Influência das condições obstétricas ao nascimento sobre padrões de vitalidade e bioquímica neonatal na espécie canina
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-08072008-153736/ |
Resumo: | Em Medicina Veterinária, os avanços em Neonatologia são escassos quando comparados aos da Medicina Humana. Dentre as possíveis causas para esta situação atual destacam-se as particularidades fisiológicas deste período. Os objetivos do presente estudo foram: estabelecer os valores normais de algumas variáveis laboratoriais de neonatos nascidos de parto eutócico, identificar eventuais alterações metabólicas maternas e dos neonatos nascidos em diferentes condições obstétricas, verificar os efeitos da administração de ocitocina sob variáveis neonatais e maternas e mensurar os níveis de cortisol materno e neonatal como forma de estudar as diferentes situações de estresse no momento do parto. Vinte e nove fêmeas caninas foram alocadas em 3 grupos, de acordo com o tipo de parto: eutocia (grupo 1), distocia corrigida por manobras obstétricas ou cesariana (grupo 2) e indução de contrações uterinas com ocitocina (grupo 3). Cinqüenta e um neonatos foram avaliados por meio do sistema Apgar e temperatura corpórea ao nascimento, 5 minutos e 1 hora após o nascimento, bem como por avaliação hemogasométrica, dosagem de cortisol e glicemia ao nascimento e após 1 hora. A avaliação materna constituiu no controle da pressão arterial, monitorização cardíaca, glicemia e dosagem de cortisol em momentos pontuais no pré, intra e pós-parto. Os neonatos dos distintos grupos apresentaram acidose mista associada à hipóxia ao nascimento, com maior comprometimento metabólico nos filhotes do grupo 3. Após 1 hora, recuperaram-se do componente respiratório, mantendo apenas o quadro de acidose metabólica por maior comprometimento da hipóxia. A avaliação neonatal pelo escore Apgar demonstrou que filhotes do grupo 2 nascem em maior depressão que neonatos dos grupos 1 e 3, porém todos apresentam adequada recuperação após 1 hora. Nas parturientes, a administração de ocitocina favoreceu a elevação da pressão arterial para níveis normais durante o trabalho de parto, bem como o aumento da glicemia. Neonatos nascidos por manobra obstétrica ou cesariana apresentaram maior concentração de cortisol plasmático ao nascimento, em comparação aos grupos 1 e 3. Contudo, todos os neonatos apresentaram redução significativa dos níveis de cortisol após 1 hora do nascimento. Por outro lado, foi possível verificar maior concentração sérica deste hormônio após o término do parto nas fêmeas submetidas à infusão de ocitocina. Em conclusão, a administração de ocitocina é responsável por maiores alterações metabólicas em neonatos; na parturiente, a administração de ocitocina promove alterações na pressão arterial, glicemia e aumento da liberação de cortisol; a manobra obstétrica ou cesariana promove maior estresse neonatal ao nascimento. |
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Influência das condições obstétricas ao nascimento sobre padrões de vitalidade e bioquímica neonatal na espécie caninaCanine neonatal vitality and biochemistry profile under distinct obstetric conditionsAcid-base balanceCanine neonateCortisolCortisolDystocic parturitionEquilíbrio ácido-baseNeonato caninoOcitocinaOxytocinParto distócicoEm Medicina Veterinária, os avanços em Neonatologia são escassos quando comparados aos da Medicina Humana. Dentre as possíveis causas para esta situação atual destacam-se as particularidades fisiológicas deste período. Os objetivos do presente estudo foram: estabelecer os valores normais de algumas variáveis laboratoriais de neonatos nascidos de parto eutócico, identificar eventuais alterações metabólicas maternas e dos neonatos nascidos em diferentes condições obstétricas, verificar os efeitos da administração de ocitocina sob variáveis neonatais e maternas e mensurar os níveis de cortisol materno e neonatal como forma de estudar as diferentes situações de estresse no momento do parto. Vinte e nove fêmeas caninas foram alocadas em 3 grupos, de acordo com o tipo de parto: eutocia (grupo 1), distocia corrigida por manobras obstétricas ou cesariana (grupo 2) e indução de contrações uterinas com ocitocina (grupo 3). Cinqüenta e um neonatos foram avaliados por meio do sistema Apgar e temperatura corpórea ao nascimento, 5 minutos e 1 hora após o nascimento, bem como por avaliação hemogasométrica, dosagem de cortisol e glicemia ao nascimento e após 1 hora. A avaliação materna constituiu no controle da pressão arterial, monitorização cardíaca, glicemia e dosagem de cortisol em momentos pontuais no pré, intra e pós-parto. Os neonatos dos distintos grupos apresentaram acidose mista associada à hipóxia ao nascimento, com maior comprometimento metabólico nos filhotes do grupo 3. Após 1 hora, recuperaram-se do componente respiratório, mantendo apenas o quadro de acidose metabólica por maior comprometimento da hipóxia. A avaliação neonatal pelo escore Apgar demonstrou que filhotes do grupo 2 nascem em maior depressão que neonatos dos grupos 1 e 3, porém todos apresentam adequada recuperação após 1 hora. Nas parturientes, a administração de ocitocina favoreceu a elevação da pressão arterial para níveis normais durante o trabalho de parto, bem como o aumento da glicemia. Neonatos nascidos por manobra obstétrica ou cesariana apresentaram maior concentração de cortisol plasmático ao nascimento, em comparação aos grupos 1 e 3. Contudo, todos os neonatos apresentaram redução significativa dos níveis de cortisol após 1 hora do nascimento. Por outro lado, foi possível verificar maior concentração sérica deste hormônio após o término do parto nas fêmeas submetidas à infusão de ocitocina. Em conclusão, a administração de ocitocina é responsável por maiores alterações metabólicas em neonatos; na parturiente, a administração de ocitocina promove alterações na pressão arterial, glicemia e aumento da liberação de cortisol; a manobra obstétrica ou cesariana promove maior estresse neonatal ao nascimento.Studies accomplishing canine neonatology are scarce in Veterinary Medicine comparing to Human Neonatology due to the particularity of this refered period. The aims of the present study were to establish standard laboratorial values of the canine neonate, identify metabolic changes of bitches and neonates born under different obstetric conditionsl, verify the consequences of dystocia treated medically by oxytocin administration on maternal and neonatal variables and to measure maternal and neonatal cortisol levels on distinc stress situations during parturition. Twenty nine canine females were allocated into 3 groups according to the obstetric conditions: eutocia (group 1; n=10), manipulative obstetric assistance or cesarean section (group 2; n=10) and maternal dystocia treated with oxytocin (group 3; n=9). Fifty one neonates were submitted to a clinical evaluation by Apgar scoring and body temperature measurement immediately after birth, at 5 and 60 minutes postnatal; and hemogasometric evaluation, blood glucose and cortisol assay immediately after birth and 60 minutes postnatal. Maternal noninvasive arterial blood pressure, blood glucose and cardiac monitoring were peformed during the first stage of labor, intra-partum, immediately after the last puppy was born and 1 hour later. Neonates from distinct groups showed mixed acidosis in addition to hypoxemia at birth. Neonates remained under metabolic acidosis even after 1 hour of birth due to a detrimental effect on hypoxia. Comparing the results among groups, puppies from group 2 showed significantly lower Apgar score at birth. However, 1 hour later all neonates showed full recovery. Dams subjected to oxytocin infusion showed an increase in blood pressure, hence switching to a normotension status and also presented higher glucose level during parturition. Manipulative obstetric assistance or cesarean section arised neonatal cortisol levels at birth. However, all neonates exhibited significantly lower cortisol concentration after 1 hour of birth. Bitches of group 3 showed significantly higher cortisol level immediatly after whelping. In conclusion, dystocia treated medically by oxytocin infusion resulted in more intense metabolic alterations compared to neonates born under eutocia; oxytocin administration promotes blood pressure enhance, glucose alterations and increase in maternal stress; manipulative obstetric assistance or cesarean section increased neonatal cortisol release at birth.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPVannucchi, Camila InfantosiLúcio, Cristina de Fátima2008-05-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10131/tde-08072008-153736/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:56Zoai:teses.usp.br:tde-08072008-153736Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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