Importância da estação sismográfica tipo arranjo de Valinhos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1977 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44131/tde-25092015-095717/ |
Resumo: | A América do Sul possui uma densidade muito baixa de estações sismográficas, em relação a outras áreas de Terras e quase todas elas concentradas ao longo da faixa andina, onde o índice de sismicidade é elevado. A região centro-oriental sul-americana, de baixa sismicidade, permite a operação de sismógrafos com ampliações maiores que as situadas na região andina, onde o nível de ruído sísmico de fundo é elevado. A instalação de estações com equipamento altamente sensível na região centro-oriental sul-americana, convenientemente afastadas do litoral atlântico, aumenta as possibilidades de detectar um número maior de sismos, e em condições mais favoráveis, que as estações da região andina. A aplicação de alguns métodos de análise e interpretação de dados sísmicos permite a identificação de características estruturais existentes no interior da Terra, comparado como os dados fornecidos por estações pontuais. No presente trabalho, mediante a análise e interpretação de sismogramas, obtidos na estação sismográfica experimental de Valinhos e na estação tipo arranjo de Brasília (SAAS), foi possível mostrar que os dados obtidos na estação de Valinhos são úteis para efetuar estudos de sismicidade e tectônica a níveis local e regional, assim como para estudos da estrutura interna do nosso planeta. Para o presente trabalho, foram selecionados 37 sismos, com distâncias epicentrais compreendidas entre \'15 GRAUS\' e \'68 GRAUS\' em relação a Valinhos, cujos sismogramas foram analisados detalhadamente com a finalidade de identificar as fases sísmicas presentes, efetuar a leitura dos tempos de chegada dessas fases, e a leitura dos parâmetros para o cálculo de magnitude sísmica. O uso dos modelos sísmicos de Jeffreys e Bullen (J-B) e de Herrin, na análise mencionada, permitiram obter dois tipos de resíduos de tempo de percurso para as fases identificadas. A distribuição azimutal desses resíduos, não obstante o reduzido número de ) dados disponíveis no presente estudo, permitiu sugerir a existência de várias irregularidades na estrutura interna da Terra, tais como algumas áreas na região andina onde os sismos apresentam resíduos discordantes, em Valinhos e SAAS, com os resíduos predominantes dos sismos que ocorrem nessa região. Os resíduos, em relação ao modelo J-B, São maiores para sismos com epicentros em regiões tectonicamente mais complicadas, e na sua maioria, negativos (tempo de percurso teórico maior que o observado) para sismos com distância epicentral até \'68 GRAUS\'. Nesses sismos, as magnitudes calculadas em Valinhos e SAAS apresentam algumas características importantes, tais como, um valor elevado, em relação ao adotado por centro sismológicos internacionais, no caso de alguns sismos com distâncias epicentrais menores que \'25 GRAUS\'; a existência de alguns casos em que a magnitude é maior em Valinhos que em SAAS, para sismos ocorridos na mesma área. Os sismogramas analisados, dos sismos com distâncias epicentrais maiores que \'125 GRAUS\', oferecem a oportunidades de efetuar pesquisas detalhadas das diferentes ramificações da fase PKP, seus limites de ocorrência, tempos de percurso, etc., tornando possíveis o estudo do núcleo terrestre e a revisão das tabelas de tempo de percurso para essas fases. Pelos resultados obtidos no presente trabalho, conclui-se que a estação sismográfica de Valinhos fornecerá dados úteis para estudos de sismicidade e tectônica a níveis local e regional, e da estrutura interna da Terra. Considerando-se as características instrumentais e o tipo de estação, que se pretende instalar em Valinhos, a qualidade dos dados e o processamento dos mesmos serão notavelmente melhorados. |
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