Efeito do diazepam em facilitar a colocação dos dispositivos durante procedimento de esterilização tubária por histeroscopia: estudo clínico randomizado e controlado

• Autor(a) principal: Marina Gonzalez Ribas
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://doi.org/10.11606/D.17.2019.tde-04102019-163852

Vários fatores são apontados para predizer a taxa de sucesso na colocação dos dispositivos tubários na esterilização por histeroscopia, sendo um deles o uso de medicamentos antes do procedimento como os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), os mais avaliados quanto à facilidade na colocação dos dispositivos nas tubas, e o diazepam, um ansiolítico que atua na redução da ansiedade das pacientes e na motilidade tubária. Ambos são recomendados pelo fabricante, mas não há uma avaliação do diazepam quanto a sua possível relação com o relaxamento tubário no intuito de diminuir seu vasoespasmo aumentando a taxa de sucesso do método ou de critérios específicos para ser adotado como rotina. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da dose de 10mg de diazepam via oral previamente ao procedimento de esterilização tubária histeroscópica facilitando a inserção dos dispositivos no interior das tubas. Para isso, foram inseridas 82 pacientes que escolheram a esterilização tubária histeroscópica como método anticoncepcional e randomizadas em dois grupos, sendo 43 que tomaram 10mg de diazepam e 39 que tomaram medicação sem substância (placebo) trinta minutos antes do procedimento. Foi avaliada a facilidade de colocação dos dispositivos pelo médico que realizou o procedimento através da classificação do procedimento em fácil ou difícil aplicação. Em relação à facilidade na inserção do dispositivo, houve diferença estatística no lado direito que apresentou maior facilidade no grupo diazepam em relação ao placebo. Foi concluído que o uso do diazepam prévio na dose de 10mg e quando administrado 30 minutos previamente a esterilização tubária histeroscópica facilitou a colocação do dispositivo no lado direito, porém mais estudos deverão ser realizados para sua recomendação de rotina