do protocolo. As adrenais passaram por processamento histológico para coloração de H.E. e imunoistoquímico. RESULTADOS: As adrenais do grupo G0P apresentaram maior espessura da zona glomerulosa e as do G1P apresentaram maior quantidade de espongiócitos na zona fasciculada. As adrenais do grupo G1P tiveram maior imunoexpressão de VEGF-A na zona glomerulosa do que as do G1NP. A imunoexpressão do Ki-67 foi maior na zona reticulada no grupo G0P; no grupo G1P houve maior expressão do Ki-67 na zona glomerulosa do que no grupo G1NP. A imunoexpressão da caspase-3 clivada foi maior nos grupos G0P e G1P do que nos demais. CONCLUSÃO: A exposição ao ar poluído com material particulado 2.5?m determinou alterações histomorfométricas e imunoistoquímicas nas três zonas do córtex da adrenal de duas gerações consecutivas de camundongas. Estas alterações poderiam causar distúrbios endócrinos e cardiovascularesINTRODUCTION: The pollution in urban centers is produced mainly by the burning of fossil fuels. It\'s a concern of public health, causing diseases in both the respiratory system and the other organs. Among the affected functions, it is important to highlight the impact of pollution on the endocrine system and this effect on the adrenal glands, both in humans and in rodents. However, little is known on the action of pollutants on this gland. Therefore, the aim of this study was to analyze the effects of polluted air on the adrenal in two consecutive generations of female mice. OBJECTIVES: To assess the effects of concentrate air with particulate matter (PM) 2.5um on the adrenal cortex evaluating histomorphometric changes; angiogenesis by vascular endothelial growth factor (VEGF-A); the cell proliferation by Ki-67 index and apoptosis by cleaved caspase-3 in the three zones of the adrenal cortex. MATERIAL AND METHODS: We used 20 female mice in their cages free of pollutants. Those animals were mated at a ratio of one male to two females. After mating confirmation, animals were divided into 2 groups of 10 animals each. A group was daily allocated in a chamber where the female mice were exposed to PM 2.5um at a concentration of 600ug/m³ (G0P). The other group of 10 animals was allocated in another chamber with filtered air (G0NP). The exposure occurred daily throughout pregnancy period. At birth, the fetuses were breastfed for 30 days. During breastfeeding period there was no pollutants exposure. After this period, mothers were euthanized for adrenal collection and daughters suffered the same exposure protocol (G1P and G1NP - exposed and not exposed to pollution), but those were not mated, being euthanized for adrenal collection at the end of the protocol. The adrenal underwent histological processing for H.E. staining and immunohistochemistry. RESULTS: The adrenal of the G0P group had increased thickness of the zona glomerulosa and the G1P presented more espongiocytes in the zona fasciculata. The adrenal of the G1P group had higher immunoreactivity of VEGF-A in the zona glomerulosa than one of the G1NP. The immunoreactivity of Ki-67 in the zona reticularis of G0P group was higher one of G0NP; there was a higher expression of Ki-67 in the zona glomerulosa of the G1P group compared to G1NP group. The immunoreactivity of cleaved caspase-3 in G0P and G1P was higher than ones of other groups. CONCLUSION: Exposure to air pollution with particulate matter 2.5um determined histomorphometric and immunohistochemical changes in the three adrenal cortical zones of the two consecutive generations of mice. These changes could cause endocrine and cardiovascular disordersBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBaracat, Edmund ChadaFuchs, Luiz Fernando Portugal2014-09-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-25112014-112036/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:55Zoai:teses.usp.br:tde-25112014-112036Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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description INTRODUÇÃO: A poluição em centros urbanos é produzida, principalmente, pela queima de combustíveis fósseis. Constitui problema que afeta a saúde da população, provocando doenças tanto no sistema respiratório, como sistemicamente em vários órgãos. Dentre as funções afetadas, realça o impacto da poluição sobre o sistema endócrino, podendo acometer as adrenais, tanto, no ser humano, como em roedores. Todavia, pouco se conhece sobre a ação nesta glândula. Assim, propusemo-nos a analisar os efeitos do ar poluído sobre as adrenais em duas gerações consecutivas de camundongas. OBJETIVOS: Analisar os efeitos do ar concentrado com material particulado (MP) 2,5um sobre as adrenais, avaliando as alterações histomorfométricas; a angiogênese pelo fator de crescimento vascular endotelial (VEGF-A); a pela proliferação celular por meio da proteína Ki-67 e o índice de apoptose pela caspase 3-clivada nas três zonas do córtex da adrenal. MATERIAL E MÉTODOS: Utilizaram-se 20 camundongas alocadas em biotério livre de poluentes, as quais foram acasalados na proporção de um macho para duas fêmeas. Após confirmação da cópula, foram divididas em 2 grupos de 10 animais cada. Acondicionou-se um grupo diariamente em uma câmara, onde as camundongas foram expostas a MP 2,5um à concentração de 600ug/m³ (G0P). O outro grupo, com 10 animais, foi alocado em outra câmara com ar filtrado (G0NP). A exposição ocorreu diariamente durante toda a prenhez das camundongas. Ao nascimento os conceptos, foram amamentados por 30 dias em amamentação, período onde não houve exposição aos poluentes. Após este período, as mães foram eutanasiadas para coleta das adrenais e as filhas sofreram o mesmo protocolo de exposição (G1P e G1NP - submetidas e não submetidas à poluição), não foram acasaladas, sendo eutanasiadas para coleta das adrenais ao fim do protocolo. As adrenais passaram por processamento histológico para coloração de H.E. e imunoistoquímico. RESULTADOS: As adrenais do grupo G0P apresentaram maior espessura da zona glomerulosa e as do G1P apresentaram maior quantidade de espongiócitos na zona fasciculada. As adrenais do grupo G1P tiveram maior imunoexpressão de VEGF-A na zona glomerulosa do que as do G1NP. A imunoexpressão do Ki-67 foi maior na zona reticulada no grupo G0P; no grupo G1P houve maior expressão do Ki-67 na zona glomerulosa do que no grupo G1NP. A imunoexpressão da caspase-3 clivada foi maior nos grupos G0P e G1P do que nos demais. CONCLUSÃO: A exposição ao ar poluído com material particulado 2.5?m determinou alterações histomorfométricas e imunoistoquímicas nas três zonas do córtex da adrenal de duas gerações consecutivas de camundongas. Estas alterações poderiam causar distúrbios endócrinos e cardiovasculares
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