Técnica de criação e influência do hospedeiro e da temperatura no desenvolvimento de Diabrotica speciosa (Germar, 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1999 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20231122-093515/ |
Resumo: | A pesquisa foi conduzida no Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) da Universidade de São Paulo (USP), Foram realizados estudos bioecológicos com Diabrotica speciosa (Germar, 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae), visando obter informações para o aprimoramento da pesquisa com este inseto, através das seguintes etapas: aperfeiçoar a técnica de criação em dieta natural e artificial; determinar os efeitos da temperatura e do alimento (hospedeiros) na fase adulta do inseto, em condições de laboratório; avaliar a influência de espécies hospedeiras, em monocultivos e em associações, no desenvolvimento do inseto e determinar as exigências térmicas (graus-dia) para o período de ovo a adulto de D. speciosa, em função das temperaturas do solo e do ar, baseando-se no modelo linear de graus-dia, determinado em laboratório por Milanez (1995). Foi desenvolvida uma técnica para a criação de D. speciosa em dieta natural (seedlings de milho), mantida em vermiculita fina esterilizada. O sistema de criação foi superior ao sistema padrão de criação que utiliza milho em papel umedecido. A duração e a viabilidade do período larva-adulto, bem como o peso do adulto de D. speciosa, foram influenciados pela densidade de larvas utilizada no recipiente de criação, contendo uma mesma quantidade de dieta natural. Seedlings de milho ou batata enraizada foram os mais adequados para criação de D. speciosa em laboratório, embora o desenvolvimento do inseto ocorresse em seedlings de feijão ou de soja. Na faixa de 20 a 30 °C, existiu uma relação inversa entre o período de oviposição e longevidade de adultos (machos e fêmeas) de D. speciosa com o aumento da temperatura. Fêmeas de D. speciosa criadas e mantidas à temperatura de 30 °C, são menos fecundas do que as criadas e mantidas a 20 ou 25 °C. O tipo de alimento (hospedeiro) oferecido na fase adulta de D. speciosa, afetou a capacidade de postura do inseto, sendo as folhas de milho e de soja inferiores nutricionalmente para os adultos de D. speciosa em relação às de batata e feijoeiro. Nos testes de múltipla escolha, adultos mostraram preferência para se alimentarem de folhas de feijoeiro em relação às de batata, soja ou milho. A capacidade de postura e consumo foliar por adultos de D. speciosa, foram influenciados pela idade fisiológica do feijoeiro. Nos ensaios de campo, foi verificado que o tipo de planta hospedeira disponível na área de cultivo, teve forte influência na sobrevivência e reprodução de D. speciosa, sendo a associação milho-feijoeiro, urna condição favorável para a multiplicação do inseto. No estudo de exigências térmicas, os valores de graus-dia para o período de ovo-adulto de D. speciosa, calculados em função das temperaturas flutuantes do solo e do ar, diferiram do valor determinado em laboratório, utilizando-se temperaturas constantes. A temperatura do solo foi mais adequada do que a do ar, para determinar a previsão de ocorrência de D. speciosa no campo, empregando-se o modelo linear de graus-dia. |
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Técnica de criação e influência do hospedeiro e da temperatura no desenvolvimento de Diabrotica speciosa (Germar, 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae)Rearing technique and influence of host plant and temperature on the development of Diabrotica speciosa (Germar, 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae)CRIAÇÃO MASSALDESENVOLVIMENTORELAÇÃO HOSPEDEIRO-INSETOTEMPERATURAVAQUINHAA pesquisa foi conduzida no Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) da Universidade de São Paulo (USP), Foram realizados estudos bioecológicos com Diabrotica speciosa (Germar, 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae), visando obter informações para o aprimoramento da pesquisa com este inseto, através das seguintes etapas: aperfeiçoar a técnica de criação em dieta natural e artificial; determinar os efeitos da temperatura e do alimento (hospedeiros) na fase adulta do inseto, em condições de laboratório; avaliar a influência de espécies hospedeiras, em monocultivos e em associações, no desenvolvimento do inseto e determinar as exigências térmicas (graus-dia) para o período de ovo a adulto de D. speciosa, em função das temperaturas do solo e do ar, baseando-se no modelo linear de graus-dia, determinado em laboratório por Milanez (1995). Foi desenvolvida uma técnica para a criação de D. speciosa em dieta natural (seedlings de milho), mantida em vermiculita fina esterilizada. O sistema de criação foi superior ao sistema padrão de criação que utiliza milho em papel umedecido. A duração e a viabilidade do período larva-adulto, bem como o peso do adulto de D. speciosa, foram influenciados pela densidade de larvas utilizada no recipiente de criação, contendo uma mesma quantidade de dieta natural. Seedlings de milho ou batata enraizada foram os mais adequados para criação de D. speciosa em laboratório, embora o desenvolvimento do inseto ocorresse em seedlings de feijão ou de soja. Na faixa de 20 a 30 °C, existiu uma relação inversa entre o período de oviposição e longevidade de adultos (machos e fêmeas) de D. speciosa com o aumento da temperatura. Fêmeas de D. speciosa criadas e mantidas à temperatura de 30 °C, são menos fecundas do que as criadas e mantidas a 20 ou 25 °C. O tipo de alimento (hospedeiro) oferecido na fase adulta de D. speciosa, afetou a capacidade de postura do inseto, sendo as folhas de milho e de soja inferiores nutricionalmente para os adultos de D. speciosa em relação às de batata e feijoeiro. Nos testes de múltipla escolha, adultos mostraram preferência para se alimentarem de folhas de feijoeiro em relação às de batata, soja ou milho. A capacidade de postura e consumo foliar por adultos de D. speciosa, foram influenciados pela idade fisiológica do feijoeiro. Nos ensaios de campo, foi verificado que o tipo de planta hospedeira disponível na área de cultivo, teve forte influência na sobrevivência e reprodução de D. speciosa, sendo a associação milho-feijoeiro, urna condição favorável para a multiplicação do inseto. No estudo de exigências térmicas, os valores de graus-dia para o período de ovo-adulto de D. speciosa, calculados em função das temperaturas flutuantes do solo e do ar, diferiram do valor determinado em laboratório, utilizando-se temperaturas constantes. A temperatura do solo foi mais adequada do que a do ar, para determinar a previsão de ocorrência de D. speciosa no campo, empregando-se o modelo linear de graus-dia.The research was conducted at the Department of Agricultural Entomology, Phytopathology and Zoology of the Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, University of São Paulo (USP). Bio-ecological studies with Diabrotica speciosa (Germ.) (Coleoptera: Chrysomelidae) were carried out in order to improve the research concerning such insect through the following steps: enhancement of the rearing technique in both natural and artificial diet; determination of the effects of temperature and food (host plant) in the adult stage of the insect in laboratory; evaluation of the influence of the host species in single or associated crops in the development of the insect and the thermal requirements ( degree-days) for the development period of D. speciosa (egg-adult) according to soil and air temperatures based on the degree-days linear model, as determined in laboratory by Milanez ( 1995). A technique for D. speciosa rearing in natural diet (com seedling in fine vermiculite) was developed. This technique proved to be better than the standard rearing system using com on wet paper sheets. The length and viability of the larvae-adult period as well as the weight of D. speciosa adult were influenced by the larvae density used in the rearing container with an equal amount of natural diet. Com or rooted potato seedlings were more suitable for D. speciosa laboratory rearing even though the development occurred in bean and soybean seedlings. An inverse relationship occurred between temperature and the biological parameters period of oviposition and longevity of D. speciosa adults (males and females). D. speciosa females reared and kept at 30 °C laid less eggs than those reared and kept in the range of 20-25 °C. The type of food (host plant) offered at the adult stage affected the insect egg-laying capacity and the com and soybean leaves were nutritionally inferior for D. speciosa adults in relation to those of potato and bean plants. ln multiple choice tests, adults showed preference for feeding on bean plant leaves instead of potato, soybean or com. The egg-laying capacity and leaf consumption by D. speciosa were influenced by the physiological age ofthe bean plant. The type of the host plant available in the cultivation area in the field trials strongly influenced the survival and reproduction of D. speciosa, and the com-bean association was a favorable condition for population increase of this pest. ln thermal requirement studies, the degree-days values for the egg-adult period of D. speciosa - calculated according to the fluctuating temperatures of soil and air - were different from the value determined in laboratory at constant temperatures. The soil temperature was more adequate than that of the air to predict D. speciosa occurrence using the degree-days linear model.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPParra, José Roberto PostaliÁvila, Crébio José1999-06-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20231122-093515/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-11-24T18:29:05Zoai:teses.usp.br:tde-20231122-093515Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-11-24T18:29:05Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A pesquisa foi conduzida no Departamento de Entomologia, Fitopatologia e Zoologia Agrícola da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) da Universidade de São Paulo (USP), Foram realizados estudos bioecológicos com Diabrotica speciosa (Germar, 1824) (Coleoptera: Chrysomelidae), visando obter informações para o aprimoramento da pesquisa com este inseto, através das seguintes etapas: aperfeiçoar a técnica de criação em dieta natural e artificial; determinar os efeitos da temperatura e do alimento (hospedeiros) na fase adulta do inseto, em condições de laboratório; avaliar a influência de espécies hospedeiras, em monocultivos e em associações, no desenvolvimento do inseto e determinar as exigências térmicas (graus-dia) para o período de ovo a adulto de D. speciosa, em função das temperaturas do solo e do ar, baseando-se no modelo linear de graus-dia, determinado em laboratório por Milanez (1995). Foi desenvolvida uma técnica para a criação de D. speciosa em dieta natural (seedlings de milho), mantida em vermiculita fina esterilizada. O sistema de criação foi superior ao sistema padrão de criação que utiliza milho em papel umedecido. A duração e a viabilidade do período larva-adulto, bem como o peso do adulto de D. speciosa, foram influenciados pela densidade de larvas utilizada no recipiente de criação, contendo uma mesma quantidade de dieta natural. Seedlings de milho ou batata enraizada foram os mais adequados para criação de D. speciosa em laboratório, embora o desenvolvimento do inseto ocorresse em seedlings de feijão ou de soja. Na faixa de 20 a 30 °C, existiu uma relação inversa entre o período de oviposição e longevidade de adultos (machos e fêmeas) de D. speciosa com o aumento da temperatura. Fêmeas de D. speciosa criadas e mantidas à temperatura de 30 °C, são menos fecundas do que as criadas e mantidas a 20 ou 25 °C. O tipo de alimento (hospedeiro) oferecido na fase adulta de D. speciosa, afetou a capacidade de postura do inseto, sendo as folhas de milho e de soja inferiores nutricionalmente para os adultos de D. speciosa em relação às de batata e feijoeiro. Nos testes de múltipla escolha, adultos mostraram preferência para se alimentarem de folhas de feijoeiro em relação às de batata, soja ou milho. A capacidade de postura e consumo foliar por adultos de D. speciosa, foram influenciados pela idade fisiológica do feijoeiro. Nos ensaios de campo, foi verificado que o tipo de planta hospedeira disponível na área de cultivo, teve forte influência na sobrevivência e reprodução de D. speciosa, sendo a associação milho-feijoeiro, urna condição favorável para a multiplicação do inseto. No estudo de exigências térmicas, os valores de graus-dia para o período de ovo-adulto de D. speciosa, calculados em função das temperaturas flutuantes do solo e do ar, diferiram do valor determinado em laboratório, utilizando-se temperaturas constantes. A temperatura do solo foi mais adequada do que a do ar, para determinar a previsão de ocorrência de D. speciosa no campo, empregando-se o modelo linear de graus-dia. |
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